UNIÃO FUTEBOL COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE TOMAR 2 – ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA DE MAÇÃO 2
Campeonato Distrital da AFS – 1ªDivisão – 9ªjornada
Estádio Municipal de Tomar
13-12-2020
Com o grande conjunto arquitetónico do Convento de Cristo e Castelo templário a emergir do nevoeiro que pairava sobre o rio Nabão e pelo parque do Mouchão,onde se situa o Municipal de Tomar, local aprazado para o União de Tomar receber o Mação em jogo do campeonato distrital, Tomar apresentava um ar natalício, próprio da quadra.

No final da manhã de domingo, dia 13 de dezembro, o nevoeiro rapidamente foi substituído por uma chuva miudinha, sem conseguir arrefecer o entusiasmo gerado pela expectativa dum jogo muito disputado entre duas equipas de topo do futebol do Distrital de Santarém.

Com a equipa nabantina a ocupar o terceiro posto da tabela classificativa e os visitantes em quinto da mesma tabela, o jogo prometia ser uma luta titânica pelos pontos em disputa.
Com a ausência de público, os poucos adeptos que puderam “espreitar” o jogo a partir do exterior terão dado o tempo como bem entregue.
Assistiu-se a um excelente jogo de futebol, com alternância no marcador, entrega e virilidade mas com enorme “fair play” onde nem faltou polémica.

Com as equipas a jogarem em esquemas algo semelhantes, privilegiando o povoamento a meio campo, cedo se percebeu que o Mação apenas deixava Wemerson no ataque.
Na primeira iniciativa promissora dos visitantes, logo aos quatro minutos, Diogo Rosa conseguiu fugir à marcação e rematou cruzado ganhando um canto enquanto os da casa reclamavam posição irregular. Na conversão do pontapé do quarto de círculo, Saúl falhou a interceção ao segundo poste.

Na resposta, dois minutos depois, Tiago Vieira, na cara de Francisco Sousa permitiu a defesa do guarda redes maçaense. Numa segunda vaga a defensiva resolveu.
Pouco depois, numa toada de parada e resposta, o irrequieto Ganso levou perigo à baliza dos nabantinos. Rematou cruzado com a bola a atravessar toda a pequena área sem que surgisse a emenda.
A jogar em contra golpe, num futebol muito vertical, o Mação ia construindo lances de muito perigo para a baliza de Ivo Cristo.

Aos dez minutos João Freitas conseguiu isolar-se e no frente a frente com o guarda redes este levou a melhor e, com uma enorme defesa, despachou o esférico para canto. Na cobrança do canto voltou a estar a bom nível, socando para longe.
No minuto seguinte foi a vez de Ganso se isolar mas o remate não levou a direção pretendida e acabou por sair pela linha de fundo.
Só ao quarto de hora o União voltou a colocar Francisco Sousa à prova. Fábio Luzio, a fazer toda a ala direita, foi até à área e rematou forte obrigando o guarda redes maçaense a ceder canto.

Aos 18 minutos, uma insistência de Chrystian Pedroso voltou a solicitar a preciosa intervenção de Francisco Sousa. O União de Tomar começou a dar sinais de ter encontrado antídoto para travar a equipa de Francisco Correia e estava mais ofensiva. Começou a colecionar oportunidades.
Aos 20 minutos, Caio Lucas cruzou para o centro da área mas ninguém acorreu à solicitação. No minuto seguinte, o experiente Siaka Bamba tentou a meia distância mas o esférico ganhou altura e perdeu-se para lá da linha de fundo.

Aos 23 minutos Wemerson rematou para boa defesa de Ivo Cristo. O árbitro Paulo Raposo já havia apitado assinalando posição irregular ao avançado do Mação.
O jogo acalmou um pouco enquanto os técnicos procediam a ajustes nas respectivas equipas. Apenas aos 33 minutos o perigo rondou uma das balizas. O forte remate de longe de Caio Lucas atingiu Gonçalo Lelé que entretanto sofreu falta.

No minuto seguinte Siaka Bamba cobrou um livre favorável à equipa da casa. Passou longe da baliza dos visitantes. Aos 36 minutos Saúl carregou Cláudio Major na área de rigor e Paulo Raposo nem pestanejou.
Apontou para a marca dos onze metros, onde Tiago Vieira se encarregou da cobrança. Fê-lo com tanta acuidade que o esférico esbarrou na base do poste da baliza de Francisco Sousa, lançando o Mação o rápido contra ataque.
Já na área Wemerson caiu, alegadamente, tocado por Fábio Luzio. Apesar dos muitos protestos o árbitro da partida assinalou grande penalidade e Miguel Luz não falhou, abrindo o marcador quando o cronómetro marcava 38 minutos.

A equipa de Filipe Pinto, em desvantagem no marcador, passou a controlar a partida com o Mação expectante, espreitando uma brecha para o contra golpe.
Aos 41 minutos o União tomarense marcou um canto para a entrada da área onde apareceu Leandro a “encher” o pé e a fazer o esférico sair por cima do travessão.

Dois minutos depois, Tiago Vieira, com um preciosismo individual, tirou os adversários do caminho e obrigou Francisco Sousa a ceder canto. Após a marcação do canto, a defesa visitante não foi lesta a resolver e a sequência de remates ia resultando em golo. Com o guarda redes fora dos postes, foi Gonçalo Lelé a tirar o esférico em cima da linha de golo.
Ao cair do pano os nabantinos por pouco não chegaram à igualdade. Resultado aceitável ao intervalo podendo o empate ser o mais ajustado.

Os técnicos aproveitaram o descanso para “afinar agulhas” mas a toada de equilíbrio iria manter-se no tempo complementar.
Logo aos 48 minutos, Cláudio Major introduziu o esférico na baliza maçaense mas o árbitro Paulo Raposo já havia interrompido a partida por posição irregular do jogador “rubro-negro”.
Aos 53 minutos, uma bola muito longa do Mação levou o capitão Nuno Rodrigues e o seu guarda redes a desentenderem-se, acabando a bola por se perder pela linha de fundo.

Minutos depois os tomarense ganharam um pontapé de canto e na sequência da cobrança Francisco Sousa afastou, ficando caído Leandro sem que fosse assinalada qualquer infração. À passagem da hora de jogo um cruzamento bem medido do lado direito do União proporcionou uma excelente cabeçada a Chrystian Pedroso. Saiu um pouco alto.
Aos 63 minutos, Ganso rematou de longe para boa intervenção de Ivo Cristo e Miguel Luz na conversão dum livre direto disparou para nova defesa do guarda redes.

No minuto seguinte foi a vez dos donos da casa beneficiarem dum livre e a cabeçada de Chrystian passou perto. Entretanto, o técnico do União de Tomar, pouco satisfeito com a eficácia da sua equipa, resolveu “mexer” no xadrez.
Lançou três jogadores frescos duma assentada, aumentando a largura atacante, procurando explorar as alas, com cruzamentos para as referências ofensivas. Resultou.
O recém entrado Hélio Ocante recebeu na área e rematou colocado. Francisco Sousa ainda tocou no esférico mas não impediu o golo do empate.

Era agora a equipa da casa que denotava um ligeiro ascendente e ainda o Mação digeria o golo do empate e já o árbitro voltava a assinalar nova grande penalidade, a terceira na partida. Considerou que Esteves jogou com a mão.
O capitão maçaense estava de costas e a curta distância. Talvez se justificassem os protestos dos “amarelos” de Mação. Leandro, escalado para bater o castigo máximo, não tremeu e colocou o União na frente do marcador pela primeira vez na partida. Corria o 75º minuto de jogo.

Eram agora os visitante que corriam atrás do prejuízo acentuando-se a pressão ofensiva.
Aos 78 minutos beneficiaram dum livre direto, em posição frontal, não muito longe da área.
Encarregue da marcação Miguel Luz fê-lo com mestria e a bola alojou-se nas redes à guarda de Ivo Cristo. Grande golo de Miguel Luz que bisou na partida.

Já pouco havia para jogar e ninguém se mostrava acomodado. As equipas não tiraram “o pé do acelerador” e procuraram afincadamente o golo que proporcionassem os três pontos em disputa.
Chrystian Pedroso atirou por cima na sequência dum canto e do outro lado Ganso chegou um nadinha atrasado a uma milimétrica assistência.
Aos 81 minutos um bom cruzamento da esquerda do ataque tomarense proporcionou a Caio Lucas uma cabeçada que passou perto do alvo mas por cima.

Pouco depois Hélio Ocante recebeu na área e, à saída de Francisco Sousa, atirou cruzado com a bola a sair muito perto do poste mais longe. Na resposta Wemerson isolou-se na área, demorou a decidir e acabou desarmado.
Já muito perto do final, aos 87 minutos, Tiago Vieira cabeceou por cima e Ocante deixou-se desarmar no “coração” da área. Pouco depois subiu a placa com o algarismo cinco, os minutos para jogar a título de compensação.

Tempo para Caio Lucas desperdiçar excelente ocasião ao cabecear ao lado. Do lado do Mação, o recém entrado Ivan Alves fugiu à marcação adversária e isolou-se, entrando na área. O remate cruzado passou a rasar o poste mais distante gorando-se a última ocasião para inverter a tendência no marcador. Resultado justo num bom jogo de campeonato.
Arbitragem segura, dentro daquilo a que já nos habituaram. Ficaram dúvidas na penalidade sobre Wemerson e não pareceu haver qualquer intenção de Esteves jogar com a mão, até porque o remate é de muito perto. Aceita-se o critério, ficando a dúvida.

Ficha do Jogo:
UNIÃO FUTEBOL COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE TOMAR:
Ivo Cristo, Fábio Vieira, Nuno Rodrigues, Bruno Araújo (Riscas), Siaka Bamba, Tiago Vieira, Chrystian Pedroso, Leandro, Fábio Luzio (João Martins), Cláudio Major (Hélio Ocante) e Caio Lucas.
Suplentes não utilizados: Nuno Ribeiro, Filipe Cotovio, David Vieira e Luís Alves.
Treinador: Filipe Pinto.

ASSOCIAÇÂO DESPORTIVA DE MAÇÂO:
Francisco Sousa, Simão Moreno, Saúl, Ezequiel Justino, Gonçalo Lelé, Diogo Rosa (Diogo Rosado), João Freitas (Ivan Alves), Ganso, Miguel Luz e Wemerson.
Suplentes não utilizados: João Rosa, João Rui, Flávio Calado, Pedro Lopes e Miguel Domingues.
Treinador: Francisco Correia.

GOLOS: Leandro[g.p.] e Hélio Ocante (U.Tomar), Miguel Luz [2] (Mação).
EQUIPA DE ARBITRAGEM:
Paulo Raposo, Adelino Crespo e Pedro Freire.

No final fomos ouvir os técnicos de ambas as equipas:


*Com David Belém Pereira (multimédia).