Foto: mediotejo.net

Vários investigadores da história local e regional do concelho de Mação reuniram-se esta manhã no Centro Cultural Elvino Pereira para assinalar os 70 anos da descoberta do Castelo Velho do Caratão bem como homenagear a Professora Maria Amélia Horta Pereira Bubner, antiga conservadora do Museu Municipal Dr. João Calado Rodrigues.

A direção do Instituto Terra e Memória (ITM), na pessoa de Luiz Oosterbeek, atribuiu uma Placa de Honra a Maria Amélia Horta Pereira Bubner, “em homenagem à sua obra de investigação e preservação do Património Histórico, Arqueológico e Etnográfico do concelho maçaense, com especial relevo para a concretização do projeto de criação do Museu Municipal de Mação”.

Maria Amélia Horta Pereira foi a responsável pelo estudo da coleção e projeto para aquele que viria a ser o atual Museu de Arte Pré-Histórica e do Sagrado no Vale do Tejo / Museu Municipal Dr. João Calado Rodrigues. O projeto só se concretizou no ano de 1986, altura em que abriu ao público com a coleção de João Calado Rodrigues e o espólio reunido por Maria Amélia Horta Pereira desde 1967, que contemplava não só a arqueologia como também a etnografia e a arte.

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Foto: mediotejo.net

Este encontro de História Local e Regional intitulado “Há 70 anos – O Castelo Velho do Caratão”, permitiu a apresentação de “novas perspetivas para a compreensão do passado, que é o nosso património comum”, através da comemoração dos 70 anos da descoberta do Castelo Velho do Caratão, por João Calado Rodrigues, a 20 de junho de 1946.

Luiz Oosterbeek, responsável pelo Instituto Terra e Memória e docente do Instituto Politécnico de Tomar, disse ao mediotejo.net que este encontro “correspondeu plenamente às expectativas. Tivemos presentes na sala, hoje, todas as pessoas que trabalharam ou trabalham dirigindo projetos nesta região. Todas. Sem uma única exceção. Esteve presente também a presidente da Academia Portuguesa de História, fizemos uma homenagem à Dra. Maria Amélia Horta Pereira… eu penso que desse ponto de vista, fizemos a melhor homenagem que se pode fazer a um pesquisador, que foi avançar na pesquisa”.

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Foto: mediotejo.net

No auditório do Centro Cultural Elvino Pereira, segundo Luiz Oosterbeek, foi possível assistir-se “a um ponto da situação feito sobre os trabalhos de Mação com o Davide Delfino, tivemos um ponto da situação sobre a relação com o Tejo, feito pela Dra. Ana Arruda. O Dr. Ignacio Pavón Soldevila, de Espanha, enquadrou uma realidade que ultrapassa as fronteiras do país e isso permitiu com as outras intervenções, que foram mais sobre a história das pesquisas, realmente fazer uma sessão muito robusta e que nós vamos publicar”, referiu.

Para o autarca Vasco Estrela esta iniciativa do município, através do Museu, ITM e Universidade Sénior, veio acrescentar valor, [além de assinalar a data das escavações do Castelo Velho do Caratão]. “Serviu para todos nós participarmos e ficarmos com a noção da mais valia do projeto estruturante que é o Museu de Mação, da Arte Pré-Histórica e do Sagrado no Vale do Tejo, mas mais do que isso ficou a noção da história do nosso concelho em termos arqueológicos e museológicos.”

Durante a tarde, também para assinalar os 70 anos de descoberta do Castelo do Caratão, foi realizado um passeio pedestre ao mesmo local.

Joana Rita Santos

Formada em Jornalismo, faz da vida uma compilação de pequenos prazeres, onde não falta a escrita, a leitura, a fotografia, a música. Viciada no verbo Ir, nada supera o gozo de partir à descoberta das terras, das gentes, dos trilhos e da natureza... também por isto continua a crer no jornalismo de proximidade. Já esteve mais longe de forrar as paredes de casa com estantes de livros. Não troca a paz da consciência tranquila e a gargalhada dos seus por nada deste mundo.

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