A Escola Pedro Ferreiro, em Ferreira do Zêzere, inaugurou dois novos laboratórios no dia 15 de janeiro, na presença do Delegado Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo, Francisco Neves, e do presidente da Câmara, Jacinto Lopes, entre outros autarcas e representantes da comunidade escolar e de diversas entidades.
Para a diretora do Agrupamento de Escolas, Isabel Saúde, os novos laboratórios (“oficinas” de biologia e físico-química) representam “um passo para o sucesso”. Até agora os alunos dispunham apenas de duas salas de ciências, mas não de dois laboratórios, “oficinas que representam o direito à equidade na educação e formação dos nossos jovens”, como sublinhou a responsável. Realçou o papel que os novos laboratórios podem desempenhar na melhoria da aprendizagem numa escola que, a pouco e pouco, vai subindo nos rankings do sucesso educativo.
Para Isabel Saúde, o ato inaugural “é um momento feliz” que resulta da “conjugação de vontades” e “articulação institucional” entre o Município e a Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares do Ministério da Educação.
A finalizar, fez referências especiais ao vereador Hélio Antunes, do pelouro da educação e ao representante da DGEstE, bem como ao Diretor Executivo da Comunidade Intermunicipal, Miguel Pombeiro, que lutaram para que os “tão desejados laboratórios fossem uma realidade”.

Também o Delegado Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo elogiou o trabalho e empenho da Câmara, sobretudo do vereador Hélio Antunes, que insistiu para que o projeto se concretizasse.
Francisco Neves disse estar a viver “um dia particularmente grato” pela inauguração, que representa “uma melhoria da qualidade das aprendizagens e do trabalho que alunos e professores podem fazer”.
Aproveitou o momento para explicar qual a orientação política do governo na área da educação e do objetivo de “trazer a estas zonas do interior as mesmas condições, os mesmos equipamentos” para que os alunos “tenham a mesma igualdade de oportunidade que os alunos que estão a estudar nas grandes cidades”.
Para o representante da DGEstE “é um orgulho” ter contribuído com 51 mil euros para apetrechar os laboratórios, verba que reconheceu ser curta, mas lembrou os orçamentos limitados que tem de gerir perante múltiplas solicitações. Para compensar, o Delegado Regional de Educação comprometeu-se a financiar o novo mobiliário para os espaços agora requalificados.
Francisco Neves enalteceu a “conjugação de esforços”, a importância do “aprender fazendo, experimentando”, manifestando-se esperançado de que os alunos tirem o melhor partido do novo “espaço que é magnífico”.
Há 30 anos, o atual presidente da Câmara de Ferreira do Zêzere estava ali como aluno o que o levou a dizer que se tratava de “uma segunda inauguração”.
À semelhança dos oradores que o antecederam, Jacinto Lopes falou do “trabalho de muita gente” (da Câmara, do Agrupamento, da DGEST e da CIMT) que resultou na requalificação daqueles dois espaços, “uma necessidade premente de muitos anos”. Aproveitou para elogiar a sua equipa na Câmara pela persistência e tenacidade com que “agarram nos projetos”, cabendo uma referência especial, no caso presente, ao vereador Hélio Antunes.
O autarca aproveitou a intervenção para abordar o tema da transferência de competências na área da educação, não deixando de dar alguns recados à tutela. Na opinião de Jacinto Lopes, é preciso saber com rigor o que se transfere como responsabilidades e quais os respetivos envelopes financeiros. Uma clarificação e uma cautela fundamentais para que não se comprometa o futuro e a sustentabilidade da escola e da câmara, defende.
Seja como for, para Jacinto Lopes, “a despesa na área da educação é um investimento”, aproveitando o momento para recordar os apoios que a autarquia dá aos alunos em termos de alimentação, livros escolares, transporte e escola virtual, entre outros.
Tudo conjugado, a aposta na educação reflete-se nos resultados de que são prova as subidas nos rácios a nível nacional. Por fim, deu os parabéns ao Agrupamento e deixou uma palavras de incentivo aos dirigentes, professores e toda a comunidade escolar.
Rita Cotrim, presidente da Associação de Estudantes, não quis deixar de agradecer, em nome dos alunos, às entidades envolvidas na intervenção, para realçar a importância da componente experimental na aprendizagem.
A cerimónia terminou já na Biblioteca com atuações de alguns alunos do 8º e 11º anos com música e poesia.