Estão interditos à circulação o PR1 – Arribas do Tejo, o PR2 – Corredor Ecológico das Ribeiras de Alferreireira e Barrocas, PR3 – No Remanso da Ribeira da Venda, PR4 – Rota dos Moinhos da Ribeira de Margem e PR8 – Rota da Sirga. A autarquia frisa que, logo que as condições de segurança estejam repostas, será divulgada a informação de reabertura.
Em declarações ao nosso jornal, António Severino, vice-presidente da Câmara Municipal de Gavião e responsável pelo pelouro da Proteção Civil, refere que esta interdição sucede até nova avaliação, uma vez que os percursos “passam pela bacia do rio Tejo e teremos que fazer uma avaliação mais ao pormenor e não pondo em causa a segurança dos utilizadores, e por uma medida de prudência, decidimos fazer a interdição”.
“Um dos percursos também passa pela ribeira do Soure e ponte do Sume, e é uma ribeira que está com elevado caudal”, indica.

Sobre a abertura, só ocorrerá após avaliação e tomada de decisão, porque desconhece-se para já se existem estruturas afetadas, nomeadamente estruturas de segurança e proteção.
Dando conta das ocorrências e medidas tomadas para proteção dadas as condições atmosféricas adversas e o elevado caudal das ribeiras e do rio Tejo, António Severino menciona que já foi restabelecida a circulação na ponte de Sume, entre Moinho do Torrão, no limite do concelho de Gavião, e a fronteira com o concelho do Crato, na EM 531.
“A água estava a passar por cima da ponte, na terça-feira, e decidimos fazer a interdição. Neste momento a situação está mais restabelecida e já foi ontem reaberta ao trânsito”, frisa.
O Serviço Municipal de Proteção Civil tem estado em “acompanhamento permanente”, com dez trabalhadores do município distribuídos por todo o concelho para restituição da normalidade, limpezas e reparação, onde o cenário foi essencialmente de “quedas de materiais para as estradas municipais, abatimentos de pavimento em alguns locais, algumas derrocadas de terras em diversos locais que chegaram a condicionar o trânsito em algumas vias”, mas onde se atuou prontamente no sentido de realizar as correções necessárias.
O vice-presidente da Câmara de Gavião assume ainda alguns prejuízos tendo em conta os últimos dias, caso da queda de um muro de suporte no quartel dos Bombeiros, que “está a causar alguma preocupação”.

“Era um muro que fazia o suporte de uma grande parte das terras no quartel, que caiu por completo. Temos ainda a registar o alagamento de uma estação elevatória no Vale da Feiteira e na Ferraria, na freguesia de Comenda. Tudo o resto passa por entupimentos de esgotos, algumas instalações elétricas danificadas nomeadamente na praia fluvial do Alamal e no parque da Ribeira da Venda. São situações que devido às condições que assolaram todo o país são ‘normais’.A situação que nos causa maior problema é o muro de suporte do quartel”, enumera o responsável.
Quanto ao muro de suporte do quartel dos Bombeiros de Gavião, a autarquia vai avançar com solução provisória, através de “impermeabilização, com revestimento de plásticos, porque agora não podemos fazer nada”.
Também o acesso à pequena povoação de Monte dos Pereiros, junto a Cadafaz, consta entre as preocupações, pois houve derrocada para a estrada gerando constrangimento à circulação. “O quadro técnico está a avaliar a situação, para decidir que passo tomar, porque tem que ser restabelecida a passagem”, sendo que a solução passará pela construção de muro de suporte.
Apesar da aparente melhoria do estado do tempo e das previsões meteorológicas, a Proteção Civil de Gavião vai manter-se alerta.
“Os nossos bombeiros também reforçaram as equipas, tanto diurnas como noturnas, de forma a tentar acudir àquilo que foi este flagelo que se abateu sobre o nosso território. Continuamos atentos, em permanência, a situações anormais que se possam verificar, para que possam rapidamente ser acudidas”, concluiu António Severino.