Turquel vence final com Vale das Mós e conquista Taça Reconhecimento da Liga Inatel. Foto: mediotejo.net

Centro Cultural e Recreativo de Vale das Mós 2 União Desportiva de Turquel 4

Final da Taça Reconhecimento da Liga Inatel (série 2) – 14 maio 2023

Campo de Jogos Agostinho Pereira Carreira – Mação

Turquel e Vale das Mós disputaram a final da Taça Reconhecimento da Liga Inatel

 O Campo Municipal Agostinho Pereira Carreira, em Mação, encheu-se de gente para à final da Taça Reconhecimento da Liga Inatel, numa manhã de sábado solarenga e convidativa para a festa do futebol.

Adeptos em apoio às suas equipas

Como usual, a Final Reconhecimento do Inatel, opõe frente a frente as duas formações resistentes vindas da Série 2, esta época com Turquel (Alcobaça) e Vale da Mós (Abrantes) a disputarem o troféu.

O jogo começou de forma intensa e, ainda não tinham decorridos três minutos, já o Turquel se adiantava no marcador.

Muito público assistiu a uma primeira parte de domínio do Turquel

Ofensiva rápida pelo flanco direito que apanhou, de certa forma, a defensiva de Vale das Mós desprevenida, com Tiago Santos a marcar, num belo remate cruzado à entrada da área, sem qualquer possibilidade de defesa para Rafael Lopes.

Turquel adianotu-se muito cedo no marcador

Em desvantagem desde muito cedo, a equipa do concelho de Abrantes não se entendia entre setores e, aos 11 minutos, o Turquel quase aumentava a vantagem, através de um livre direto frontal à baliza. O autor de tento inaugural, no entanto, desta vez atirou por cima do alvo, quando estava em posição privilegiada.

A primeira reação do Vale das Mós só ocorreu à passagem do minuto 14, com Wanderson Souza a atirar à baliza, mas fraco. Na jogada seguinte, o mesmo jogador tentou o “chapéu” a Daniel Honório, que estava ligeiramente adiantado, mas o esférico subiu mais do que a conta. Dois momentos que, melhor aproveitados, poderiam ter dado outro rumo ao jogo.

Vale das Mós em lance de ataque

Após uma ligeira pausa para hidratação, novamente o Turquel a apanhar desprevenido o último reduto do Vale das Mós. Em jogada coletiva e bem entrosada, Pablo Santos faz o segundo, aos 22 minutos, o que fez aumentar o nervosismo entre os atletas do concelho de Abrantes.

Sempre mais perto aumentar a vantagem, o Turquel não tirava o pé do acelerador e Edson Jorge, livre de qualquer marcação, aproveitando um cruzamento para a área e apenas com o guarda-redes do Vale das Mós pela frente, atira ligeiramente acima do travessão.

Turquel entrou muito forte no jogo e o Vale das Mós demorou a reagir à adversidade

O Vale da Mós não conseguia sair do colete de forças em que estava metido e a prova evidente, é que, aos 35 minutos, Luís Belo faz o terceiro para a equipa do Turquel após muitas facilidades concedidas pela defensiva abrantina, que só esperava pelo apito do árbitro para recolher aos balneários e tentar recompor ideias e a estratégia. Mas o Vale das Mós podia ter reduzido, num lance na área não assinalado.

A dois minutos do final da primeira parte, um dos casos do jogo. Confusão dentro da área do Turquel com um jogador de Vale das Mós a ser carregado pelas costas quando se preparava para rematar à baliza. Penalty claro que ficou por marcar a favor dos homens do concelho de Abrantes e, que poderia relançar a partida para o segundo tempo, caso se confirmasse a sua concretização. Não houve penálti mas houve tempo para mais um golo para a equipa de Alcobaça.

Defesa do Turquel corta um ataque do Vale das Mós

 Já em período de compensação dada pelo árbitro da partida, o Turquel ainda teve tempo para fazer o seu quarto golo. Com o Vale das Mós todo balanceado no ataque para tentar amenizar o prejuízo, a bola é aliviada da defesa para Luís Belo que, ainda dentro da sua área, faz um autêntico sprint até concretizar, apenas cara a cara com Rafael Lopes. Completamente desamparado, nada podia fazer para negar o tento, segundos antes do fecho da primeira parte.

Turquel fez quatro golos na primeira parte

Grande contestação por parte dos jogadores e equipa técnica do Vale das Mós, ainda no seguimento do lance da grande penalidade (clara) que ficou por marcar e que poderia ajudar a mudar o rumo dos acontecimentos, condicionando o Turquel que – eventualmente – já não chegaria aos quatro golos de vantagem com que terminou o primeiro tempo.

Resultado demasiado pesado que premiava uma equipa mais esclarecida em campo ao contrário da outra que jogou demasiado tempo de forma passiva, apenas reagindo nos últimos minutos.

Turquel geriu a vantagem no segundo tempo, com Vale das Mós a tentar recuperar da desvantagem

Para os segundos 40 minutos, a turma de Rui Fernandes encarou o jogo de outra forma, tendo reduzido logo aos oito por Ozinaldo, na transformação de uma grande penalidade (um lance menos claro que o do primeiro tempo) colocando as equipas, agora, com três tentos de diferença e ainda muito tempo por jogar.

O mesmo jogador, três minutos depois, teve oportunidade soberana para reduzir ainda mais a desvantagem, mas desta vez a bola nada quis com a baliza do Turquel. O próprio levou as mãos à cabeça.

Ozinaldo reduziu para o Vale das Mós numa grande penalidade

Era, de facto, uma equipa de Vale das Mós de “cara lavada” também pelo facto do Turquel ter reduzido a velocidade, perante tal vantagem. Mas era a vez da equipa da União das Freguesias de São Facundo e Vale das Mós estar por cima do jogo com o adversário a preocupar-se em colocar “gelo” nos acontecimentos.

A partida ia-se arrastando, sem grande discernimento de parte a parte, muito “mastigado”, também fruto do cansaço de todos, por culpa de um campeonato longo, do calor que se fez sentir em Mação e do próprio piso sintético novo e bastante seco, que dificultava a progressão dos atletas.

Turquel tentava gerir a vantagem perante uma equipa de Vale das Mós mais esclarecida na segunda metade do encontro

Ozinaldo (quase sempre ele) ia desperdiçando oportunidades contínuas para colocar o Vale das Mós mais perto do golo. Primeiro, ao minuto 25 com novo remate perigoso, com o guardião Daniel Horácio a negar-lhe a comemoração. Mas haveria mesmo de conseguir o seu bis, à passagem dos 38 minutos.

Ozinaldo bisa na partida

No meio dos centrais do Turquel, consegue saltar mais alto e cabecear desviado de guarda-redes, e cuja estirada de nada valeu. O Vale das Mós conseguia chegar ao segundo golo, mas o tempo já escasseava, assim como as forças.

Vele das Mós em mais um lance de ataque

Em busca de outro resultado, a formação de Abrantes balanceou-se toda no ataque, deixando o seu meio campo completamente desguarnecido. Disso se aproveitou o Turquel que, num contra-ataque rápido, conquista uma grande penalidade, já em tempo de compensação. Chamado a converter, Miguel Inácio permitiu uma intervenção de alta qualidade de Rafael Lopes, que (mesmo tendo sofrido quatro golos) se cotou como dos melhores do Vale das Mós, a par de Ozinaldo.

Turquel geriu na segunda parte a vantagem conseguida no primeiro tempo

O jogo terminou com alguma confusão e bastante contestação ao quarteto de árbitros que não tiveram uma manhã nada fácil, com erros que (de certa forma) condicionaram o desenrolar da partida e quiçá o próprio resultado.

Queixas de parte a parte, mas com os homens e adeptos de Vale das Mós a não pouparem críticas e “mimos” aos homens que viajaram de Coimbra, mas a festejarem a ida à final numa época com muitas vitórias.

Vale das Mós festeja a chegada à final numa época que brindou os seus adeptos com muitas vitórias

Vitória, no entanto, inteiramente justa e merecida por parte da equipa de Turquel, que construiu a conquista da Taça Reconhecimento com os quatro golos obtidos no primeiro tempo.

Turquel conquista a Taça Reconhecimento da Liga Inatel 2022-2023.

FICHA DE JOGO:

União Desportiva de Turquel:

Equipa de Turquel

Daniel Honório, David Ribeiro (cap.), Gonçalo Ribeiro, Miguel Silva, Diogo Delgado, Ângelo Silva, Edson Jorge, Miguel Inácio, Pablo Santos, Tiago Santos e Luís Belo.

Suplentes. Miguel Pedro, Daniel Costa, Gonçalo Quintas, Rafael Santos, Marco Quebra e Silvino Guedes.

Treinador: André Ferreira.

Equipa de Vale das Mós

 Clube Cultural e Recreativo de Vale das Mós:

Rafael Lopes, Hiller Rodrigues, Wanderson Souza (cap.), Gaison de Souza, Leandro Abreu, Ozinaldo, Tairony, Wederson, Julio César, William Carvalho e Marlon.          .

Suplentes: Daniel Coimbra, Sérgio Gonçalves, Bruno Eufrásio, Diassis, Lucas Santos e Filipe Santos.

Treinador: Rui Fernandes.

Equipa de arbitragem com os capitães de Vale das Mós e Turquel

Equipa de Arbitragem (Coimbra): Nuno Lucas, Ricardo Silva e António Machado e Manuel Baeta (como quarto árbitro).

 Golos: Tiago Santos e Pablo Santos e Luís Belo (2) (Turquel); Ozinaldo (2) (Vale da Mós).

 Disciplina: Amarelo:  Miguel Inácio e Pablo Santos (Turquel); Sérgio Gonçalves, Marlon e Vanderson Souza (Vale das Mós).

Vermelho: Daniel Coimbra e Sérgio Gonçalves (Vale das Mós); Pablo Santos: duplo amarelo)

No final da partida ouvimos os treinadores das duas equipas. Naturalmente mais satisfeito estava André Ferreira, do Turquel, com a conquista da Taça Reconhecimento, depois de uma época de muito trabalho:

André Ferreira, treinador do Turquel

ÁUDIO | ANDRÉ FERREIRA, TREINADOR DO TURQUEL:

No final da partida a contestação ao trabalho da arbitragem era bem visível nas declarações do técnico Rui Fernandes, do Vale das Mós, à nossa reportagem:

Rui Fernandes, treinador do Vale das Mós

ÁUDIO | RUI FERNANDES, TREINADOR DO VALE DAS MÓS:

FOTOGALERIA:

José Belém

A grande “culpada” é uma velhinha máquina de escrever Royal esquecida lá por casa e que me “infectou” para uma vida que se revelou mais tarde não fazer sentido sem o jornalismo. O primeiro boletim da paróquia e o primeiro jornal da pequena aldeia onde frequentava a escola (tinha apenas 7 anos de idade) entranharam-me a alma (e o sangue) deste “vício” de escrever e comunicar. Seguiram-se os pequenos jornais de turma, os das escolas, os painéis informativos colocados nas paredes dos átrios e o dos escuteiros... e nunca mais o “vício” sarou. Ao longo da vida, foram vários e diversificados os ofícios exercidos profissionalmente, mas o “mar dos desejos” desaguava sempre numa folha de papel ou (mais tarde) num portátil de computador (e sempre com a máquina fotográfica como companhia). Já mais "a sério” e desde jornais regionais, rádios locais, periódicos nacionais e televisão (TVI), já são mais de 45 anos de um percurso “académico” de alguém que pouco se importa de não possuir um “canudo”.

José Paulo Marques

Natural e residente na freguesia de Sabacheira, Tomar, militar na reforma, amante da arte da fotografia, gosta de retratar atividades culturais e desportivas para fazer a sua divulgação, colaborando com vários meios na imprensa local. É um amante inveterado dos animais, da natureza, do silêncio e da leitura.

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