Após boa entrada do Eléctrico o Braga venceu de forma categórica.

ELÉCTRICO FUTEBOL CLUBE 2 – SPORTING CLUBE DE BRAGA 4
Liga Placard – 8ª jornada
Pavilhão Gimnodesportivo
Ponte de Sor
02-11-2019

Com as equipas empatadas à entrada da oitava jornada, à porta da linha que apura as oito que vão disputar a Taça da Liga o jogo agendado para o Municipal da Ponte de Sor estava carregadinho de pontos de interesse.

Equipas chegaram empatadas à oitava jornada.

Ambas as equipas vinham de derrotas e basta fazer uma retrospetiva ao que sucedeu na época passada para perceber que o Eléctrico nunca venceu o Braga. Apesar do jogo ser transmitido na televisão o Pavilhão apresentava uma boa moldura humana de adeptos do Eléctrico que, após jornada dupla fora de portas a perder, ansiavam por uma vitória.

Boa moldura humana apesar do jogo ser televisionado.

Cientes da necessidade de vencer em casa um adversário tradicionalmente difícil, os comandados de Kitó Ferreira começaram o jogo por cima. Com trocas seguras de bola e rápidas transições iam ameaçando a baliza do internacional Vitor Hugo. O guarda redes teve de se aplicar logo no segundo minuto negando, por duas vezes, o golo aos homens da casa. Os bracarenses tinham dificuldade em travar a velocidade dos pontessorenses e o recurso à falta levou a amostragem da cartolina amarela a Daniel Rosa aos quatro minutos.

Entrada forte do Eléctrico.

Aos seis minutos, Rodriguinho aproveita uma perda de bola do defensor mais recuado do Braga mas Vitor Hugo voltou a estar muito bem e resolveu. Na resposta, Cássio apareceu sem marcação na cara de Cristiano, descaído pelo lado esquerdo. O remate saiu fraco e ao lado.

No oitavo minuto o Eléctrico beneficiou de uma excelente ocasião para se adiantar no marcador. André Maluko, a jogar de costas para a baliza, pareceu puxado por Tiago Cruz. O árbitro não teve dúvidas: penalti e amarelo para Tiago Cruz. Dos seis metros Nem permitiu a defesa de Vitor Hugo.

André Maluko ganhou penalti aos oito minutos.

De imediato o técnico dos “arsenalistas”, Paulo Tavares, pediu uma pausa técnica. Havia que retificar alguma coisa e a pausa foi benéfica. Se até aqui houve algum ascendente dos pontessorenses o Braga deu início a um bom período com maior posse de bola e ocasiões para marcar.

Logo aos 12 minutos Coelho rematou com muito perigo, ligeiramente acima da trave.
Por esta altura assistia-se ao regresso à competição de Bruno Cintra após um longo calvário de dois anos por lesão num joelho. Um regresso que se saúda.

Bruno Cintra voltou após lesão de dois anos.

Aos 14 minutos, a culminar uma jogada de entendimento dos minhotos, Márcio assistiu Cássio que encostado ao segundo poste enviou o esférico precisamente… ao poste!

O Braga estava ameaçador e no minuto seguinte Cássio fez questão de se redimir da falha anterior e, isolado na frente de Cristiano, fez a bola passar sob as pernas do guarda redes e abriu o marcador.

Cássio abriu o marcador.

O Eléctrico acusou o golo e expôs as fragilidades. Dificuldades nas transições e um número anormal de passes falhados e perdas de bola começou a facilitar a tarefa aos nortenhos.
Aos 16 minutos Bruno Cintra, de ângulo difícil conseguiu picar a bola sobre Cristiano. Saiu ligeiramente por cima.

O guarda redes dos alentejanos voltou a estar em destaque no minuto seguinte ao evitar que Allan Guilherme ampliasse a vantagem. Isolado, no um para um com o Cristiano, este levou a melhor.

A partir do meio do primeiro tempo Braga superiorizou-se.

Logo a seguir Allan Guilherme voltou a estar perto do golo. Recuperou uma bola perdida, meteu velocidade, encarou Cristiano, rematou forte mas para o poste. Já a entrar no último minuto do primeiro tempo o Braga ampliou a vantagem.

Allan Guilherme, em jogada semelhante à anterior, recuperou uma bola, ganhou metros e na hora de marcar não falhou. Pouco depois as equipas recolheram para o descanso com o Braga por cima, fruto de uma melhor eficácia ofensiva a partir do meio da primeira parte. O Eléctrico entrou melhor, não marcou e quase desapareceu do jogo.

Braga beneficiou do “apagão” dos alentejanos.

Em futsal esta diferença de golos pode não significar nada e Kitó Ferreira sabia que um golo poderia relançar a partida.

No primeiro minuto do segundo tempo Rodriguinho assistiu André Maluko ao segundo poste que com a coxa marcou recolocando o Eléctrico na partida.

Quem não entendeu assim foi a equipa de Paulo Tavares que não podia ter melhor resposta. Após um remate ao poste da baliza de Cristiano, Cássio não perdoou e com forte remate recolocou a sua equipa a vencer por dois golos de diferença.

André Maluko reduziu para o Eléctrico.

Os pontessorenses reclamaram de uma hipotética falta sobre Nem no início da jogada e os excessos valeram o amarelo a Kitó Ferreira.

O jogo entrou numa fase menos bem jogada, muito física. Fruto da intensidade excessiva Márcio Moreira, do Braga, viu a cartolina amarela. Com as equipas a acusarem cansaço o jogo baixou de intensidade e só aos 25 minutos Bruno Cintra esteve perto de marcar mas Cristiano negou-lhe o golo.

Golo esse que acabou por surgir após forte remate de Coelho que deixou Cristiano sem reação.

Braga foi construindo um resultado sólido.

Com doze minutos para jogar e a perder por três golos a vida não estava fácil para os alentejanos. Kitó apostou em Bello como guarda redes avançado e foi em “cinco para quatro” que se jogou até final.

Este sistema tático é um “pau de dois bicos” e uma trivela de um bracarense, aos 34 minutos, fez o esférico passar muito perto da baliza deserta do Eléctrico. Alojou-se na malha lateral. Com mais uma unidade no ataque os pontessorenses iam circulando o esférico à espreita de uma brecha para alvejar a baliza de Vitor Hugo.

Eléctrico acabou com Bello a jogar como guarda redes avançado.

Aos 37 minutos Vitor Hugo interceptou um passe do Eléctrico e rematou de pronto para o outro lado da quadra. A bola passou rente ao poste. Na resposta Nem rematou mas muito por alto, já no último minuto. Tempo ainda para o desperdício. Márcio voltou a acertar nos ferros da baliza dos alentejanos.

Após o guarda redes improvisado Bello defender o remate do guarda redes bracarense Vitor Hugo, foi solicitada a velocidade de Nem que a doze segundos do fim fixou o resultado final.

Vitória justa da melhor equipa na quadra. O Eléctrico agregou a terceira derrota seguida e saiu da zona de acesso à Taça da Liga. Arbitragem com decisões difíceis de entender penalizando a equipa da casa.

Nem fechou o marcador a doze segundos do final!

FICHA DO JOGO:

ELÉCTRICO FUTEBOL CLUBE:
Cristiano, Renan Fuzo, Silvestre, Nem e Rodriguinho.
Suplentes: Diogo Basílio, Filipe, Bello, Xandinho, Nuninho, Pegacha, André Maluko, Bruno Graça, Henrique Vicente.
Treinador: Kitó Ferreira.

Eléctrico Futebol Clube.

SPORTING CLUBE DE BRAGA:
Vítor Hugo, Márcio, Cássio, Daniel Rosa e Douglas.
Suplentes: Leandro Costa, Tiago Cruz, Coelho, Nilson, Bruno Cintra, Amílcar e Allan Guilherme.
Treinador: Paulo Tavares.

Sporting Clube de Braga.

GOLOS: André Maluko e Nem (Eléctrico); Cássio (2), Coelho e Allan Guilherme (Braga).

EQUIPA DE ARBITRAGEM: Rúben Guerreiro (AF Algarve) e Sérgio Carvalho (AF Setúbal)
Cronometrista: Sérgio Magalhães (AF Algarve).

Equipa de Arbitragem: Rúben Guerreiro (AF Algarve) e Sérgio Carvalho (AF Setúbal) com os capitães.

No final, como é habitual, tentamos ouvir os técnicos de ambas as equipas.
Não sendo possível falar com Kitó Ferreira fica o registo do treinador do Sporting Clube de Braga, Paulo Tavares:

Paulo Tavares-Treinador do Sp.Braga.

*Com David Belém Pereira (fotos e áudio).

Jorge Santiago

Nasceu a 30 de Janeiro de 1961 em Lisboa e cresceu no Alentejo, em Santiago do Cacém. Dali partiu em 1980 para ingressar no Exército e no Curso de Enfermagem. Foi colocado em Santa Margarida e por aqui fez carreira acabando por fixar-se no Tramagal em 2000. A sua primeira ligação à Vila "metalúrgica" surge em 1988 como Enfermeiro do TSU. Munido da sua primeira câmera digital, em 2009 e com a passagem à situação de reserva, começou a registar a fauna do Vale do Tejo, a natureza e o património edificado da região, as ruas, as pessoas... Com colaborações regulares em jornais da região e nacionais este autodidata acaba por conseguir o reconhecimento público, materializado em alguns prémios. Foi galardoado na 8ª Gala de Cultura e Desporto de Tramagal na categoria de Artes Plásticas (Fotografia) em 2013.

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