A Chanfana é um dos pratos típicos de Mação. Foto: mediotejo.net

Vem aí o tão esperado festival promovido pelo CRC de Queixoperra, em que a “cabra velha” assume todo o protagonismo. Assumindo-se a receita como património gastronómico da aldeia, a Chanfana à moda da Queixoperra não deixa ninguém indiferente, e edição após edição, o número de comensais vai batendo recordes. Em estratégia vencedora, não há muito por onde variar e nem é preciso: o segredo dos temperos e do tempo de cozedura continua nas mãos de Regina Martins e dos ajudantes Armando e Lurdes Vicente. Este sábado, 15 de outubro, à hora do jantar todos os caminhos vão dar ao Festival da Chanfana de Queixoperra.

As inscrições pode assumir-se que ficam lotadas logo que acaba uma edição do Festival, reservando os participantes de ano para ano o seu lugar no salão do Centro Recreativo e Cultural de Queixoperra. Tendo em conta a pausa forçada devido a dois anos de pandemia e o apetite reforçado, este ano já são mais de 300 pessoas que vão participar no evento gastronómico, entre inscritos e convidados institucionais.

O evento é totalmente assegurado por voluntários, membros da associação local e não só, tendo em conta o muito trabalho necessário para bem servir os comensais. Este ano serão sacrificados 10 animais, num total de 250 quilos de carne, cozinhados e preparados com números que rondarão os 100 kg de batatas, 40 kg de cebolas, 3 kg de alhos, louro, hortelã, salsa, orégãos e outras ervas q.b.

Regina Martins é quem assume o comando da cozinha e deita o olho às grandes panelas onde a carne fica a cozer durante várias horas. E aí reside o segredo: acertar no ponto de cozedura, nem mais, nem menos.

Regina Martins, a mestre da culinária no Festival da Chanfana de Queixoperra, no concelho de Mação. Foto: mediotejo.net

À mesa juntam-se todos os anos apreciadores vindos de norte a sul do país, e não havendo lugar vago, há quem vá buscar a sua dose e leve para comer em casa. Da fama não se livra o festival, que é já imagem de marca da pequena aldeia, e cujo futuro se vai garantindo pelo crescente número de participantes.

Chanfana à moda da Queixoperra promete deliciar centenas de convivas. Foto: CRC Queixoperra

Este ano, não faltará a animação musical ao jantar, num grupo surpresa, juntando-se assim os ingredientes para um bom convívio à volta da mesa, num evento de encontros e reencontros entre filhos da terra, amigos e simpatizantes.

A sala do Centro Recreativo e Cultural de Queixoperra tem sempre lotação esgotada no jantar do Festival da Chanfana. Foto: DR

Recorde-se que o Festival da Chanfana, iniciado em 2014 e que vai na sua sétima edição, é das principais iniciativas do CRC Queixoperra, a par da Festa de Verão, do Passeio Pedestre na Sexta-Feira Santa e da prova de atletismo.

Mário Rui Fonseca

A experiência de trabalho nas rádios locais despertaram-no para a importância do exercício de um jornalismo de proximidade, qual espírito irrequieto que se apazigua ao dar voz às histórias das gentes, a dar conta dos seus receios e derrotas, mas também das suas alegrias e vitórias. A vida tem outro sentido a ver e a perguntar, a querer saber, ouvir e informar, levando o microfone até ao último habitante da aldeia que resiste.

Joana Rita Santos

Formada em Jornalismo, faz da vida uma compilação de pequenos prazeres, onde não falta a escrita, a leitura, a fotografia, a música. Viciada no verbo Ir, nada supera o gozo de partir à descoberta das terras, das gentes, dos trilhos e da natureza... também por isto continua a crer no jornalismo de proximidade. Já esteve mais longe de forrar as paredes de casa com estantes de livros. Não troca a paz da consciência tranquila e a gargalhada dos seus por nada deste mundo.

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