A Câmara de Abrantes informou, em nota de imprensa, ter sido hoje, dia 18 de novembro, contactada pela CP no sentido de esclarecer informações que têm vindo a circular no espaço público sobre uma eventual suspensão da paragem do comboio Intercidades na estação ferroviária de Abrantes (Rossio ao Sul do Tejo), tendo sido informada por escrito tratar-se de uma “informação totalmente falsa, não havendo qualquer intenção por parte da CP em alterar as paragens na estação de Abrantes”.

A informação da autarquia reforça a notícia avançada ao início da tarde pelo mediotejo.net e que dá conta que a CP – Comboios de Portugal, informou hoje que o Intercidades vai continuar a ter paragem na estação de Abrantes desmentido categoricamente algumas notícias vindas a público nos últimos dias e que davam conta que tal poderia estar em vias de suceder.

“Relativamente à notícia de ontem num órgão de comunicação que dava conta de rumores segundo os quais a CP Comboios de Portugal E.P.E. pretendia retirar a paragem aos seus comboios Intercidades na Estação de Abrantes permita-me que informe Vexa que tal informação é totalmente falsa não havendo qualquer intenção por parte da CP em alterar as paragens na estação de Abrantes”, pode ler-se na resposta enviada ao deputado Duarte Marques (PSD), eleito pelo círculo eleitoral de Santarém, e que procurou inteirar-se da veracidade do teor da informação, em documento a que o mediotejo.net teve acesso.

Em comunicado enviado às redações, a Comissão dos Serviços Públicos do Concelho de Abrantes (CSPCA) afirma ter dirigido um “pedido de esclarecimentos à CP sobre uma eventual suspensão da paragem do comboio Intercidades” na estação ferroviária do Rossio ao Sul do Tejo, em Abrantes, ressalvando “estar a agir de acordo com informações que chegaram sobre um eventual fim deste serviço de passageiros”

No comunicado, a CSPCA observa que “a verificar-se tal cenário, ficam prejudicados todos os utentes que utilizam esse serviço nas suas deslocações para leste ou para o interface do Entroncamento”.

Em sequência, o deputado Duarte Marques solicitou esclarecimentos à CP, através da secretaria de Estado dos Transportes:

“Na sequência de notícias vindas a público, solicito esclarecimento sobre suspensão de serviço intercidades da CP em Abrantes, cujo link abaixo transcrevo, promovidas pela Comissão dos Serviços Públicos do Concelho de Abrantes, dando conta da preparação do encerramento do serviço inter-cidades da CP na estação de Rossio ao Sul do Tejo – Abrantes, venho por esta via solicitar ao Senhor Secretário de Estado um esclarecimento urgente sobre este assunto”, questionou o deputado.

Na missiva, Duarte Marques escreve ainda que “a possibilidade de suspensão do serviço cria alarme e instabilidade na população de Abrantes e dos concelhos limítrofes, já de si habituados aos mais diversos boatos e alertas sobre putativos encerramentos de serviços públicos que têm, afinal, permanecido abertos”.

“A paragem do serviço do intercidades da CP em Abrantes tem uma importância estratégica para os cidadãos que habitam ou trabalham na região. A sua possível suspensão trataria graves danos à qualidade de vida desta população do interior do país. Pergunto por isso se está previsto o encerramento ou suspensão da paragem do intercidades da CP na estação de Rossio ao Sul do Tejo-Abrantes”.

A resposta da CP, através do gabinete do secretário de Estado dos Transportes, nega o propósito ou intenção.

Em declarações ao mediotejo.net, Duarte Marques disse que o comunicado desta comissão “parece absurdo e irresponsável porque cria, mais uma vez, alarme sem justificação. Curiosamente sabemos, informalmente, e a autarquia de Abrantes também sabe, que novos serviços e novas rotas estão a ser discutidas para acrescentar à oferta existente. Os boatos têm sempre a mesma origem e resultado. Há um ano era a maternidade que ia fechar, agora o intercidades, mas o que é certo é que tudo está a funcionar”, criticou.

A experiência de trabalho nas rádios locais despertaram-no para a importância do exercício de um jornalismo de proximidade, qual espírito irrequieto que se apazigua ao dar voz às histórias das gentes, a dar conta dos seus receios e derrotas, mas também das suas alegrias e vitórias. A vida tem outro sentido a ver e a perguntar, a querer saber, ouvir e informar, levando o microfone até ao último habitante da aldeia que resiste.

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