Jogo intenso vencido pelo Salvaterrense.

ASSOCIAÇÂO DESPORTIVA DE MAÇÃO 1 – CLUBE DESPORTIVO SALVATERRENSE 2
Campeonato Distrital da AFS – 1ª Divisão – 20ª jornada
Estádio Agostinho Pereira Carreira em Mação
27-02-2022

O emblema maçaense, a atravessar um momento positivo no campeonato, era claramente favorito na receção a um Salvaterrense irregular e a ocupar o 11º lugar da tabela classificativa.

Bancadas bem compostas.

O quarto lugar do Mação, com menos um jogo e os dez pontos a separar as equipas diz bem do que tem sido a época para ambas.

Nada que desmobilize os seus apaniguados e o Agostinho Pereira Carreira registou uma boa “casa” com muitos adeptos a viajarem da vila a sul do distrito.

O tempo, quente para a época, apresentava algumas nuvem e proporcionava um excelente cenário para a prática de futebol.

Excelente dia para ir ao futebol.

Assim que o árbitro César Soares apitou para dar início à contenda as equipas procuraram encaixar, rodeando-se de algumas cautelas defensivas. O treinador maçaense Francisco Correia viu o jogo da bancada e foi o seu adjunto Diogo Jesus que comandou a equipa a partir do banco.

E foi daí que viu a sua equipa conquistar um canto à passagem do quinto minuto. Miguel Luz cobrou e a defensiva salvaterrense afastou. Numa segunda vaga Simão Moreno subiu pela ala direita e cruzou com boa conta obrigando a defensiva visitante a novo empenho defensivo.

O Salvaterrense reagiu à passagem do minuto sete. O seu capitão Joel recebeu o esférico de costas, rodou e rematou para defesa apertada de Chico Sousa para canto. Na cobrança Chico Sousa afastou a punhos. Na insistência Joel voltou a colocar o guarda redes à prova.

Avançados salvaterrenses deram trabalho.

Aos dez minutos, a equipa da casa beneficiou dum canto, Miguel Luz levantou para a área e, perante a dificuldade da defensiva forasteira em afastar, João Freitas resolveu surpreender com um toque de calcanhar. O guarda redes Ricardo Pimentel não se deixou ludibriar. De qualquer modo o auxiliar já havia elevado a bandeirola assinalando posição irregular do maçaense.

Depois duns minutos de acalmia, João António tentou “furar” para a área e o esférico foi jogado à mão por um defensor. O relógio assinalava os 17 minutos quando Bruno Lemos bateu o livre frontal contra a barreira ganhando um canto do qual nada resultou.

O Salvaterrense espreitava o contra golpe e quando imprimia velocidade criava problemas defensivos aos donos da casa. Aos 21 minutos um cruzamento bem medido do lado esquerdo “apanhou” Joel ao segundo poste sem marcação e este não se fez rogado e rematou para o golo inaugural. O Salvaterrense adiantava-se no marcador.

Joel abriu a contagem.

Este golo a meio do primeiro tempo veio galvanizar a equipa de Salvaterra de Magos que começou a acreditar ser possível pontuar em Mação. Logo após o golo, aos 23 minutos, Pisco voltou a solicitar Chico Sousa que defendeu com segurança.

No minuto seguinte, na sequência da cobrança dum canto João António cabeceou na área para uma enorme defesa de Ricardo Pimentel para novo canto. Responderam os salvaterrenses através da velocidade de Joel que entrou na área e obrigou Chico Sousa a defesa de elevada qualidade com o pé. Negou o segundo a Joel…

Como “quem não marca, sofre”, aos 27 minutos, Simão Moreno foi até à linha de fundo pelo lado direito e cruzou com boa conta para a área. Aí surgiu o capitão Luís Esteves a cabecear como mandam as regras e a empatar de novo o jogo.

Capitão Luís Esteves empatou de cabeça.

Pouco depois Hélio Ocante conseguiu entrar na área visitante com a bola controlada e tentou progredir. O árbitro descortinou uma falta atacante e inviabilizou as intenções do avançado maçaense. À passagem da meia hora, na cobrança dum livre, Bruno Lemos levantou para a área. Bruno Araújo cabeceou ao lado.

Aos 33 minutos Joel tentou surpreender da meia distância mas o esférico ganhou altura e perdeu-se pela linha de fundo. Dois minutos depois, na cobrança dum livre, Vitor Hugo, obrigou Chico Sousa a aplicar-se para parar o forte remate.

Chico Sousa obrigado a aplicar-se.

A equipa de André Risso estava a conseguir impor respeito ao Mação e os lances perigosos iam-se multiplicando. Aos 37 minutos Um cruzamento da esquerda permitiu o cabeceamento de João Antunes perto do travessão da baliza maçaense.

Miguel Luz comandou a resposta logo a seguir. Rematou forte para defesa apertada de Ricardo Pimentel e quando procurava um segundo remate ficou caído no relvado, reclamando a marcação de grande penalidade.

Miguel Luz reclamou penalidade.

O árbitro terá analisado bem o lance. Miguel Luz e o defesa tocaram o esférico simultaneamente. Com o jogo a caminhar velozmente para o descanso, Hélio Ocante, aos 39 minutos, entregou a João Freitas em boa posição na área. Tentou “dobrar” o passe para Ocante mas o corte de Evandro foi providencial.

Faltou eficácia na altura de fazer golo.

Já nos descontos Joel voltou a responder a um cruzamento da ala esquerda. Rematou forte mas por cima. Pouco depois César Soares ordenou o regresso aos balneários para o período de descanso.

O resultado ao intervalo era ajustado num jogo intenso, nem sempre bem jogado, onde os visitantes pareceram mais motivados. Ficava a curiosidade para o segundo tempo de saber como as equipas tentariam chegar à vantagem.

Empate aceitável no intervalo.

As equipas regressaram ao terreno de jogo sem alterações nem no desenho tático nem na disposição. Com o empate registado no recomeço, era expectável que ambos os conjuntos procurassem fazer pender o resultado para o seu lado.

Os visitante, por aquilo que mostraram no primeiro tempo, tinham legitimidade para acreditarem na obtenção de mais golos. E chegaram lá da forma mais inesperada…

Chico Sousa não foi lesto a repor o esférico no seu ataque e permitiu a intromissão de Pisco que roubou a bola e de baliza aberta fez o segundo golo para o Salvaterrense. Estavam decorridos 55 minutos de jogo e a equipa forasteira voltava a adiantar-se.

Pisco colocou a sua equipa a vencer.

Vida complicada para os homens de Mação, agora obrigados a correr de novo atrás do prejuízo. Logo após o golo, Bruno Lemos, em jogada de insistência, rematou forte de zona frontal. O guarda redes Ricardo Pimentel negou o golo a Lemos.

Aos 67 minutos, João Bento que havia entrado três minutos antes, resolveu dar uma ajudinha à equipa da casa. No espaço de dois minutos viu ser-lhe exibido o cartão amarelo e acabou excluído do jogo quando ainda nem tinha “aquecido o lugar”.

Entretanto Miguel Luz, no segundo poste, rematou por cima do travessão, perdendo excelente ocasião para empatar o desafio. Desesperavam os adeptos do Mação.

Mação esteve perto de empatar.

Aos 73 minutos, após a cobrança dum canto para o Mação, um defensor meteu a cabeça à bola e esta ganhou altura obrigando o guarda redes a impor-se a toda a gente na área.

Bruno Lemos subiu no terreno e assumia as despesas do processo criativo do Mação.
Aos 77 minutos “descobriu” o colombiano Leider na área sem marcador direto e endossou-lhe o esférico. Leider rematou de forma pouco eficaz, longe da baliza de Pimentel.

Dois minutos depois Hélio Ocante ganhou a frente ao defesa e quando se preparava para armar o remate foi superiormente desarmado, sendo derrubado no movimento do defesa. O árbitro nada assinalou e pareceu ter decidido bem um lance de difícil análise.

Jogo teve lances de difícil análise.

Com o juiz a conceder seis minutos de compensação já restava pouco tempo aos maçaenses para inverter o rumo dos acontecimentos e a pressão acentuou-se, encostando os Salvaterrenses, em inferioridade numérica, às “cordas”.

Filipe Falua, entrado para refrescar a ala direita dos donos da casa, foi até à linha de fundo e cruzou… para trás da baliza. O apito final surgiu após um cruzamento do lado direito do ataque do Mação que Pimentel agarrou com segurança.

Bruno Lemos assumiu a organização atacante.

Vitória do Salvaterrense, em resultado que se aceita com facilidade pela postura em campo. A equipa de Mação tinha de fazer mais para conquistar os três pontos em compita com uma equipa que, com a qualidade demonstrada, ainda vai subir uns lugares na tabela.

O jovem árbitro César Soares foi obrigada a tomar decisões difíceis tendo acertado na maioria das vezes. Não foi pela arbitragem que os pontos “voaram” do Agostinho Pereira Carreira. Contou com o auxílio do decano da arbitragem ribatejana: José Morgado. Do lado da bancada esteve outro jovem, Leonardo Dias.

Arbitragem esteve em bom plano.

Ficha do Jogo:

ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA DE MAÇÃO:
Francisco Sousa, Luís Esteves, Tiago Pereira (Leider), Bruno Araújo, Paulito, Simão Moreno (Filipe Falua), Bruno Lemos, Hélio Ocante, Miguel Luz, João António (Camilo) e João Freitas.
Suplentes não utilizados: Bernardo Bento, José Angel e André Loureiro.
Treinador: Diogo Jesus.

Associação Desportiva de Mação.

CLUBE DESPORTIVO SALVATERRENSE:
Ricardo Pimentel, Pedro Moço, Otega, Marco Oliveira, João Antunes (Marco Tiago), Guilherme Cardoso, Vitor Hugo (João Bento), Evandro, Frieza, Joel (Brenha) e Pisco (Braga).
Suplentes não utilizados: David Lourenço, Quaresma e Xarola.
Treinador: André Risso.

Clube Desportivo Salvaterrense.

GOLOS:
Luís Esteves (Mação), Joel e Pisco (Salvaterrense).

EQUIPA DE ARBITRAGEM:
César Soares, Leonardo Dias e José Morgado.

Equipa de Arbitragem: César Soares, Leonardo Dias e José Morgado com os capitães.

No final fomos ouvir os responsáveis técnicos das duas equipas:
FRANCISCO CORREIA (Mação)

Francisco Correia, treinador do Mação. Foto: mediotejo.net

 

ANDRÉ RISSO (Salvaterrense)

André Risso, treinador do Salvaterrense.

*Com David Belém Pereira (multimédia).

Jorge Santiago

Nasceu a 30 de Janeiro de 1961 em Lisboa e cresceu no Alentejo, em Santiago do Cacém. Dali partiu em 1980 para ingressar no Exército e no Curso de Enfermagem. Foi colocado em Santa Margarida e por aqui fez carreira acabando por fixar-se no Tramagal em 2000. A sua primeira ligação à Vila "metalúrgica" surge em 1988 como Enfermeiro do TSU. Munido da sua primeira câmera digital, em 2009 e com a passagem à situação de reserva, começou a registar a fauna do Vale do Tejo, a natureza e o património edificado da região, as ruas, as pessoas... Com colaborações regulares em jornais da região e nacionais este autodidata acaba por conseguir o reconhecimento público, materializado em alguns prémios. Foi galardoado na 8ª Gala de Cultura e Desporto de Tramagal na categoria de Artes Plásticas (Fotografia) em 2013.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *