A candidatura da Rede Cultura 2027 a Capital Europeia da Cultura, ancorada em Leiria mas unindo 26 vilas e cidades das Comunidades Intermunicipais de Leiria, Oeste e Médio Tejo,  não foi umas das escolhidas para avançar para a fase final de seleção, anunciou o júri esta sexta-feira, 11 de março. De fora ficaram também as candidaturas de Coimbra, Faro, Funchal, Guarda, Oeiras, Viana do Castelo e Vila Real, tendo sido escolhidas como finalistas as cidades de Ponta Delgada, Aveiro, Braga e Évora.

A Rede Cultura 2027 foi criada em 2019 para apresentar esta candidatura de municípios “com relações históricas entre si, todos com a vontade de eleger a Cultura como bem de primeira necessidade e a partilhar as melhores sinergias”, juntando ainda dois Politécnicos (Leiria e Tomar), uma associação empresarial (o NERLEI) e a diocese de Leira-Fátima.

Alcanena, Ourém, Tomar e Torres Novas foram as cidades da região do Médio Tejo que decidiram integrar o projeto.

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Nos últimos três anos foram constituídas equipas de trabalho “que escutaram os agentes e criadores do território, estabeleceram plataformas de ação e desencadearam a formação de redes específicas”, criando um documento de intervenção global.

Apesar de não ter sido selecionada, a Rede Cultura 2027 quer manter vivo o projeto e compromete-se a “ajustar” o seu plano de intervenção no território e transpor do papel para a realidade muitas das suas propostas. “Sem a comparticipação dos fundos a que o título de Capital Europeia da Cultura daria acesso, teremos de rever o modelo de financiamento da Rede”, assume a organização, mas desistir não é uma opção. “O grande projeto de cuidar do nosso património artístico, cultural e de conhecimento assim o exige”, referem em comunicado, pelo que as equipas de trabalho constituídas irão manter-se em atividade.

A cidade portuguesa que se candidatará a Capital Europeia da Cultura em 2027 vai ser conhecida até ao final de 2022. Até hoje, Portugal teve por três vezes cidades com esse título: Lisboa, em 1994, Porto, em 2001, e Guimarães, em 2012.

Patrícia Fonseca

Sou diretora do jornal mediotejo.net e da revista Ponto, e diretora editorial da Médio Tejo Edições / Origami Livros. Sou jornalista profissional desde 1995 e tenho a felicidade de ter corrido mundo a fazer o que mais gosto, testemunhando momentos cruciais da história mundial. Fui grande-repórter da revista Visão e algumas da reportagens que escrevi foram premiadas a nível nacional e internacional. Mas a maior recompensa desta profissão será sempre a promessa contida em cada texto: a possibilidade de questionar, inquietar, surpreender, emocionar e, quem sabe, fazer a diferença. Cresci no Tramagal, terra onde aprendi as primeiras letras e os valores da fraternidade e da liberdade. Mantenho-me apaixonada pelo processo de descoberta, investigação e escrita de uma boa história. Gosto de plantar árvores e flores, sou mãe a dobrar e escrevi quatro livros.

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