Projeto Arqueosocial em Mação. Foto: CMM

Junto à escadaria do Calvário, perto da Capela alta da vila de Mação e por cima das Piscinas Municipais descobertas, está a nascer o Parque Arqueosocial do projeto Andakatu, um parque que pretende incentivar experiências de campo na área da Pré-história e dos saberes tradicionais.

A iniciativa pretende ainda motivar o convívio intergeracional em torno da História e património locais, promovendo viagens no tempo até ao mundo das sociedades recoletoras, estando aquela zona da vila maçaense a ser alvo de requalificação para instalação desta nova valência.

Recorde-se que o projeto Andakatu anda em torno da personagem nascida em Mação com o mesmo nome, um homem com vestes “de caçador paleolítico ou agricultor neolítico, protagoniza e conduz dos ateliers cujos conteúdos (discurso e materiais didáticos) têm por base a transformação da paisagem, a tecnologia, a arte rupestre, a transição da caça e recoleção para o agro-pastoralismo, transformações sociais, equilíbrio e sustentabilidade dos recursos ambientais”.

Desta feita, surge o Parque Arqueosocial como “um campo de experimentação de tecnologias pré-históricas e saberes tradicionais” onde todos os participantes, desde miúdos a graúdos, “podem vivenciar processo produtivos do passado, nomeadamente ligados à agricultura, criação de gado, fabrico de utensílios e construção de diversas estruturas”.

O Parque Arqueosocial do Andakatu pretende envolver os mais novos num projeto agregador e intergeracional, ajudando a promover o património e cultura dos tempos da pré-história. Foto: CMM

Ali são exploradas as bases da cultura e história de Mação, assentes na agricultura e no trabalho da terra, que fazem parte da identidade do concelho.

O novo Parque Arqueosocial do Andakatu trata de um “projeto cultural museológico para promover o encontro entre gerações e combater a discriminação e estigmas relacionados com a idade, promovendo o envelhecimento ativo, a autonomia, a independência e participação social dos mais velhos, enquanto referência educativa e pilares de coesão social na transformação de conhecimentos e tradições ancestrais com os mais novos”, refere a autarquia.

A iniciativa contou com o apoio do programa de inserção social POISE, ao qual o Instituto Terra e Memória – ITM com sede em Mação apresentou um projeto que saiu ganhador.

A Câmara Municipal de Mação, como parceira social do ITM através do seu Museu de Arte Pré-histórica de Mação, associou-se ao projeto com apoio logístico e financeiro.

Joana Rita Santos

Formada em Jornalismo, faz da vida uma compilação de pequenos prazeres, onde não falta a escrita, a leitura, a fotografia, a música. Viciada no verbo Ir, nada supera o gozo de partir à descoberta das terras, das gentes, dos trilhos e da natureza... também por isto continua a crer no jornalismo de proximidade. Já esteve mais longe de forrar as paredes de casa com estantes de livros. Não troca a paz da consciência tranquila e a gargalhada dos seus por nada deste mundo.

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