A venda de tupperwares, mesmo que exercida em “part-time”, pode ajudar – e muito – a aumentar o orçamento familiar mas é necessário investir algum tempo e muita dedicação para se ter sucesso. A opinião, unânime, foi recolhida pelo mediotejo.net neste domingo, 20 de dezembro, durante um entusiástico encontro que a “Tupperware Portugal” organizou no Hotel dos Templários, em Tomar. A ocasião serviu para apresentar e acolher dezenas de novos membros desta “grande família” – futuros vendedores – recebidos em palco com um abraço.

No encontro, de acordo com a organização, estiveram presentes mais de 300 vendedores, vindas de diversos pontos do distrito. Foi a 5.ª convenção da Tupperware em Portugal deste ano, a primeira em Tomar. Numa enorme sala repleta, encontravam-se chefes de grupo e os team’s leaders do distrito, as hospedeiras e os que assistiam, pela primeira vez, a um evento da Tupperware.
Maria Natália Vieira, de Rio Maior, vende há pouco tempo e foi motivada por uma amiga. “Tenho vendido com sucesso e dá muito jeito para ajudar a entrar mais algum dinheiro em casa. É também uma forma de conviver e de nos divertirmos. Tem sido muito bom”, referiu.

Miguel Jorge, um dos estreantes da tarde, disse ao mediotejo.net que resolveu começar a vender tupperwares porque sentia necessidade de reforçar o escasso salário que aufere mensalmente. Deposita uma grande esperança que este venha a ser um negócio rentável mas também tem consciência que não vai ser fácil. “A atitude é meio caminho”, defende.

Maria de Jesus Alves, de Tomar, refere que já vendeu mais do que vende agora embora reconheça que esta é uma atividade que exige muita dedicação para ser rentável – o que não lhe tem sido possível por motivos de saúde – como qualquer negócio de vendas. Noémia Pardal, de Abrantes, vende tupperwares há três anos e confessa que, para já, o que ganha ainda é pouco. “Há meses melhores e há meses piores mas vamos andando”, disse.
De Alcanena, encontrámos Isabel Nico, que já vende há alguns anos. “Ajuda sempre um bocadinho a compor o orçamento. Certo é que quando vendemos mais, entra mais”, conta a sorrir, sentada na primeira fila.
Estes encontros de carácter anual e que se realizam em vários pontos do país, destinam-se a preparar o ano de 2016, com especial incidência sobre o programa para janeiro do próximo ano, mês em que tradicionalmente as vendas da marca em Portugal atingem valores muito mais elevados, um pouco a contra-ciclo das restantes atividades.

“É um distrito onde temos tido belíssimos resultados. Temos tido cada vez mais senhoras – e até senhores – que se juntam a nós para ganharem um pouco mais e levar a vida para a frente”, disse ao mediotejo.net. “A venda de tupperwares é, cada vez mais, uma oportunidade de carreira, uma hipótese de trabalho e, acima de tudo, uma hipótese de ensinar culinária”, referiu Jorge Santos, director-nacional da Tupperware Portugal ao mediotejo.net.

O responsável referiu que, cada vez mais, nos deparamos com o problema das novas gerações não sabem cozinhar, pelo que a empresa também foi obrigada. “Com os nossos produtos, através de microondas, vai-nos permitir cozinhar de uma forma rápida, deliciosa e saudável, acima de tudo. Hoje somos uma empresa que não faz produtos apenas para conservar alimentos mas também para congelar e confeccionar em microondas”, disse.

Na Tupperware, o segredo das vendas passa por aliar um bom produto à sua demonstração, ou seja, explicar para que é que ele serve, não esquecendo uma “fantástica” interacção pessoal. “Já temos muita gente que vive da venda exclusiva da tupperwares”, afiançou.

A fábrica da Tupperware Portugal assinalou este ano o seu 50º aniversário, tendo registado desde 2011 um crescimento das vendas superior a dois dígitos.
A empresa tem uma fábrica instalada em Montalvo, no concelho de Constância, emprega cerca de 400 funcionários e exporta 96,7% da sua produção para o mundo inteiro, especialmente para a União Europeia.