O magnata Abdulmouti Akaaki, que lidera um grupo de investidores saudita, adquiriu 90 por cento da SAD do Fátima por 225 mil euros. O objetivo deste grupo de investidores passa por recolocar rapidamente o clube do concelho de Ourém nos campeonatos nacionais e em chegar no prazo de cinco anos ao patamar maior do futebol português. Relembre-se que há mais de trinta anos que o Centro Desportivo de Fátima não disputava o Campeonato Distrital de Santarém de Seniores, e que já militou na II Liga, um dos campeonatos profissionais em Portugal.
“Viemos para Portugal para conhecer melhor o futebol nacional. No ano passado, tivemos um encontro com o padre António Pereira. Analisámos as condições do Fátima, começámos a ajudar, ainda tivemos reuniões com outros clubes mas escolhemos este pela confiança e humildade”, explicou o tunisino Yasser Ben Hamida, diretor-geral do clube, que continua apontando ao futuro, “Queremos estar em três anos na Liga 2 e daqui a cinco na Liga. Em janeiro vamos reformular o plantel e ver o que é preciso para subir. Por isso, temos um orçamento aberto, que vamos gastando à medida das necessidades”, afirmou.
Segundo avança o jornal “A Bola” na sua edição online, o projeto passa igualmente por criar uma ponte entre o futebol português e o árabe. Neste momento, são já dois os jogadores sauditas no plantel do Fátima.
O choque cultural e religioso não assusta o diretor-geral do Fátima, “Eu sou muçulmano mas a minha mulher é cristã. Escolhi Fátima também por causa disso, por ser um centro espiritual, com boas pessoas. O nosso presidente da SAD é de Meca. Creio que é uma boa ponte entre duas grandes religiões”, garantiu Yasser Ben Hamida ao diário desportivo.