Dornes. Foto: DR

Numa altura em que se debate a reversão da agregação de freguesias que ocorreu em 2013, surge em Ferreira do Zêzere um movimento através de uma petição pública pela restauração das Freguesias das Areias, Dornes, Paio Mendes e Pias. O promotor é Paulo Alcobia Neves, ex-técnico superior de turismo e investigador da história local, que já conseguiu recolher mais de 250 assinaturas.

“Quatro das nossas freguesias históricas: Areias, Dornes, Paio Mendes e Pias, com as quais nós e os nossos antepassados mantivemos um sentimento de pertença, instituições com mais de cinco séculos de história foram extintas há oito anos, através de um processo absurdo e com critérios duvidosos”, lê-se no texto da petição.

Os subscritores acreditam que a preservação das suas tradições e do seu património histórico assim como a proximidade com os Ferreirenses “são um legado” que podem agora recuperar.

Entrevista com Paulo Alcobia Neves, promotor da petição

Manifestam-se pela preservação do “legado histórico-cultural” pela justeza da sua reivindicação e contra “o enorme sentimento de injustiça” do que foi decidido em 2013.

“Está na hora de nós, Ferreirenses, recuperarmos a identidade cultural, social, geográfica e administrativa das nossas 9 freguesias”, apela-se.

Paulo Alcobia Neves diz que foi convidado a encabeçar o movimento já existente nas freguesias de Dornes e Paio Mendes e explica que entendeu por bem incluir também as freguesias das Areias e Pias.

A petição pública tem por objetivo levar esta discussão ao Parlamento.

Em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, as freguesias autónomas de Areias e Pias formaram uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Areias e Pias com sede em Areias. Na sequência desta agregação, Pias viu perder parte do seu território original para as freguesias de Águas Belas e Igreja Nova do Sobral.

A Freguesia de Nossa Senhora do Pranto foi criada por agregação das freguesias de Dornes e Paio Mendes.

Ganhou o “bichinho” do jornalismo quando, no início dos anos 80, começou a trabalhar como compositor numa tipografia em Tomar. Caractere a caractere, manualmente ou na velha Linotype, alinhavava palavras que davam corpo a jornais e livros. Desde então e em vários projetos esteve sempre ligado ao jornalismo, paixão que lhe corre nas veias.

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