A ministra da Agricultura disse hoje, na Golegã, que as medidas aprovadas na quinta-feira pelo Governo permitem ir devolvendo o rendimento às pessoas sem correr “o risco de criar ilusões” nem de “cavar um problema para o futuro”.

Assunção Cristas visitou hoje a Feira da Golegã, que junta os certames nacional do cavalo, internacional do cavalo lusitano e a centenária feira de S. Martinho, acompanhada pelo ministro da Economia, Miguel Morais Leitão.

Instada a comentar as medidas anunciadas pelo secretário-geral do PS, António Costa, no âmbito do acordo com o Bloco de Esquerda e o PCP, Assunção Cristas afirmou que as medidas da coligação PSD/CDS-PP, parte delas aprovadas na quinta-feira, “são as necessárias e responsáveis para que o país não caia num caos orçamental, para que não tenha um acidente no orçamento logo no início de janeiro”.

“São aquelas que vão em linha com os nossos compromissos para com a Comissão Europeia e que acreditamos que são ponderadas, equilibradas, faseadas, de maneira a que não se vendam ilusões” e que o país não tenha “um problema a prazo maior que aquele que nós herdámos”, declarou, remetendo a discussão sobre medidas alternativas para o debate que decorrerá na segunda e na terça-feira no parlamento.

Assunção Cristas foi homenageada no picadeiro instalado no centro do largo do Arneiro, perante cavaleiros e amazonas trajados a rigor e onde ouviu o apresentador desejar que possa manter-se no Governo por ter sido o único titular da pasta “que se interessou pelo cavalo”.

A ministra referiu o muito que foi feito no seu anterior mandato, apontando em concreto a resolução das questões de Alter Real e das corridas de cavalo, “falada há muito” mas que só agora irá ser realidade. Contudo, considerou que há ainda um “trabalho imenso para ser feito em prol da valorização” do cavalo, em especial do puro-sangue lusitano, “raça autóctone com grande valor e grande potencial nacional e internacional”.

Referiu ainda o “muito para fazer” para “valorizar os territórios ligados ao cavalo” e para “puxar” pelo turismo equestre, que tem “potencial para trazer mais crescimento económico para o país, mais postos de trabalho e, com certeza, mais riqueza” para as famílias.

“Vejo aqui uma grande oportunidade de desenvolvimento do mundo rural, da fileira do cavalo”, disse.

Assunção Cristas prometeu voltar à Golegã no próximo dia 13, independentemente do que aconteça no parlamento, pois tinha sido convidada ainda antes das eleições para o Baile da Jaqueta que se realiza nesse dia.

Até ao próximo dia 15, a vila da Golegã reivindica-se a “capital do cavalo”, recebendo numerosos eventos e provas equestres, proporcionado negócios e vivendo dias e noites agitados, numa azáfama de cavaleiros e amazonas que partilham as ruas com carros e pessoas, num ambiente dominado pelo cheiro das castanhas assadas e dos numerosos “restaurantes” improvisados em pátios e garagens ou mesmo na rua.

Agência de Notícias de Portugal

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