Decorreu no Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, na segunda-feira, 13 de fevereiro, a cerimónia de encerramento do processo diocesano para a beatificação e canonização da Irmã Lúcia de Jesus, vidente de Fátima. A documentação reúne mais de 15 mil páginas e 61 testemunhos e será agora enviada para o Vaticano, para a Congregação para as Causas dos Santos, onde se desenvolverá a segunda fase deste complexo processo. É preciso um milagre comprovado para a beatificação e dois para a canonização.

“Chega hoje ao fim o inquérito diocesano da causa de beatificação e canonização da serva de Deus, Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado da Ordem dos Carmelitas Descalços”, referiu o bispo de Coimbra, Virgílio Antunes. Esta sessão de clausura era “muito desejada”, constatou o clérigo, por ter sido a Irmã Lúcia a última testemunha dos acontecimentos da Cova da Iria de 1917. O inquérito diocesano teve como objetivo fazer a “recolha das provas” que atestassem as “virtudes heróicas” da religiosa, que antes da sua morte, a 13 de fevereiro de 2005, já lhe era atribuída santidade.
Virgílio Antunes referiu que o processo contou com 61 testemunhas, para além de um número considerável de clérigos ligados à investigação. Ao todo são 15.483 páginas reunidas, existindo delas três cópias. Uma delas ficará na Cúria de Coimbra, sendo enviadas as duas restantes para o Vaticano.
O bispo considerou por fim este um “momento verdadeiramente histórico” naquela diocese, por não haver registo recente de processo semelhante.