Eléctrico venceu um Belenenses aguerrido.

ELÉCTRICO FUTEBOL CLUBE 4 – CLUBE DE FUTEBOL “OS BELENENSES” 2
Taça de Portugal – Oitavos de final
Pavilhão Gimnodesportivo de Ponte de Sor
19-03-2022

O histórico emblema da Cruz de Cristo voltou a Ponte de Sor, desta feita para disputar um lugar nas oito equipas finalistas da Taça de Portugal. A militar na divisão secundária, onde comanda a fase de apuramento de campeão e subida, a equipa do Restelo tem levado a cabo uma época bem competitiva e apresentava argumentos para se poder constituir como um “tomba gigantes” na prova, algo que sucede amiúde em competições a eliminar.

Do lado oposto estava uma equipa pontessorense que, apesar duma completa remodelação, esta época está encostada ao topo da classificação da Liga Placard, ambicionando um lugar histórico no pódio.

Histórico Belenenses vendeu cara a derrota.

O Belenenses vinha com intenção de discutir o apuramento e até lhe coube a primeira ocasião logo na abertura do encontro com Bruno Vicente a rematar forte para defesa apertada de André Correia. Estava dado o aviso…

Pouco depois Kevin fez falta dura sobre Matheus dando origem a um livre perigoso para a equipa da casa. A conversão não constituiu perigo para a baliza de Carlos Paulo. À passagem do quarto minuto John Lennon recebeu na ala direita e rematou de pronto, inaugurando o marcador.

John Lennon inaugurou o marcador.

Não se intimidaram os homens de azul e na reposição Sílvio Moreira rematou para defesa incompleta de André Correia. Numa segunda vaga Kevin enviou o esférico à trave. Insistiram e aos cinco minutos, na conversão dum livre em zona frontal, Gonçalo Rodrigues simulou e Márinho rematou junto ao poste da baliza do Eléctrico.

No minuto seguinte Russo combinou com Hugo Neves e o remate não passou longe do alvo. Pouco depois Russo volta a combinar com um companheiro, na ocasião Peixinho, obrigando ao corte para canto. Célio Coque parou o contra golpe de forma ilegal e viu o cartão amarelo.

Luta acesa no meio campo.

Aos oito minutos Peixinho, em excelente iniciativa individual, foi de “costa a costa”. Acabou desarmado sem conseguir o remate. Volvido um minuto, Hugo Neves rematou forte, a bola esbarrou na cortina defensiva, e na recarga Russo obrigou o guarda redes Carlos Paulo a defesa difícil.

O segundo golo do Eléctrico ia sendo adiado e o Belenenses não perdia uma ocasião para levar o perigo ao último reduto pontessorense. Aos dez minutos, num roubo de bola, André Cruz aproveitou e voltou a empatar a partida.

Belenenses empatou aos dez minutos.

Na reposição Jonh Lennon teve de empregar-se a fundo para evitar que o esférico saísse pela lateral e acabou por ser André Correia a agarrar. O árbitro considerou atraso deliberado para o guarda redes e marcou a falta, debaixo dum coro de protestos. Do livre nada resultou já que a bola não transpôs a barreira.

Entretanto João Freitas Pinto, técnico do Eléctrico, não gostando do que se passava na quadra, pediu uma pausa técnica. No recomeço, aos 13 minutos, numa reposição lateral para os visitantes, André Cruz tentou assistir Ezequiel Reis no segundo poste. Chegou um tudo nada atrasado.

Hugo Neves colocou o Eléctrico de novo na frente.

Os minutos que se seguiram foram decisivos para o resultado final da partida. Aos 14 minutos Márinho rematou de longe, tentando surpreender André Correia. O guarda redes defendeu e rapidamente lançou o contra golpe. Hugo Neves não se fez rogado e voltou a bater Carlos Paulo e a recolocar a equipa da casa de novo na frente do marcador.

Bem se podia aplicar à equipa do Restelo o velho ditado “Um mal nunca vem só”! Na bola de saída, um roubo deixou Célio Coque na cara do desamparado Carlos Paulo e aumentou a contagem para 3-1.

Célio Coque (ao centro) aumentou para 3-1.

De imediato Tiago Guelho, treinador dos “azuis” pediu a pausa técnica regulamentar.
O Eléctrico ia acumulando faltas e o alarme soou quando à passagem do quarto de hora Sílvio Moreira sofreu a quinta ficando a equipa da casa “tapada com faltas”.

Demorou apenas um minuto para que Peixinho cometesse a sexta falta, valendo-lhe inclusivamente a exibição do cartão amarelo. Da marca dos 10 metros Márinho não vacilou e voltou a bater André Correia, reduzido a expressão no marcador para a diferença mínima.

Márinho desfeiteou André Correia.

A equipa da casa não estava nos seus melhores dias e o Belenenses começava a acreditar num bom resultado após “voltar a reentrar” na partida com o golo de Márinho.

A dois minutos do descanso, um atraso deliberado dum defensor lisboeta para o seu guarda redes, que o árbitro não terá descortinado, levou a novo coro de protestos. Entendeu-se que haveria dualidade de critérios em relação ao lance de John Lennon aos 11 minutos.

Já no último minuto Ygor Mota rematou contra a defensiva contrária, ganhando um canto. Na conversão Russo não conseguiu melhor e o intervalo chegou com novo canto sem consequências. Resultado aceitável ao intervalo, sendo que o empate não escandalizaria.
Expectativas em alta para o segundo tempo.

Algum desperdício evitou resultado volumoso.

O segundo tempo começou com Marinho a ter uma entrada dura junto à lateral que lhe valeu a amostragem da cartolina amarela. Pouco depois, numa reposição lateral, Sílvio Moreira recebeu de costas para a baliza, rodou e rematou forte mas ao lado.

Aos 24 minutos, Sílvio Moreira voltou a estar em foco ao rematar para defesa de André Correia. O guarda redes saiu a jogar e serviu Célio Coque que arriscou o remate de meia distância, obrigando Carlos Paulo a ceder canto. Na conversão do canto Russo assistiu Célio que rematou de primeira muito perto do poste.

Eléctrico criou muitas ocasiões de golo.

Perante alguma apatia na equipa da casa uma figura emergia a “remar contra a maré”: John Lennon. Aos 27 minutos recebeu de costas, temporizou e rodou sobre o marcador direto rematando para defesa de Carlos Paulo para canto. Grande momento do jogador brasileiro.

Dois minutos depois, Lennon voltou a receber o esférico de costas para a baliza, aguentou a pressão, e com a defensiva a esperar a rotação serviu Ygor Mota que chegava embalado. O forte remate sobrevoou a baliza dos “azuis”.

Já para lá da meia hora de jogo John Lennon tentou progredir mas a defesa cortou para canto. Na conversão Ygor Mota assistiu Ferrugem que rematou ao lado.

Equipa da casa procurava o caminho da baliza.

Na melhor fase do Eléctrico no jogo, aos 32 minutos, Russo recebeu, rodou e rematou ao lado. O Belenenses aproveitou para lançar o contra golpe parado pelo guarda redes André Correia. No minuto seguinte Hugo Neves assistiu na perfeição Peixinho que rematou forte para mais uma boa defesa de Carlos Paulo.

O golo fazia-se anunciar e aos 35 minutos, Peixinho, com um remate da meia distância, fez o quarto da sua equipa. A bola ainda terá desviado num defensor, traindo o guarda redes Carlos Paulo.

Peixinho fechou a contagem.

No recomeço, o técnico do Belenenses, Tiago Guelho, lançou o 5X4 com Marinho a vestir a “pele” de guarda redes avançado. O Eléctrico defende muito bem esta estratégia dos adversários e neste jogo não foi exceção.

Ygor Mota contra atacou a propósito ganhando um canto e com o tempo de jogo a expirar John Lennon visou a baliza deserta mas Marinho recuperou a tempo de evitar o quinto golo do Eléctrico. Pouco depois Maurício Campos deu o jogo por terminado.

João Freitas Pinto colocou o Eléctrico nos quartos de final da Taça de portugal.

Resultado que não sofre contestação apesar do jogo menos conseguido da equipa do Eléctrico. O Belenenses deixou uma excelente imagem mas a equipa da divisão secundária ainda está uns “furos” abaixo das equipas de topo da Liga Placard.

O Eléctrico irá jogar os quartos de final com o Marítimo, a primeira equipa insular a chegar a esta fase da Taça de Portugal. Será no dia 19 de maio. Em caso de vitória defrontará o Benfica ou o vencedor do jogo Amigos da Cerva/Caxinas.

Arbitragem confusa, cheia de equívocos e dualidades que tiveram o condão de enervar público e jogadores. Melhores dias virão…

Arbitragem confusa enervou os jogadores.

Ficha do Jogo:

ELÉCTRICO FUTEBOL CLUBE:
André Correia, Ferrugem, Matheus, Ygor Mota e John Lennon.
Suplentes: Diogo Basílio, Peixinho, Gustavo Rodrigues, Célio Coque, Daniel Airoso, Russo e Hugo Neves.
Treinador: João Freitas Pinto.

Eléctrico Futebol Clube.

CLUBE DE FUTEBOL “OS BELENENSES”:
Carlos Paulo, Kevin Jassi, Bruno Paulo, Bruno Vicente e Sílvio Moreira.
Suplentes: João Dias, Tiago Carvalho, Marinho, Jota, Ezequiel Reis, Gonçalo Cardoso, Gonçalo Rodrigues, André Cruz e Tomás Ferreira.
Treinador: Tiago Guelho.

Clube de Futebol “Os Belenenses”.

GOLOS:
John Lennon, Célio Coque, Hugo Neves e Peixinho (Eléctrico); André Cruz e Marinho (Belenenses).

EQUIPA DE ARBITRAGEM:
Maurício Couto e Alexandre Costa.
Francisco Dias (Cronometrista).

Equipa de Arbitragem: Maurício Couto e Alexandre Costa com os capitães.

No final os treinadores falaram com a Comunicação Social:

JOÃO FREITAS PINTO (Eléctrico)

João Freitas Pinto, treinador do Eléctrico.

TIAGO GUELHO (Belenenses)

Tiago Guelho, treinador de “Os Belenenses”.

*Com David Belém Pereira (multimédia).

 

Nasceu a 30 de Janeiro de 1961 em Lisboa e cresceu no Alentejo, em Santiago do Cacém. Dali partiu em 1980 para ingressar no Exército e no Curso de Enfermagem. Foi colocado em Santa Margarida e por aqui fez carreira acabando por fixar-se no Tramagal em 2000. A sua primeira ligação à Vila "metalúrgica" surge em 1988 como Enfermeiro do TSU. Munido da sua primeira câmera digital, em 2009 e com a passagem à situação de reserva, começou a registar a fauna do Vale do Tejo, a natureza e o património edificado da região, as ruas, as pessoas... Com colaborações regulares em jornais da região e nacionais este autodidata acaba por conseguir o reconhecimento público, materializado em alguns prémios. Foi galardoado na 8ª Gala de Cultura e Desporto de Tramagal na categoria de Artes Plásticas (Fotografia) em 2013.

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