Luís Montenegro© Nuno Pinto Fernandes/Global Imagens

O presidente do Partido Social Democrata (PSD), Luís Montenegro, estará em visita a Vila de Rei no dia 11 de dezembro (domingo). O programa inicia às 17h30 com visita ao Centro Geodésico de Portugal mas será também a oportunidade da Comissão Política do partido dar conhecimento ao líder das suas preocupações, nomeadamente os cuidados de saúde, falta de médicos e a reorganização territorial.

Em declarações ao jornal mediotejo.net, Paulo César Luís, presidente da Concelhia do PSD de Vila de Rei, explicou que são duas “as grandes preocupações” atuais; a falta de médicos de família e as consequências que pode trazer a transferência do concelho para a Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, também relacionado com as questões da saúde, essencialmente a nível hospitalar.

“Já sentimos e no próximo ano vamos continuar a sentir. À partida, no inicio do ano 900 pessoas de Vila de Rei vão ficar sem médico de família e a falta de perspetiva de resolver este problema que tem uma certeza; no final de 2023 vai agravar-se porque os outros dois médicos vão reformar-se”, explicou.

Sem “qualquer perspetiva de solução por parte da tutela”, Paulo César Luís, presidente da Comissão Política, vai apresenta a Luís Montenegro “uma preocupação que consideramos grave”, completou.

O vice-presidente da Câmara de Vila de Rei, Paulo César Luís, preside à concelhia do PSD. Foto: DR

Acrescenta outra preocupação que se prende “com a falta de informação que temos sobre todas as consequências da agregação do concelho de Vila de Rei na Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa. Porque queremos saber se é em todos os domínios, queremos saber como é a questão da Saúde e o regime de exceção que os utentes de Vila de Rei têm para poder aceder aos hospitais do Centro Hospitalar do Médio Tejo que é substancialmente mais próximo do que a Unidade Local de Saúde de Castelo Branco” e portanto pedem “ajuda” ao líder do PSD.

Paulo César considera “impossível” atrair população para o concelho sem garantias de que “pelo menos o acesso à Saúde conseguem ter”, e exemplificou com residentes em Vila de Rei mas recenseados noutros concelhos, nomeadamente Lisboa.

Atualmente Vila de Rei conta com três médicos, sendo um desses profissionais “uma médica estrangeira, de fora da União Europeia que viu reconhecida a sua qualificação e por um breve período de tempo pode exercer medicina no nosso Centro de Saúde e ser médica de família, contudo face a uma obrigatoriedade de formação complementar vai ter de ser ausentar de Vila de Rei durante três anos. Aquela solução, que mais não foi do que transitória, deixa de existir e não temos qualquer perspetiva”.

Os sociais democratas de Vila de Rei temem ainda que “seja adotada a mesma estratégia que foi adotada para a saúde oral em que se abre o concurso, ele fica deserto e a partir desse momento já se lava as mãos . Não pode ser! Temos um problema identificado e tem de ser solucionado”, insiste.

Paulo César Luís lembrou que “os municípios foram incentivados por parte da tutela a fazer um conjunto de investimentos nos Centros de Saúde para a proliferação de medicina dentária”, sendo que no âmbito da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo o Município de Vila de Rei, à semelhança de outros municípios, “fizeram investimentos avultados na criação dos gabinetes médicos porque têm aparelhos muito dispendiosos, foram realizados os investimentos, foi realizado um concurso, ficou deserto e lavou-se as mãos”, critica defendendo uma solução que pode passar “pelo setor privado já instalado no local”.

Assim, no domingo, às 18h30 será inaugurada a sede do PSD de Vila de Rei, que foi recentemente requalificada situando-se na Rua Eduardo Castro, e às 19h30 tem lugar um jantar no Salão do Clube da Fundada. As inscrições para o jantar decorrem até dia 9 de dezembro.

ÁUDIO: PAULO CÉSAR LUÍS, PRESIDENTE DA CONCELHIA DO PSD DE VILA DE REI

O presidente do PSD prossegue desta forma o programa: Sentir Portugal em…

Castelo Branco é o quarto distrito escolhido por Luís Montenegro, na sequência do compromisso que assumiu no 40.º Congresso, de passar uma semana por mês, nos diferentes distritos de Portugal.

Sentir Portugal em Castelo Branco, de 11 a 16 de dezembro, tem como objetivo contactar com a realidade local e dialogar com os cidadãos, famílias, municípios e instituições.

Paula Mourato

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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