*enviada especial a França
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, António Costa, prestaram tributo a 8 de abril aos mortos da Primeira Guerra Mundial numa cerimónia militar no monumento ao soldado desconhecido, debaixo do Arco do Triunfo, em Paris. Uma comitiva torrejana de 17 pessoas, com descendentes de soldados da I Guerra Mundial, autarquia e núcleo de Torres Novas da Liga dos Combatentes, marcou presença no simbólico momento.
Às 18:25 locais (17:25 de Lisboa), Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa chegaram ao monumento situado no centro da capital francesa para a cerimónia do “reavivar da chama”.

Debaixo do Arco do Triunfo, entre representantes de entidades como o núcleo de Paris da Liga dos Combatentes, encontravam-se a assistir alguns descendentes de soldados portugueses que participaram no conflito mundial, o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, almirante António Silva Ribeiro, o ministro da Defesa, José Azeredo Lopes, além de deputados de todos os partidos com assento parlamentar. Viam-se também entre a assistência algumas bandeiras portuguesas.
Durante a cerimónia militar de homenagem ao soldado desconhecido francês ouviram-se os hinos de Portugal e de França e fez -se um minuto de silêncio.
Com esta cerimónia e o descerrar de uma placa evocativa na Avenue des Portuguais (Avenida dos Portugueses), também em Paris, iniciaram-se dois dias de evocações do centenário da batalha de La Lys, travada no norte de França, e uma das mais mortíferas da história militar portuguesa. A batalha fez mais de 7.000 vítimas portuguesas, entre mortos (400), feridos e prisioneiros (6.600).

Além de Marcelo Rebelo de Sousa e de António Costa, estiveram presentes na cerimónia a autarca de Paris, Anne Hidalgo, e entidades militares francesas.
A Batalha de La Lys decorreu no dia 09 de abril de 1918 e resultou de um intenso ataque alemão contra as forças aliadas, nas quais os portugueses estavam integrados. Os militares portugueses que combateram na Europa (cerca de 50.000) chegaram a França no início do ano de 1917. A Primeira Guerra Mundial terminou em novembro de 1918 com a vitória dos aliados.
As invocações da participação portuguesa na Primeira Guerra Mundial prosseguem na segunda-feira, no cemitério militar português de Richebourg, no norte de França, nas quais participará também o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron.