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Rio Tejo vai ter novos cinco vigilantes Foto: Arlindo Marques
Foi aprovado pelos membros de executivo da CM Mação, na reunião desta quarta-feira, a adesão à Confraria Ibérica do Tejo, merecendo consenso entre os vereadores. Segundo Vasco Estrela, presidente da CMM, faz sentido que o município de Mação integre esta organização, uma vez que é um município ribeirinho, e “estando empenhado na defesa dos interesses daqueles que também vivem e sobrevivem do Tejo, tendo investimentos avultados já feitos e outros previstos no rio Tejo, julgo que faz sentido que Mação esteja presente nesta Confraria e não se coloque à margem”.
O autarca disse, em declarações à comunicação social, que esta Confraria pretende ser “uma organização de defesa do Tejo e aquilo se propõe é ser uma associação de apoio, de vigilância, de tentar mover influências no sentido de que o Tejo possa ser aquilo que já foi. Ou seja, voltar a reunir um conjunto de atores desde associações, municípios, pessoas individuais, que têm como objetivo último de defender o Tejo, promover o Tejo”.
Ainda assim, esta confraria não se prende a questões ambientais. “O Tejo é muito mais que as questões ambientais, a fruição do Tejo, as atividades lúdicas, há um conjunto de fatores relacionados com o rio que têm de ser defendidos, e é isso que se pretende com a Confraria”, esclareceu o presidente de câmara.
Foto DR
Entendendo o autarca que este será mais um instrumento para poder atingir esses objetivos, reconheceu também que a autarquia estará disponível para “outras iniciativas que possam surgir na defesa do Tejo, por alguma razão somos membros do Movimento proTejo”, recordou, fazendo notar que “não é novidade o facto de o município de Mação se associar a estes projetos, tendo como princípio e projeto fundamental a defesa do rio Tejo”.
A Confraria Ibérica do Tejo tem como objectivo promover e defender a sustentabilidade da bacia hidrográfica do Tejo nas vertentes ambiental, cultural e económica.
Surgiu no 2º Fórum Ibérico do Tejo, com a intenção de criar a Confraria Ibérica do Tejo (CIT), tendo para o efeito sido nomeada uma Comissão Instaladora eleita pelos participantes.
Segundo informação da Comissão, a dimensão transfronteiriça do Tejo implica uma visão ampla e multidisciplinar que esteve refletida nos temas da iniciativa – Economia, Cultura e Meio Ambiente – e esses passarão a constituir o objeto social e o foco de acção da CIT.
Aspirante a futura associação, a CIT pretende funcionar como uma plataforma não reivindicativa, criada para aproximar pessoas e entidades ao longo do Tejo ibérico, para confluírem em pontos de entendimento válidos para o desenvolvimento harmonioso e sustentável das comunidades ribeirinhas.
A ideia passa por dinamizar a sua atividade “ao longo das comunidades situadas na bacia hidrográfica do rio que propicie a partilha de valores, sentimentos e interesses das populações e dos agentes políticos, económicos, culturais e ambientais, porque o Tejo precisa de recuperar a cumplicidade e a ligação entre os seus povos, através de projectos e de ações que devolvam a identidade ao rio e captem os investimentos que segurem as populações às suas origens”, lê-se na mesma informação. A CIT pretende também promover ações conjuntas com entidades que partilhem dos mesmos princípios fora das fronteiras portuguesas, propondo-se trabalhar na Península Ibérica.
Este sábado, dia 25 de março, pelas 15h00, no Museu do Neo-Realismo em Vila Franca de Xira, decorrerá a Assembleia Geral Constituinte da CIT, para eleição dos corpos sociais e para apresentação do plano de atividades do triénio de 2017/2020 da Confraria Ibérica do Tejo.
A Comissão Instaladora da Confraria Ibérica do Tejo é integrada pelo município de Vila Franca de Xira e igualmente pela AIDIA – Associação Independente para o Desenvolvimento Integrado de Alpiarça, que se faz representar por João Serrano, presidente desta associação.
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Joana Rita Santos
Formada em Jornalismo, faz da vida uma compilação de pequenos prazeres, onde não falta a escrita, a leitura, a fotografia, a música. Viciada no verbo Ir, nada supera o gozo de partir à descoberta das terras, das gentes, dos trilhos e da natureza... também por isto continua a crer no jornalismo de proximidade. Já esteve mais longe de forrar as paredes de casa com estantes de livros. Não troca a paz da consciência tranquila e a gargalhada dos seus por nada deste mundo.