Com a conclusão das obras de recuperação do Observatório de Avifauna do Outeiro, o concelho de Gavião encerra “um ciclo dramático” dos incêndios de 2017 responsáveis pela danificação de várias infraestruturas e equipamentos municipais, nomeadamente turísticos. O presidente da Câmara Municipal, José Pio (PS), em declarações ao mediotejo.net, destacou ainda a limpeza da charca da Teixogueira, um investimento na ordem dos 23 mil euros.
Depois da recuperação do Passadiço da Praia Fluvial do Alamal, com a concretização da obra no Observatório de Avifauna do Outeiro, instalado numa arriba do rio Tejo, encerra-se “um ciclo dramático” dos incêndios de 2017, responsáveis pela danificação de várias infraestruturas e equipamentos municipais, nomeadamente turísticos.
A infraestrutura “está praticamente concluída, já está visitável” garantiu ao mediotejo.net o presidente da Câmara Municipal, José Pio. “Faltam pormenores como a placa explicativa dos animais a observar e da localização. Desapareceu com o fogo mas será reposta dentro de 15 dias”, indicou.
Esta intervenção no Observatório, cuja estrutura é em madeira por impositivo legal, tem um custo de 45 mil euros, comparticipado em 60%, um apoio financeiro do Fundo de Emergência Municipal (FEM). “O restante sai do orçamento municipal”, acrescentou o autarca.
A par da recuperação do Observatório de Avifauna do Outeiro decorre a limpeza da charca da Teixogueira num investimento na ordem dos 23 mil euros. O que completa “na integra a recuperação de todas as infraestruturas municipais que foram atingidas pelos incêndios”, nota José Pio. A charca da Teixogueira é um ponto de água para o combate dos incêndios na freguesia de Belver.
O Observatório de Avifauna do Outeiro situado entre a paisagem deslumbrante do Tejo permite uma ampla vista sobre o vale do maior rio português, localizado junto à localidade de Outeiro. Apresenta várias formações rochosas e fragas, apreciadas pelas aves de rapina para nidificar.
Conta com diferentes habitats distintos, entre eles: matos, zonas húmidas (cursos de água), áreas rochosas (falésias/fragas rochosas), zonas artificiais (terra arada; plantações florestais).
Distancia cerca de 30 quilómetros a jusante da IBA (Important Bird Area) de Portas de Ródão e Vale do Mourão. Este sítio alberga a maior colónia de Grifo exclusivamente em território nacional e também outras espécies rupícolas ameaçadas, como a Cegonha-preta e a Águia Perdigueira.