José Veiga Maltez junto do seu sucessor no cargo de Presidente da Câmara da Golegã, António Camilo. Foto: mediotejo.net

O ex-Presidente da Câmara Municipal da Golegã, José Veiga Maltez (PS), derrotado nas eleições autárquicas de 26 de setembro, renunciou ao lugar de vereador.

Sem qualquer explicação pública, não tomou posse na cerimónia que se realizou no dia 18 de outubro no salão nobre dos Paços do Concelho, sendo substituído no Executivo por António Pires Cardoso (PS), que já era vereador no anterior elenco camarário.

Na tomada de posse, o presidente da Assembleia Municipal cessante, Vitor Guia, que presidia à sessão, não referiu o caso, apesar de Veiga Maltez estar presente juntamente com os restantes elementos do anterior Executivo.

Mal terminou a cerimónia, Veiga Maltez foi saudar o seu sucessor no cargo de presidente da Câmara, António Camilo, e saiu de imediato do edifício sem prestar declarações ou conceder qualquer entrevista. Ainda tentámos o contacto telefónico, mas não obtivemos resposta.

Pelo que apurámos, quando questionado porque não tomou posse, Veiga Maltez tem respondido que se candidatou para o lugar de presidente, não de vereador.

Na noite de 26 de setembro, após saber os resultados eleitorais e num curto comentário publicado no Facebook, o histórico autarca da capital do cavalo, José Veiga Maltez, recordou as palavras do seu pai que se referia à Golegã como sendo “melhor Madrasta do que Mãe”. “Foram 24 anos, quase um quarto de século, como Autarca, a lutar pelo nosso Concelho, para o elevar e o dignificar! Até sempre. Não imaginam como estou tranquilo!”, escreveu.

O médico, de 64 anos, presidiu à autarquia entre 1997 e 2013, e só não voltou a candidatar-se devido à lei de limitação de mandatos. Nos quatro anos seguintes foi presidente da Assembleia Municipal, período após o qual voltou a concorrer e a ganhar as eleições, com maioria absoluta. Desta vez não conseguiu a vitória, para surpresa de muitos.

Ganhou o “bichinho” do jornalismo quando, no início dos anos 80, começou a trabalhar como compositor numa tipografia em Tomar. Caractere a caractere, manualmente ou na velha Linotype, alinhavava palavras que davam corpo a jornais e livros. Desde então e em vários projetos esteve sempre ligado ao jornalismo, paixão que lhe corre nas veias.

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