Ingrid, a filha mais velha, não se recorda do acidente que vitimou a mãe e a irmã mais novo. O seu pai permanece em coma, no hospital. Foto: DR

Está a ultrapassar todas as expectativas a corrente solidária para ajudar Ingrid, a menina brasileira de 13 anos que perdeu a sua família num violento acidente ocorrido no dia 23 de novembro, no Cartaxo. Nesse dia morreu a sua mãe de 33 anos, e a irmã mais nova, de 5 anos, e o pai continua em estado de coma, no hospital.

Segunda a diretora do Agrupamento de Escolas de Ferreira do Zêzere, Lina Serra, o objetivo era terminar a campanha de angariação de fundos nesta sexta feira, dia 2, mas a pedido de várias pessoas que ainda estão a promover iniciativas como leilões, rifas e venda de cabazes, a recolha prolonga-se até segunda feira, dia 5 de dezembro.

Aquela responsável adiantou ao mediotejo.net que, até ao momento, o valor recolhido para apoiar esta família que residia em Ferreira do Zêzere aproxima-se dos 10 mil euros, o que ultrapassa largamente as expectativas iniciais.

O principal objetivo era angariar a verba necessária para pagar as viagens do Brasil para Portugal aos avós da menina, mas a Prefeitura de Coiabá, terra de origem da família, pagou as viagens. Acabaram por vir do Brasil o avô paterno, a avó materna e duas tias, recebidos pela associação de brasileiros em Lisboa, que também está a acompanhar a menina de 13 anos, que continua internada no Hospital de Santa Maria. Na mesma unidade hospitalar está o pai, Admilson, que continua em coma e em estado crítico.

Conforme nos explicou Lina Serra, para já a família que veio do Brasil vai permanecer em Portugal durante 15 dias, tempo permitido pelo SEF – Serviço de Estrangeiros e Fronteiras para este tipo de situações de emergência.

Nas conversas que vai tendo com a família, Ingrid não se recorda do acidente e revela amnésia, cujo grau de profundidade ainda está em avaliação.

Quanto à verba angariada pelo Agrupamento de Escolas, a diretora informou que vai ser entregue a um tutor nomeado pelo Ministério Público e destina-se a apoiar todas as despesas da menina nos próximos tempos. Quem pretender ajudar, pode fazê-lo usando o IBAN PT50 0045 3333 4036 6945 8889 8.

José Gaio

Ganhou o “bichinho” do jornalismo quando, no início dos anos 80, começou a trabalhar como compositor numa tipografia em Tomar. Caractere a caractere, manualmente ou na velha Linotype, alinhavava palavras que davam corpo a jornais e livros. Desde então e em vários projetos esteve sempre ligado ao jornalismo, paixão que lhe corre nas veias.

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