Conceição Pereira durante um Aquapaper em Aldeia do Mato, na Albufeira de Castelo de Bode. Créditos: Tagus

Conceição Pereira, 44 anos, é a atual coordenadora da Tagus, Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior, onde chegou em 1999. Vive em Abrantes mas nasceu na interioridade da freguesia de Alcaravela, no Sardoal. Estudou no Porto, depois em Leiria, regressou às origens e considera ser um privilégio trabalhar na sua região natural. O mediotejo.net foi conhecer a mulher, a técnica de desenvolvimento local que gosta de finanças, de viajar pelo mundo, e de romances históricos.

A designação ajuda a perceber o conceito: Discreta. Assume não gostar de se expor mas recusa a característica da timidez. “Não! Digo o que tenho a dizer quando considero ser oportuno”, explica ao mediotejo.net. Para contrariar o recato, subiu aos palcos e representou personagens distintas da sua realidade. A forma encontrada para “estar em grupos, em dinâmicas e ganhar mecanismos”. No fundo, deixar de se importar com a exposição pública também fruto do cargo que ocupa na sua vida profissional. Iniciou a representação no Grupo de Teatro Palha de Abrantes, do qual ainda faz parte, integrando a Assembleia Geral. Coletividade onde Conceição Pereira, embora não sendo dos elementos mais ativos, afirma ser dos mais presentes.

Relativamente aos espetáculos, “com a pandemia está tudo parado”, diz ao mesmo tempo que garante gostar muito de representar. “A primeira vez que fui a uma apresentação quis desistir, achava que peça não se desenrolava. Mas é uma experiência fabulosa. Para quem faz teatro profissionalmente é um grande poder de encaixe”, assegura.

Esse “poder” prende-se com a singularidade de cada representação. “Todas são diferentes; porque certa parte esqueço-me, outra parte esquece a minha colega, por isso resulta diferente”. No final surgem gargalhadas, não só do público, mas também dos atores. “É muito divertido! Porque há uma grande dependência do outro, precisamos das falas e um grande espírito de equipa. Só funciona num todo”.

Aliás, o coletivo, ou melhor, “a equipa” apresenta-se para Conceição como a expressão viva do sucesso. Quer no teatro quer na profissão que agarrou há 22 anos ao entrar, em 1999, como estagiária na Tagus – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior.

Peça de teatro ‘A Partilha’ pelo Grupo Palha de Abrantes. Foto: José Bandos

A sua trajetória profissional resume-a a três palavras: “uma grande realização”. Essencialmente porque lhe permite acompanhar “a evolução dos agentes no território. Sentir que também é um projeto nosso”. O trabalho na Tagus descreve-o como “um papel dedicado aos outros. Contribuímos para um bem maior, para o desenvolvimento da nossa terra. Os projetos que analisamos hoje são completamente diferentes dos projetos que analisámos ontem” o que permite uma atividade “dinâmica”, reflete.

Conceição Pereira fala em diversidade de ideias com necessidade de defesa junto da autoridade de gestão. “Não deixamos de ser gestores intermédios de fundos comunitários”, mas “com uma melhor perceção para compreender as dificuldades e necessidades” dos beneficiários devido “à relação de proximidade”.

Entre os vários encantos profissionais de uma técnica de desenvolvimento rural aponta a possibilidade de “trazer visitantes à nossa terra. Dar a conhecer o nosso fator cultural, o nosso artesanato. Temos recursos endógenos muito importantes logo a começar pela Albufeira de Castelo de Bode, a questão da religiosidade no Sardoal, Camões em Constância. Tem havido muitos agentes motivados e que reconhecem o potencial da região” e na qual o turismo “tem evoluído muito”, nota Conceição.

“Hoje procura-se sítios menos populosos. As pessoas gostam do turismo de experiência e cultural. Têm surgido bons espaços apoiados pela Tagus. Os restaurantes estão muito sensíveis aos produtos tradicionais e à qualidade, utilizando o que a natureza nos dá no território”, salienta.

Conceição Pereira e o presidente da Câmara Municipal de Sardoal, Miguel Borges. Créditos: Tagus

Uma sardoalense dedicada ao associativismo

Natural de Alcaravela, onde nasceu há 44 anos, foi por terras sardoalenses que integrou a direção da Cooperativa Artelinho, uma ideia do antigo secretário de Estado da Agricultura, também ele natural de Alcaravela, Domingos Gaspar. Fundada em 1989, foi o resultado do esforço de um grupo de 40 mulheres, tendo como principal objetivo preservar a cultura do linho promovendo a fixação de pessoas. Conceição Pereira integra igualmente a Associação de Moradores de Vale das Onegas, a sua aldeia. “Sempre tive sensibilidade” para o associativismo, confessa.

Aliado a essa sensibilidade está o gosto pelos “convívios” como “momentos fundamentais” na sua vida, inclusive para aligeirar as inquietudes decorrentes da vida profissional.

“No final do dia gosto de conviver, poder partilhar ideias, poder provar os nossos produtos locais em boa companhia”, prática que ajuda a melhorar. “Se amanhã pudermos ser melhores, vamos evoluindo e construindo”, declara.

Entre os filhos da terra que vão estudar fora da região, aponta-se como “um bom exemplo” por ter regressado para aprofundar e fixar raízes. “A terra de onde sou natural deu-me oportunidades para poder fazer a minha vida. Se surgirem as oportunidades provavelmente mais gente voltará”, defende.

Com apenas nove anos foi estudar para um colégio interno, no Porto. Conta que a sua família materna tem grande ligação à religiosidade, razão que a levou até à Invicta onde permaneceu cinco anos regressando depois a Sardoal, tendo voltado a sair para Leiria, cidade onde frequentou o ensino superior, na área da gestão de empresas.

Profissionalmente conta que primeiramente houve uma identificação “com o meio, com a área em que trabalho” seguida da “sensação de contribuir”. Além disso “são áreas muito familiares. Esta ligação à terra; conheço o processo da atividade agrícola desde miúda, ou esta ligação ao artesanato; a minha mãe fez sempre parte da Artelinho” a Cooperativa Agrícola de Produção de Linho de Alcaravela, nota.

Como coordenadora da equipa técnica da Tagus considera ser “apenas o rosto de uma equipa muito dinâmica que contribui muito para os bons resultados e para a ação no território do Ribatejo Interior”.

Entrou na Associação como estagiária começando na contabilidade “e o processo foi evoluindo”. Passou para a analise de projetos e em 2016, devido a uma reestruturação interna da Tagus, e convidada pela direção para ser técnica coordenadora.

Entre as razões da escolha sugere “ter algum histórico, uma relação mais fácil com os projetos, ter relação e proximidade com as autoridades de gestão e ser um elemento da equipa”.

Conceição Pereira, coordenadora técnica da TAGUS. Foto arquivo: mediotejo.net

Estratégia local e relação de proximidade com os agentes económicos

Atualmente são seis os técnicos da Tagus, equipa à qual se soma um estagiário. “Todos sabem quais as suas funções dentro da instituição e todos temos características multidisciplinares. O meu papel é fazer a ligação entra a equipa e a direção constituída por sete entidades: os três municípios; Abrantes, Sardoal e Constância e quatro associações privadas”, ou seja, a Associação de Agricultores dos concelhos de Abrantes, Constância, Mação e Sardoal, a Associação Comercial e Empresarial Abrantes, Constância, Sardoal, Mação e Vila de Rei, a NERSANT e a Associação de Desenvolvimento Cultural Palha de Abrantes.

No sentido de explicar o trabalho que se faz na Tagus, Conceição Pereira refere a Abordagem Leader– a forma de atuar das associações de desenvolvimento local – que completa 30 anos este ano. Um modelo que resulta da União Europeia e tem entre os princípios basilares, um diferenciador: as decisões são definidas localmente.

“Isto é completamente diferente da maioria da gestão dos fundos. Significa que a estratégia para o território é feita auscultando a população local, agentes económicos, associações, entidades públicas e privadas, inclusivamente o sistema da educação”, detalha.

Outro principio enunciado baseia-se na cooperação. “Existe uma preocupação muito grande em trabalhar em cooperação. Somos 54 associações a nível nacional, incluindo as ilhas. A Tagus tem muitos trabalhos que permitem uma realidade muito próxima com os nossos colegas, são experiências reais, com projetos bem sucedidos e outros menos bem sucedidos”.

Conceição Pereira nos 25 anos da Tagus. Foto: mediotejo.net

Conceição e a sua equipa trabalham diariamente com o propósito de incutir “inovação nos projetos, para os tornarmos diferenciadores, dinâmicos e resilientes”, refere.

Explica que a génese das associações de desenvolvimento local está na “abordagem descendente. A decisão dos projetos e a estratégica vai de baixo para cima, parcerias locais nas quais os privados têm uma força maior do que os públicos, ações integradas e multisetoriais que a Tagus procura e pode apoiar”. Para Conceição Pereira é uma “sorte” ter acompanhado tal prática durante 22 anos.

“Já trabalhei com quatro programas comunitários: o Leader 2 e o Leader Mais, programa de iniciativa comunitária, as orientações vinham diretamente da União Europeia. E o Proder e o PDR 2020, os dois últimos quadros comunitários onde a atuação da associações de desenvolvimento local passou a fazer parte dos programas nacionais”, explica.

Conceição garante que nos dois primeiros quadros comunitários “houve uma sensibilidade muito grande, da União Europeia, para alocar verba para a animação do território, na qual a Tagus teve um papel muito importante, na valorização dos produtos locais, endógenos. Tivemos sempre um papel atuante, em poder realizar as ações de dinamização, como a Feira de Doçaria, o Aquapaper, os Mercados Ribeirinhos. A partir do momento em que o financiamento chegou do programa de desenvolvimento nacional, nomeadamente o Proder e o PDR 2020, essa verba para a animação não veio”, embora a Tagus continue a fazer esse esforço, sublinha.

Entra as “grandes alterações” aponta a estrutura de apoio dos fundos. “Enquanto no Proder pudemos apoiar muitas entidades de cariz social como lares, centros de dia, etc, muito importante e dentro daquilo que era a nossa estratégia de desenvolvimento local, no PDR já não pudemos”.

Admite que “em contrapartida outras oportunidades surgiram. No Proder a Tagus não apoiava os pequenos investimentos nas explorações agrícolas, equipamentos na área da agricultura e agora no PDR 2020 tem essa linha até 40 mil euros, que permite criar valor” desde a agricultura à comercialização passando pela promoção e outras iniciativas de valorização dos produtos locais.

Até ao momento a Tagus analisou cerca de 800 projetos, 400 dos quais tendo merecido apoio. Projetos de empresas, estabelecimentos de ensino, entidades sociais, desportivas, entre outras, representando um valor global na ordem dos 21 milhões de euros. “Contaram com apoio de cerca de 12 milhões de euros numa média de 50%”, indica.

Conceição Pereira coordenadora da Tagus – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior. Créditos: Tagus

Resiliência no território e 38 candidaturas ao +COESO em altura de pandemia

“Um grande privilégio” para Conceição “saber que contribuiu para o território. Saber que temos tão bons agentes, tão resilientes, sobretudo nesta altura de pandemia”.

Como “bom exemplo” referiu as últimas candidaturas recebidas pela Associação no âmbito do +COESO, atualmente em processo de decisão. “Houve 38 candidaturas em plena pandemia”, indica, salientando “a diversidade de projetos, ideias que surgem no território. Nas empresas há muitos bons exemplos de beneficiários. Conheci entidades muito pequeninas e agora são grandes empresas”.

Orgulha-se dos resultados serem “um reflexo da importância que as associações de desenvolvimento local têm no território, comparativamente com outras entidades que gerem fundos e que se encontram nos ministérios ou nas CCDR. Não conhecem rostos. Aqui conhecemos os rostos de quem são os beneficiários. Esta relação de proximidade permite que possamos acompanhar muito mais os projetos e alertar para alguma coisa que não esteja a funcionar bem. Conseguimos verificar a evolução que as empresas têm”.

Desconhece se a pandemia ou as novas tecnologias representam uma maior procura do Interior do País. Vinca que “a pandemia é relativamente recente para podermos tirar conclusões. Sabemos que há pessoas em teletrabalho” vindas do litoral agora instaladas no território. “Mas não sabemos se essas pessoas irão permanecer no pós covid”.

No entanto, sabe relativamente ao +COESO “que nos apareceu uma grande diversidade de candidaturas na área da restauração, do alojamento, muito mais ligadas à nossa área de atuação, da animação ou da área da construção civil, do software. E temos visto o surgimento de novas empresas”, garante.

Candidaturas justificadas pelas características “muito apetecíveis” da linha de financiamento do +COESO. “Financiava a 100% o posto de trabalho até 3 anos e ainda atribuía um prémio associado a um plano de investimentos de mais de 40%”, explica.

Conceição Pereira durante uma entrevista para o jornal mediotejo.net. Créditos: Tagus

Preocupação com a desvalorização das entidades que atuam localmente

Considera que no passado eram mais visíveis as diferenças entre “quem vivia no interior e quem vivia no litoral. Hoje a diferença já não é tão grande. Atualmente quem vive nos meios rurais ou quem vive nas cidades mais pequenas tem muita qualidade de vida” que ultrapassa “a questão do tempo”, sublinha.

Conceição garante que as atividades desenvolvidas pelo seu filho de 12 anos “nos computadores são exatamente iguais às dos miúdos que estão em Lisboa e ainda tem a mais valia de poder agarrar na bicicleta e dar umas voltas. O João Maria veste-se exatamente igual a um miúdo em Lisboa, já não notamos essa diferença” permitida pela globalização e pela facilidade de comunicações. Particularidade que “também se nota nas profissões”.

Para a técnica de desenvolvimento local “tem havido uma grande sensibilidade e aposta na valorização e no desenvolvimento dos territórios do interior. É uma aposta que se nota a vários níveis. Incluindo pelas linhas de apoio, que não são recentes”.

No entanto, manifesta preocupação com a desvalorização das entidades que atuam localmente como é o caso das associações de desenvolvimento local. “Aquele papel importante e aquele pacote financeiro que era atribuído para a animação e valorização do território, para o apoio ao associativismo, tem-se vindo a perder”, lamenta. Defende que “devem ter um pacote orçamental para a animação e dinamização local e uma valorização da sua atuação junto da governança”.

Revela que a Tagus está envolvida num estudo de análise do despovoamento que levará a conclusões sobre a desertificação no Ribatejo Interior. “Estamos a ter o apoio do Instituto Superior Técnico, o Estado vai acompanhar a evolução deste projeto. Compreender quais as razões que levam à desertificação humana, ligada ao abandono das populações, e à desertificação física, abandono de terras ou das próprias alterações climáticas que podem contribuir para a desertificação. Um projeto que vai ajudar-nos a compreender e a preparar a nossa próxima estratégia. Estamos em alteração de quadro comunitário”.

Trata-se de “uma reflexão sobre os constrangimentos e as potencialidades existentes no Ribatejo Interior” com o objetivo de “retirar conclusões, procurar soluções e medidas. Vamos, por exemplo, auscultar os alunos nas escolas de Abrantes, Sardoal, Constância e a EPDRA e depois também o ensino superior, a ESTA em Abrantes”, avança.

Conceição Pereira coordenadora da Tagus – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior. Créditos: DR

Caminhadas, História, livros e viagens até ao Miradouro das Fontes

Após o trabalho, Conceição diz apreciar atividades de ar livre, como caminhar. “Procuro, em período de confinamento, andar oito mil passos quase todos os dias. É das coisas que me faz muito bem. Para não pensar em nada. Embora esteja a ver a mesma paisagem que já vi muitas vezes, junto ao Castelo. É maravilhoso!”.

E apesar de lhe desagradar “imenso andar de avião”, diz gostar de viajar, jornadas que também se fazem em terra firme. “Não é só viagens ao estrangeiro. Para mim viajar é ir, como vou muitas vezes, ao Miradouro das Fontes. É viajar no meu próprio território, nas riquezas naturais e patrimoniais que tem para me oferecer e que me fazem valorizar e interagir com a própria comunidade local”.

Quilómetros por palmilhar, quem sabe depois da pandemia, até Egito ou até ao Médio Oriente, principalmente pela sua importância histórica. Reconhece que o norte da Europa também tem os seus encantos, designadamente para perceber o que internamente pode fazer melhor. “Aprendemos muito com os outros”, reflete.

Entre os passatempos elege ainda a leitura. Neste momento lê dois livros. Leituras ligadas à História ou romances históricos. Algo muito presente na vida de Conceição, mesmo em visita ao património nacional gosta de saber as histórias e de construir os itinerários ligados ao valor cultural e à identidade que trazem. “Enriquece-me”, afirma, mais do que policiais, mais do que ficção cientifica.

Esforça-se para incutir ao filho o gosto pela leitura.  Os jovens “estão tão ligados à Internet que não percebem a importância da leitura. Não tem a ver com mais facilidade no vocabulário ou maior capacidade de expressão a todas as disciplinas mas a interpretação da história, a imagem que cria na cabeça e não há nada melhor do que nós próprios criarmos as nossas próprias histórias, de incentivarmos a nossa imaginação”, considera.

Por isso revela não ser grande entusiasta de cinema, filmes ou séries televisivas. “Os livros dão-me a oportunidade de criar as imagens e as personagens. Surgem da minha imaginação e isso é maravilhoso”.

Não se identifica com a política mas afirma ter sensibilidade para a área económica. Neste último caso confessa algumas preocupações. Preocupa-se, como não podia deixar de ser, com as áreas de desenvolvimento dos territórios. Talvez por isso, procura fazer compras no comércio de proximidade, nas feiras e nos mercados. “Gosto da ligação às pessoas genuínas e mais humildes, faz parte do que é o nosso dia a dia”.

Da área económica à área financeira é um pequeno salto. Por isso, se não fosse técnica de desenvolvimento local, a sua trajetória profissional talvez fosse só financeira “o que era uma tristeza”, brinca.

Como coordenadora da Tagus, agradece essencialmente “a possibilidade” de “evolução”. Em termos pessoais passa também por ter uma vida que acompanha a profissional. “Ter uma família de quem gosto muito, seja na que nasci seja na que se constrói”, nomeadamente “os amigos”.

Sobre o futuro lembra que as associações de desenvolvimento local “em cada mudança de quadro comunitário têm de estar sempre a reforçar o seu papel, a dar conta de quanto são importantes no território”.

Deseja, por isso, que “passados tantos anos [a Tagus têm 27 anos instalada na sub-região do Médio Tejo], fossem reconhecidas as competências da associações, que dessem estabilidade à própria equipa e ao papel” que desempenham na sociedade.

Conceição Pereira durante uma formação para operadores agrícolas ao lado do presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos. Créditos: Tagus

Paula Mourato

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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