Dar uma “perspetiva daquilo que está hoje disponível em termos de apoios para os empresários do concelho de Mação, e de todo o país”. Foi este o intuito do Encontro de Empresários de Mação, segundo o autarca Vasco Estrela. O evento, que reuniu cerca de 70 pessoas no Centro Cultural Elvino Pereira, contou com representantes de vários organismos ligados ao empreendedorismo, apoios comunitários e internacionalização empresarial, nos painéis de um programa que pretendeu mostrar aos empresários maçaenses que o município está ao seu lado “para os ajudar a atingir os seus objetivos”.

O presidente da CM Mação, Vasco Estrela, disse ao mediotejo.net que este “foi um encontro que deu para que todos os empresários, das diversas áreas de negócio, e de diversas dimensões em termos de volume de negócios e de trabalhadores, possam ter uma noção daquilo que, no seu caso concreto, é possível contarem em termos de apoio.”

Neste encontro direcionado para o tecido empresarial, o autarca frisou que “é importante neste (praticamente) início de novo quadro comunitário que todos tenham convicção do que é que podem contar, para não haver desconhecimento”, acrescentando que “aquilo que a CMM tentou fazer, e é essa a sua obrigação, é de facto disponibilizar esta informação, mas mais do que isso ser consequente com a mesma e dizer o que está disponível”.

“O senhor tem possibilidade de aceder, nós resolvemos o seu problema e vamos consigo até ao fim [do processo]”, afirmou.

A partir desta iniciativa, a autarquia pretende estar mais próxima dos seus empresários e tentar estimular novos investimentos em Mação. “Através do Gabinete Empreendedor de Mação, vai haver um contacto pessoal com os empresários, e dizer-lhes aquilo que podem contar, por um lado em termos de fundos comunitários ou outros, em termos de apoio dos institutos públicos, como foi aqui o caso do IAPMEI ou até eventualmente do AIECEP. A CMM faz o trabalho, se o empresário assim o entender”.

A ideia é que os departamentos da Câmara Municipal sejam “facilitadores” no negócio “dentro do que a lei permite, e vamos continuar a apoiar as empresas como temos feito ao longo dos últimos anos”.

Na sessão estiveram presentes cerca de 70 pessoas, e Vasco Estrela admitiu não haver muito mais que a autarquia possa fazer. “O que eu não quero nunca é que fique um negócio por fazer pelas pessoas terem desconhecimento, ou por não saberem como se faz”, tendo salientado que a CM está “ao lado dos empresários para os ajudar a atingir os seus objetivos, porque se forem atingidos o concelho fica seguramente a ganhar”.

A ocupar os vários painéis da tarde estiveram Joaquim Serras, presidente da Associação Comercial e Empresarial dos Municípios de Abrantes, Constância, Sardoal, Mação e Vila de Rei, António Campos, presidente da Comissão Executiva da NERSANT, Conceição Carvalho, secretária técnica da CCDRC, Miguel Sá Pinto, em representação do IAPMEI, e Maria João Gomes, diretora da AICEP.

Na fila da frente, António Campos (NERSANT), Conceição Carvalho (CCDRC) e Joaquim Serras (ACE). Foto: mediotejo.net
Na fila da frente, António Campos (NERSANT), Conceição Carvalho (CCDRC) e Joaquim Serras (ACE). Foto: mediotejo.net

António Campos, presidente da Comissão Executiva da NERSANT (Associação Empresarial de Santarém), em declarações ao mediotejo.net, disse que a participação da associação nesta iniciativa se justifica pela sua missão: “a nossa missão é um pouco de ter uma estratégia de enquadramento do que pensamos que pode ser o futuro da região, ou aquilo que nós gostávamos que fosse o caminho a seguir”, explicou o responsável.

“Foi isso um pouco o que eu aqui transmiti, o que é que achamos dos tais 9 eixos que referi, onde temos todas as componentes que entendemos ser importantes, nomeadamente os recursos humanos”, disse.

Junto das empresas do Médio Tejo e Lezíria, em todo o distrito de Santarém, a NERSANT desenvolve ações “de desafio às empresas”, ou seja, o sentido “é um pouco desafiar as empresas a potenciarem o quadro comunitário que existe, no sentido de apresentarem candidaturas. Como disse o representante do IAPMEI, numa lógica de “O que é que eu pretendo para a minha empresa, que estratégia é que tenho para a minha empresa” e depois ir à procura do quadro financiador para essa estratégia. E não ao contrário”, concluiu António Campos.

Também Miguel Sá Pinto, do IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação, apresentou o modo como este organismo pode colaborar em estratégias de empreendedorismo e afirmação empresarial na região, procurando promover a competitividade e o crescimento empresarial, assegurar o apoio à conceção, execução e avaliação de políticas dirigidas à atividade industrial, visando o reforço da inovação, do empreendedorismo e do investimento empresarial nas empresas que exerçam a sua atividade nas áreas sob tutela do Ministério da Economia, designadamente das empresas de pequena e média dimensão, com exceção do setor do turismo.

Maria João Gomes, diretora da AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, trouxe ao auditório alguns desafios colocados para a internacionalização das empresas. Recorrendo a uma apresentação projetada, a responsável referiu a importância de diversificar mercados, de aumentar o crescimento de exportações, alargando a base exportadora, criação de produtos com maior valor acrescentado e certificação de qualidade, e a aposta na diferenciação, através da inovação e design e marca logística.

Segundo Vasco Estrela, presidente da CM Mação, “os intervenientes tentaram cobrir tudo o que era possível cobrir, agora vamos esperar para ver os resultados (…) Não serei seguramente acusado de não ter feito de tudo para que as coisas corressem bem, nem serei acusado de que as empresas não têm divulgação. Se não tiveram, foi porque não quiseram estar presentes”.

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Vasco Estrela, autarca da CM Mação, durante o discurso de encerramento. Foto: mediotejo.net

Ninho de empresas para 2017

A obra está adjudicada, e a CM Mação pretende investir cerca de 600 mil euros na criação de uma incubadora/ninho de empresas. Segundo informação do autarca, o contrato será assinado durante a próxima semana, recebendo visto do Tribunal de Contas “por estes dias, após a assinatura do contrato. É nossa convicção que durante o mês de novembro a obra irá ser iniciada, com um prazo de execução de 6 meses”, adiantou Vasco Estrela.

O autarca referiu que é esperado que a obra esteja concluída “até ao verão”, junho de 2017.

No discurso de encerramento, Vasco Estrela relembrou os presentes sobre este processo, com a requalificação de “um armazém na zona industrial para criarmos lá um ninho de empresas/uma incubadora, para podermos disponibilizar a preços muito simbólicos espaços para que as empresas e pequenos empresários possam iniciar as suas atividades”

“Estamos a tentar dar um impulso importante para que alguns empresários possam ter melhores condições para laborar, para outros empreendedores que queiram iniciar as suas atividades mas que estejam com dificuldades de financiamento para a construção de um pavilhão, dificuldades em arrendar um armazém possam naquele espaço ter um porto de abrigo para poderem iniciar as suas atividades”, sublinhou o autarca maçaense.

Formada em Jornalismo, faz da vida uma compilação de pequenos prazeres, onde não falta a escrita, a leitura, a fotografia, a música. Viciada no verbo Ir, nada supera o gozo de partir à descoberta das terras, das gentes, dos trilhos e da natureza... também por isto continua a crer no jornalismo de proximidade. Já esteve mais longe de forrar as paredes de casa com estantes de livros. Não troca a paz da consciência tranquila e a gargalhada dos seus por nada deste mundo.

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