Eléctrico vendeu cara a derrota.

ELÉCTRICO FUTEBOL CLUBE 4 – SPORT LISBOA E BENFICA 6
Liga SportZone – Quartos de Final – 1º jogo
Pavilhão Municipal
Ponte de Sor

Grande expectativa em Ponte de Sor para ver a réplica do Eléctrico ao vencedor da fase regular da Liga SportZone: o Sport Lisboa e Benfica.

Pavilhão Municipal de Ponte de Sor.

Com as bancadas bem compostas de público entusiasta apresentou-se a equipa da casa com o estatuto de equipa surpresa já que, em ano de subida ao escalão maior, cedo garantiu a manutenção e conseguiu mesmo apurar-se para os “play off” onde apenas estão os melhores oito.

O Benfica, candidato ao título, apenas perdeu pontos no Pavilhão João Rocha, perante o Campeão Europeu, Sporting.

Favorito Benfica teve de se aplicar para derrotar a equipa da Ponte de Sor.

A equipa de Kitó Ferreira apresentou logo de início muita segurança defensiva, travando o ímpeto dos lisboetas e procurando rápidas transições que lhe dessem vantagem numérica.

A um Benfica rematador opunha-se um guarda redes inspirado e uma defesa muito coesa.
Após uma excelente oportunidade de Fits para abrir o marcador, com resposta de Wendell na outra baliza, uma falta de Marinho permitiu ao Benfica uma jogada de laboratório que culminou com o golo de André Coelho.

Golo de André Coelho abriu as hostilidades.

Com o Eléctrico mais ofensivo os benfiquistas começaram cedo a acumular faltas. Os alentejanos pressionavam muito alto obrigando as “águias” a cometerem muitos erros e a perderem frequentemente o ensejo de atacar. Aos sete minutos os “encarnados” atingiram a quarta falta.

Com Wendell muito rematador e perante um Benfica num mau período Joel Rocha foi obrigado a pedir uma pausa técnica.

Ilídio Pina travado por Robinho.

Os lisboetas começaram a sacudir a pressão e Fits, Robinho e Miguel Ângelo ameaçaram a baliza de Diogo Basílio. Com Chaguinha em campo a equipa do Benfica ganhou maior dinâmica ofensiva e foi a vez da equipa alentejana ser obrigada a recorrer à falta.

Aos 11 minutos Nem recuperou uma bola perdida, serviu Ruizinho que na cara de André Correia não falhou, empatando a partida.

Joel Rocha não gostava do que via a partir do banco.

Dois minutos volvidos, após uma falta feia sobre Nem, perdoada pelo árbitro, Márinho agarrou Fernandinho em ação de remate e o árbitro exibiu o cartão vermelho. Na marcação do livre, Tiago Brito rematou contra a barreira permitindo a recarga de André Coelho que colocou a sua equipa de novo na frente do marcador.

Falta de Márinho valeu expulsão e novo golo de André Coelho.

De novo a vencer, a equipa visitante tentou controlar os ímpetos atacantes do Eléctrico. Foi fazendo faltas, ignoradas pelos árbitros, enervando os pontessorenses e provocando contestação na bancada.

Para o minuto 17 estava guardado um momento “mágico” de André Maluko. Recebeu a bola de costas para a baliza e executou um pontapé de bicicleta perfeito marcando um golo de belo efeito.

O Eléctrico atingia a quinta falta. No minuto seguinte, num remate potente de Wendell, Rafael Bocum emendou à boca da baliza e colocou o Eléctrico na frente da partida pela primeira vez.

Rafael Bocum colocou a sua equipa na frente do marcador.

A correr atrás do prejuízo, o Benfica tornou-se mais rematador e obrigou Diogo Basílio a trabalho aturado.

Os lisboetas procuravam a sexta falta e Ruizinho foi ingénuo. Quando faltavam apenas quatro segundos cometeu a falta que levou o capitão Bruno Coelho para a marca de livre direto. Saltou do banco o guarda redes Beccon mas não conseguiu deter o remate. O Benfica empatava em cima do intervalo.

Bruno Coelho empatou a quatro segundos do descanso!!!

Resultado aceitável penalizando a falta de eficácia dos atacantes das “águias”. Grande atitude dos alentejanos que não merecia aquela “traição” de Ruizinho em cima do descanso. O enorme nervosismo no regresso aos balneários levou a cenas pouco edificantes, rapidamente sanadas. Grande expectativa para o segundo tempo.

Muita expectativa para o segundo tempo.

O Benfica entrou a “todo o vapor” e Henmi e Fits alvejaram a baliza de Diogo Basílio, sem sucesso. O Eléctrico procurava uma ocasião para contra atacar e ia sofrendo faltas não sancionadas pelos árbitros deixando os adeptos pontessorenses à beira de um ataque de nervos.

Com o guarda redes André Correia a jogar muito fora da baliza, este convidava ao chapéu. Foi o que fez Bocum mas a bola saiu de ‘aba alta’ à passagem dos 25 minutos.

A insistência benfiquista deu fruto no minuto seguinte, após remate ao lado de Fernandinho. Uma boa triangulação deu a oportunidade de Miguel Ângelo desempatar o encontro a seu favor.

Benfica colocou-se de novo no comando com golo de Miguel Ângelo.

Com o jogo repartido pelos dois lados da quadra as equipas davam tudo no sentido de alcançarem os seus objectivos. Aos 29 minutos, uma reposição manual muito longa do guarda redes André Correia para Fernandinho, junto ao canto esquerdo do seu ataque, permitiu um remate surpresa que traiu o guarda redes Diogo Basílio.

O melhor marcador da Liga SportZone aumentava o seu pecúlio pessoal e colocava o Benfica a vencer por dois golos de diferença.

Fernandinho abriu o livro na segunda parte.

Kitó Ferreira tinha necessidade de refrescar a sua equipa e, demonstrando que conta com todos, não hesitou em lançar no jogo os jovens da “cantera” do Eléctrico Filipe Pereiro e Alexandre Prates. E foi com ambos na quadra que Nem, com um remate cruzado, colocou de novo a incerteza no resultado. Este golo de Nem relançou o jogo quando faltavam nove minutos para o final.

Nem reduziu para o Eléctrico.

O cansaço ia-se apoderando dos pontessorenses e o Benfica estava mais ofensivo.
A experiência dos “encarnados” ia criando alguma “mossa” na defensiva da casa.
Henmi, Robinho e Fernandinho eram particularmente perigosos.
Numa rápida transição, aos 35 minutos, Henmi serviu o internacional espanhol Marc Tolrà que descobriu Fernandinho solto de marcação. O atacante não perdoou e aumentou a contagem.

Fernandinho bisou no encontro e lidera os marcadores na Liga.

Renan Fuzo passou a jogar como guarda redes avançado num último esforço para inverter a tendência do marcador. Não resultou e foi mesmo Fernandinho a ter boas ocasiões para aumentar. Diogo Basílio não o permitiu com defesas de categoria. A jogar em “cinco para quatro” o Eléctrico ainda viu uma bola embater no poste da sua baliza.

Renan Fuzo acabou como guarda redes avançado.

Resultado final justo. O Benfica demonstrou os argumentos que fazem das “águias” candidato ao título. O Eléctrico, com um jogo pleno de garra, deixou uma excelente imagem. O segundo jogo, na Luz, joga-se no sábado, dia 11 deste mês.
Equipa de arbitragem com muitos equívocos a penalizar a equipa da casa.

Grande golo de André Maluko foi o momento do jogo.

ELÉCTRICO FUTEBOL CLUBE:
Diogo Basílio, Renan Fuzo, Rafael Bocum, Wendell e Nem.
Suplentes: Dona, Beccon, Filipe Dias, Ruizinho, Marinho, Filipe Pereiro, Ilídio Pina, Alexandre Prates e André Maluko.
Treinador: Kitó Ferreira.

Eléctrico Futebol Clube. Foto D.R.

SPORT LISBOA E BENFICA:
André Correia, Marc Tolrà, Rafael Henmi, Robinho e Fits.
Suplentes: Cristiano, André Coelho, Chaguinha, Tiago Brito, Bruno Coelho, Miguel Ângelo e Fernandinho.
Treinador: Joel Rocha.

Sport Lisboa e Benfica.

GOLOS:
Ruizinho, André Maluko, Rafael Bocum e Nem (Eléctrico); André Coelho (2), Fernandinho (2), Bruno Coelho e Miguel Ângelo.

EQUIPA DE ARBITRAGEM:
José Moreira e Rui Ventura.

Equipa de arbitragem liderada por José Moreira.

No final ouvimos o técnico do Eléctrico.
Não foi possível chegar à fala com Joel Rocha.

Kitó Ferreira-Treinador do Eléctrico Futebol Clube.

*Com David Belém Pereira (fotos).

Nasceu a 30 de Janeiro de 1961 em Lisboa e cresceu no Alentejo, em Santiago do Cacém. Dali partiu em 1980 para ingressar no Exército e no Curso de Enfermagem. Foi colocado em Santa Margarida e por aqui fez carreira acabando por fixar-se no Tramagal em 2000. A sua primeira ligação à Vila "metalúrgica" surge em 1988 como Enfermeiro do TSU. Munido da sua primeira câmera digital, em 2009 e com a passagem à situação de reserva, começou a registar a fauna do Vale do Tejo, a natureza e o património edificado da região, as ruas, as pessoas... Com colaborações regulares em jornais da região e nacionais este autodidata acaba por conseguir o reconhecimento público, materializado em alguns prémios. Foi galardoado na 8ª Gala de Cultura e Desporto de Tramagal na categoria de Artes Plásticas (Fotografia) em 2013.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *