Impressionante a moldura humana no Bonito.

UNIÃO FUTEBOL COMÉRCIO E INDUSTRIA DE TOMAR 2 – ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA DE MAÇÃO 1
Taça do Ribatejo – Final
Complexo Desportivo do Bonito
Entroncamento
13-05-2018

Parque do Bonito encheu para se jogar a final da Taça do Ribatejo.

Dia de primavera apesar de algumas nuvens e vento, por vezes forte, no Parque do Bonito no Entroncamento. Uma moldura humana de adeptos de ambos os clubes deram um colorido fantástico às bancadas.

Muitas caras conhecidas, alguns históricos do futebol distrital, uma forte presença policial e de seguranças, além do grande número de elementos da comunicação social, diziam-nos que o palco da grande final da Taça do Ribatejo estava montado.

Antes do jogo o “artilheiro-mor” do campeonato, Wemerson, do União de Tomar, recebeu o correspondente prémio das mão do diretor do jornal “o Ribatejo”. A aguardada final começou com sinal mais da equipa que viajou de Mação, logo aos dois minutos, com Bruno Lemos, de livre direto a enviar a bola à trave da baliza de Brito. Na emenda Filipe Pereira em remate acrobático de bicicleta atirou para fora.

O Mação queria resolver cedo a contenda e, a jogar a favor do vento, era a equipa mais empreendedora. Aos oito minutos, na primeira oportunidade, o União iria chegar ao golo.

Numa reposição pela linha lateral, Bruno Araújo “penteou” para o remate indefensável de Luís Pedro. Estava inaugurado o marcador e a equipa maçaense era obrigada a correr atrás do prejuízo.

Filipe Pereira, nas alas, imprimia velocidade ao jogo e ia arrancando cruzamentos que, com o vento a soprar forte, acabavam invariavelmente nas luvas do guarda redes Brito ou para lá da linha de fundo.

Aos 14 minutos na conversação dum livre Fiipe Pereira colocou na cabeça de Saúl que atirou ao lado. Pouco depois o mesmo Filipe Pereira cruzou para encontrar Júlio Batista em posição irregular.
O guarda redes nabantino mostrou credenciais no minuto 19 a responder com uma enorme defesa, a remate de Miguel Luz, após a marcação dum canto.

O Mação respondia da melhor forma ao golo sofrido e ia criando as melhores oportunidades de golo.

Bruno Lemos organiza ataque da sua equipa.

Aos 23 minutos Júlio Batista deu o melhor seguimento a um livre batido da direita e o guarda redes Brito voltou a estar à altura.
Quatro minutos depois Luís Esteves ensaiou a meia distância e ganhou um canto.

O União defendia-se com “unhas e dentes” e o resultado mantinha-se inalterado apesar do volume ofensivo do Mação.
Aos 32 minutos Miguel Luz volta a testar, sem êxito, a atenção do guarda redes dos “rubro-negros”.

O jogo serenou um pouco e só dez minutos depois a equipa da capital do presunto voltou a importunar o último reduto dos nabantinos. Um cruzamento bem medido de Filipe Pereira encontrou João Freitas em boa posição para cabecear. A bola desviou num defensor e saiu para novo pontapé de canto.

João Freitas leva perigo à baliza nabantina.

No minuto seguinte o União de Tomar, expectante até aí, ensaiou um veloz contra ataque e Wemerson isolou-se na cara de Chico Sousa. Valeu um enorme corte de Gonçalo Lelé para canto.
O intervalo chegou com um resultado que tanto premiava a eficácia tomarense como penalizava o maior caudal ofensivo dos campeões distritais.

Mação lutou para inverter resultado negativo.

Para o segundo tempo João Vitorino refrescou a equipa fazendo entrar Rui Bento para o lugar de Júlio Batista.
A toada ofensiva do Mação manteve-se e aos 51 minutos João Freitas foi solicitado num longo passe, o guarda redes Brito precipitou-se e acabou a rasteirar o avançado maçaense.

Brito aborda mal o lance e comete falta para castigo máximo.

O árbitro não teve a mínima dúvida e assinalou a marca dos onze metros. Daí Bruno Lemos não falhou e repôs a igualdade no marcador e a a incerteza quanto ao vencedor da final.

Brito só foi batido de grande penalidade.

Os “templários” tiveram uma excelente resposta ao golo sofrido e tornaram-se mais perigosos. Aos 55 minutos Cris tem um remate, já dentro da área que saiu muito por cima.

Pouco depois, aos 59 minutos, Chico Sousa teve de se aplicar, a soco, após um livre bem batido. O Tomar estava por cima no encontro e Wemerson, aos 66 minutos, ensaiou um “slalom”, deixou três adversários para trás, serviu Cris que endossou de primeira para Luís Pedro que rematou prensado acabando o esférico nas luvas de Chico Sousa. Grande jogada !!!

Uma figura começava a emergir no jogo. Wemerson não queria deixar os seus créditos por mãos alheias.

Wemerson cruza para a área do Mação.

Aos 68 minutos testou o seu pé esquerdo num forte remate que passou por alto a linha de fundo. No minuto seguinte novo pormenor de Wemerson com boa nota artística. O pontapé de bicicleta foi parado por Chico Sousa.

À passagem da meia hora do segundo tempo Fábio Vieira, na cobrança dum livre, ganhou um canto. Na sequência do canto João Pedro falhou ao segundo poste um golo que parecia certo.
O Mação apresentava grandes dificuldades no processo de transição e tentava as bolas longas para as costas da defesa de Tomar.

Aos 80 minutos um desses passes apanhou João Freitas em boa posiçao. O remate de primeira passou por alto.

Assédio à baliza tomarense.

Uma perda de bola, com o Mação balanceado para o ataque, permitiu a Wemerson, aos 83 minutos um rápido contra ataque. Na cara de Chico Sousa fez aquilo que melhor faz. Com um toque subtil fez o segundo golo da sua equipa e o União de Tomar ficou em excelente posição para vencer.

Aos 89 minutos, com os jogadores já a pensar com o coração, Saúl foi imprudente, carregou duramente Wemerson e acabou expulso.

Saúl foi impulsivo e acabou expulso ao cair do pano.

O árbitro concedeu seis minutos de desconto.
No terceiro desses minutos Seninho conseguiu cruzar da linha de fundo obrigando Brito a ceder canto. Na marcação do canto Rui Sousa ganhou novo canto que acabou por não permitir que a equipa do norte do distrito empatasse a contenda.

No minuto seguinte, num lance a papel químico do segundo golo do União, Wemerson isolou-se e Chico Sousa derrubou-o dentro da área levando o esférico para a marca da grande penalidade.

Encarregue do castigo Wemerson atirou à base do poste da baliza de Chico Sousa.

Com o tempo a esgotar-se o Mação beneficiou dum livre mas atirou por cima. Era o “canto do cisne”. Pouco depois o árbitro Rui Soares deu por terminada a final que consagrou o União de Tomar como vencedor da Taça do Ribatejo pela primeira vez no seu longo historial de 104 anos.

Vitória justa dos tomarenses pela excelente segunda parte. O Mação deu boa réplica na primeira parte, claudicando na segunda.
Boa arbitragem.

Saul e Cris disputam a posse da bola.

FICHA DE JOGO

UNIÃO FUTEBOL COMÉRCIO E INDUSTRIA DE TOMAR:
Brito, Rui China, Fábio Vieira, Nuno Rodrigues, David, Wemerson, Bruno Araújo, Luís Pedro, Filipe, Cris (Rui Pedro) e João Pedro.
Suplentes não utilizados: Mahal, Telmo, Douglas, Miguel, Flávio e Espada.
Treinador: Lino Freitas.

União Futebol Comércio e Indústria de Tomar.

ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA DE MAÇÃO:
Chico Sousa, Miguel Seninho, Saul, Gonçalo Lelé, Rui Sousa, Bruno Lemos, Luís Esteves (Tiago Prates), Júlio Batista (Rui Bento), Filipe Pereira, Miguel Luz e João Freitas.
Suplentes não utilizados: Nabais, Bernardo Bento, João Vitor, Diogo Rocha e Ducho.
Treinador: João Vitorino.

Associação Desportiva de Mação.

Golos: Luís Pedro e Wemerson (U.Tomar), Bruno Lemos (Mação).

EQUIPA DE ARBITRAGEM:
Rui Soares, Filipe Lascas e Pedro Gorjão.
Nelson Andrade e Miguel Nunes Santos.

Equipa de arbitragem: Rui Soares, Pedro Gorjão, Filipe Lascas, Nelson Andrade e Miguel Nunes Santos com os capitães.

No final tentamos ouvir Lino Freitas mas o momento era de festa.
Fica o registo:

Lino Freitas- Treinador do U.Tomar.

Ouvimos o técnico campeão distrital que analisou o jogo e projetou o futuro:

João Vitorino-Treinador da ADMação.

*Com David Pereira (fotos).

Nasceu a 30 de Janeiro de 1961 em Lisboa e cresceu no Alentejo, em Santiago do Cacém. Dali partiu em 1980 para ingressar no Exército e no Curso de Enfermagem. Foi colocado em Santa Margarida e por aqui fez carreira acabando por fixar-se no Tramagal em 2000. A sua primeira ligação à Vila "metalúrgica" surge em 1988 como Enfermeiro do TSU. Munido da sua primeira câmera digital, em 2009 e com a passagem à situação de reserva, começou a registar a fauna do Vale do Tejo, a natureza e o património edificado da região, as ruas, as pessoas... Com colaborações regulares em jornais da região e nacionais este autodidata acaba por conseguir o reconhecimento público, materializado em alguns prémios. Foi galardoado na 8ª Gala de Cultura e Desporto de Tramagal na categoria de Artes Plásticas (Fotografia) em 2013.

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