A equipa de futebol feminino do Clube Atlético Ouriense, estreou-se esta época nos jogos em casa, no passado domingo, 25 de setembro de 2016, em jogo a contar para a 2ª jornada da Liga Futebol Feminino.
De pois da vitória na primeira jornada no terreno do CAC Pontinha, as ourienses recebiam o Vilaverdense e não foram felizes, acabando derrotadas por três bolas a zero, perante uma plateia muito bem composta, acima dos quatrocentos espetadores.
O primeiro tempo foi bastante intenso, disputado e equilibrado com a bola a rondar as duas áreas, com o perigo a manter em alerta as duas defesas, que se iam superiorizando aos ataques, onde o 3-5-2 do Ouriense ia dando os seus frutos.
Por volta da meia hora as forasteiras ganham ligeiro ascendente na partida, que culminou com a obtenção do primeiro golo, por volta do minuto 34. A equipa de Ourém ainda não se tinha refeito do golo sofrido e volvidos três minutos, o Vilaverdense amplia a vantagem num lance em que a sorte se misturou com a capacidade técnica da sua jogadora.
Antes do intervalo, 40 minutos de jogo, acontece o lance que marca a partida e que obrigou a grandes mexidas no esquema tático do Ouriense. Num lance junto à linha lateral e no meio campo, em que a bola andava um pouco acima do peito das jogadoras, Margarida Tomaz e uma opositora disputam a bola. A jogadora do Ouriense faz o corte pela linha lateral, mas no movimento das duas jogadoras, a forasteira baixa ligeiramente a cabeça para tocar a bola e embate na jogadora ouriense. Vânia Almeida de Leiria, árbitro do encontro, interrompe a partida por entender ter havido jogo faltoso da jogadora da casa. Já depois de tudo sanado, passado alguns longos instantes, apercebendo-se que a jogadora do Vilaverdense tinha sangue na cara, dirige-se a Margarida Tomaz e mostra-lhe a cartolina vermelha. Em causa fica a decisão da juíza da partida, atendendo ao tempo que levou a mostrar a cartolina vermelha. Se entendeu de imediato que era lance para expulsão, teria que exibir o cartão vermelho sem demoras e não depois da jogadora já estar a receber assistência.

O Ouriense foi para o intervalo a perder pois dois golos e com um elemento a menos. Diga-se que Margarida Tomaz se tem contado como um elemento acima da média na equipa de Ourém.
No segundo tempo e com “a manta curta” para poder ir à procura de outra sorte, o Ouriense baixou linhas e conseguiu ainda assim equilibrar a partida e ter oportunidades para golo. No entanto, já na parte final da partida, depois de já teem enviado uma bola ao poste, o Vilaverdense num lance de contra-ataque chega ao três a zero final.
Se à partida as coisas já não estavam fáceis para Bruno Neto, treinador do CAO, que tinha perdido as duas guarda-redes por lesão, tendo por isso que fazer alinhar na baliza Daniela Pereira, que embora tivesse sido guarda-redes na época passada, esta época se cotava como um dos esteios da defesa ouriense, o lance da expulsão da Margarida Tomaz veio complicar ainda mais as decisões do treinador.
Vitória certa da equipa de Vila Verde, num jogo que fica manchado pelo lance que ditou a expulsão da defesa de Ourém, mas nem por isso as atletas da casa baixaram os braços.

Alinharam pelo Clube Atlético Ouriense
Daniela Pereira, Náná, Margarida Tomaz, Rita Santos, Mafalda Batista (Patrícia Ribeiro), Anita Santos, Juliana Domingues, Ana Cláudia (Matilde Raposo), Filipa Matos (Ana Costa), Flávia Fartaria e Manaus
Suplentes: Matilde Raposo, Catarina Sobreira, Patrícia Ribeiro, Andreia Vieira e Ana Costa
Treinador: Bruno Neto
