Castelo de Belver

No Dia Internacional dos Museus, este sábado, 18 de maio, as entradas são gratuitas nos Museus de Gavião. O visitante poderá conhecer o Castelo, o Núcleo Museológico das Mantas e Tapeçarias de Belver e o Museu do Sabão, os três situados na vila de Belver, numa iniciativa “Open Day”, ou seja, dia aberto.

O Museu do Sabão foi instalado na antiga escola primária de Belver desde 2013. Dispõe de um avançado sistema tecnológico, interativo, que permite ao visitante conhecer a história do sabão, do seu aparecimento na antiga Mesopotâmia e Egito, a lenda associada à sua origem e a evolução até aos dias de hoje. Também pode ficar a conhecer a história do sabão em Portugal, a arte do sabão e dos saboeiros, a sua importância económica do século XIV ao século XVIII, com exposição de alguns produtos que marcaram gerações.

Portugal passou a ser um dos quatro países no mundo com um Museu de Sabão. Na Europa são três: em Espanha, Polónia e Portugal.

Museu do Sabão, Belver

No Núcleo Museológico do Museu das Mantas e Tapeçarias, que ocupa as instalações da antiga Fábrica Natividade Nunes da Silva, abriu ao público em 2016. A história desta unidade está ligada ao empreendedorismo feminino.

O visitante pode regressar a uma época em que o tear de pedal fazia parte do quotidiano e cultura das populações rurais uma vez que é possível reviver os costumes antigos e ter contacto com os teares, as matérias-primas e os instrumentos de trabalho da antiga Fábrica.

Núcleo Museológico das Mantas e Tapeçarias de Belver

Depois, é subir até ao Castelo que se ergue num rude penhasco sobre o Tejo. Foi o primeiro castelo construído pelos Hospitalários em território português, por decisão régia de Dom Sancho I, constante do documento de doação que, em 1194, atribui à Ordem do Hospital um vasto território na margem norte do Tejo, uma região entre o rio Zêzere e o rio Tejo, denominada Guidintesta.

A sua localização estratégica prevenia novas incursões para norte, quando o Tejo era espaço de fronteira entre cristão e muçulmanos. A segurança desta fortaleza e a capacidade de organização dos Hospitalários, leva Dom Sancho I da destinar Belver como um dos locais para depósito do tesouro real português.

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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