A UDA foi à Ortiga vencer por 1-5, no primeiro jogo para a Taça do Ribatejo. Quarta-feira joga em Alferrarede. Foto: mediotejo.net

LIGA REGIONAL DE MELHORAMENTOS DE ORTIGA 1 – UNIÃO DESPORTIVA ABRANTINA 5
Taça do Ribatejo-Fase de Grupos-Série 1-1ª jornada
Campo de Jogos Alfredo Daniel “Smith”
Ortiga
05-10-2017

Ocante bisou na partida.

No pelado de Ortiga, emoldurado com uma paisagem tingida de negro devido aos recentes incêndios, num dia de muito calor, encontraram-se duas equipas com percursos diferentes: a Liga de Ortiga recentemente chegada à 2ª divisão (disputava o
INATEL) e a Abrantina, promovida ao escalão maior do futebol da A.F.Santarém.

Mas Taça é Taça e por qualquer magia que só o desporto tem os menos favoritos batem frequentemente o pé aos mais fortes. Ciente disso mesmo, José Carlos, treinador da Ortiga, montou um esquema com um meio campo superpovoado procurando
surpreender a Abrantina em contrataques. O factor casa poderia jogar a seu favor.

Mas um penalti cometido por Márcio, guarda redes da casa, sobre Zé Pedro, logo na primeira posse de bola da Abrantina, deitou tudo a perder. Toni, chamado à conversão, não falhou e abriu a contagem logo ao 2º minuto.

Toni faz, de penalti, o primeiro golo do jogo.

A equipa de Abrantes queria resolver cedo a contenda e apostou na velocidade dos seus dianteiros que no entanto caiam frequentemente na armadilha do fora de jogo. Luís Rodrigues, aos oito minutos, entrou na área, em iniciativa individual, e rematou com muito perigo ao lado. Os visitantes, para fugirem aos fora de jogo, começaram a jogar em passes mais curtos, em futebol apoiado e eram frequentes as tabelas entre os jogadores azuis.

Aos 22 minutos, novamente Luís Rodrigues, abeirou-se da área e desferiu forte remate. Pressionado, fê-lo de forma deficiente, para fora. Volvidos 7 minutos André Miguel, após tabelar com um companheiro, entrou na área e sofre falta merecedora de grande
penalidade. Novamente chamado a marcar Toni rematou forte, à trave e quando a bola se preparava para passar a linha de golo Márcio tem uma boa estirada e salvou para canto.

Aos 32 minutos Hélio Ocante remata forte para defesa difícil de Márcio, a punhos, para canto. Dois minutos depois José Carlos entrou na área tabelando com Ocante e desferiu remate indefensável para Márcio. A Abrantina conseguia o golo da tranquilidade que tanto perseguia.

Aliviou a pressão passando a jogar mais sobre o meio campo e atacando pela certa. A defesa da equipa do concelho de Mação ia resolvendo mas sem conseguir sair com a bola jogável. O intervalo chegou sem alterações no marcador premiando a melhor equipa em campo.

Rúben marcou o tento de honra da Ortiga.

A equipa de Ortiga necessitava de fazer algo para inverter o rumo dos acontecimentos.
José Carlos lançou no jogo três jogadores frescos e fez alterações no xadrez, passando a jogar com mais unidades na frente. E pertenceu-lhe a primeira oportunidade da 2ª parte com Rúben a obrigar o guarda redes Daniel, até aí sem trabalho, a defesa apertada.

Responderam os de Abrantes num excelente remate em arco de Ocante, de fora da àrea, que passou muito perto dos ferros da baliza de Márcio. Logo a seguir foi Rafa a tentar a sorte mas também saiu por cima. À passagem do quarto de hora da segunda parte os visitantes beneficiaram dum livre, junto à bandeirola de canto do lado esquerdo e Toni teve uma entrada de rompante, de cabeça, batendo Márcio pela terceira vez.

A equipa da casa, sem nada a perder, subiu as linhas e aos 65 minutos ganhou um livre direto em zona frontal, ainda fora da área. Rúben com um remate colocado bateu Daniel e reduziu a diferença no marcador.

Daniel, guarda redes abrantino impotente para travar remate de Rúben.

A resposta da Abrantina não tardou. Na sequência dum canto pelo lado direito Ocante apareceu a cabecear de forma imparável. A Abrantina não dava hipóteses à equipa de José Carlos de sonhar. Aos 71 minutos novamente por Ocante o marcador voltou a funcionar.

Num cruzamento para a àrea da Ortiga um defesa da casa cabeceia deficientemente servindo Ocante em posição irregular. O árbitro entendeu que o corte dava condição ao avançado azul e validou o quinto golo para a Abrantina.

Ocante marca o quarto golo da UDA.

A faltarem ainda largos minutos a história do jogo estava escrita.
Ambas as equipas dispuseram de oportunidades para marcar: A Abrantina por Rafa, por duas vezes e Ocante mesmo no apito final. A Ortiga podia ter marcado por Everson Santos e ainda viu ser anulado um golo por carga sobre o guarda redes.

O jogo terminou com um resultado dilatado mas justo. A Abrantina foi superior mas a Ortiga teve uma excelente postura disputando todos os lances com empenho até ao final.
Como o regulamento determina, no final procedeu-se à marcação de grandes penalidades afim de constituir factor de desempate nas séries.
A Ortiga venceu por 5-4.

Nos penaltis ganhou a Ortiga por 5-4.

Boa arbitragem. Fica-nos dúvidas na posição de Ocante no último golo da tarde.

FICHA DO JOGO

LIGA REGIONAL DE MELHORAMENTOS DE ORTIGA:
Márcio, Joca, Rui Dias, Everson Santos, Nuno (Rui Matos), Paulo Edgar (Francisco Veiga), Rodrigo Brízida (Tiago Rocha), Miguel Lourenço, Rúben, João Eduardo (Carlos Aleio) e Joel (Filipe Rainho).
Suplente não utilizados: João Monteiro.
Treinador: José Carlos.

Liga Regional de Melhoramentos de Ortiga.

UNIÃO DESPORTIVA ABRANTINA:
Daniel Marques, André Miguel, Toni, Duarte Basílio, Rafa, Diogo Mateus, Fábio Rodrigues (Diogo Barrocas), José Carlos (Luís Ferreira), José Pedro (Luís Estriga), Luis Rodrigues e Hélio Ocante.
Suplentes não utilizados: Diogo Tomás, João Rodrigues, Rafael Silva e Miguel Catarino.
Treinador: Seninho.

União Desportiva Abrantina.

GOLOS: Rúben (LRMO); Toni (2), Hélio Ocante (2) e José Carlos (UDA).

EQUIPA DE ARBITRAGEM:
Pedro Esteves, José Carvalho e Adelino Dias.

Equipa de Arbitragem:Pedro Esteves, José Carvalho e Adelino Dias com os capitães de equipa.

DISCIPLINA
Cartão amarelo: Joca, Miguel Lourenço e João Monteiro (LRMO); Fábio Rodrigues (UDA)

No final fomos ouvir as opiniões dos treinadores:

José Carlos-Treinador da LRM Ortiga
Seninho-Treinador da UDA
  • Com David Pereira (fotos).

Nasceu a 30 de Janeiro de 1961 em Lisboa e cresceu no Alentejo, em Santiago do Cacém. Dali partiu em 1980 para ingressar no Exército e no Curso de Enfermagem. Foi colocado em Santa Margarida e por aqui fez carreira acabando por fixar-se no Tramagal em 2000. A sua primeira ligação à Vila "metalúrgica" surge em 1988 como Enfermeiro do TSU. Munido da sua primeira câmera digital, em 2009 e com a passagem à situação de reserva, começou a registar a fauna do Vale do Tejo, a natureza e o património edificado da região, as ruas, as pessoas... Com colaborações regulares em jornais da região e nacionais este autodidata acaba por conseguir o reconhecimento público, materializado em alguns prémios. Foi galardoado na 8ª Gala de Cultura e Desporto de Tramagal na categoria de Artes Plásticas (Fotografia) em 2013.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *