Exposição 'Mulheres, Paz, Liberdade// Maria Lamas' no Torreshopping. Créditos: CMTN

No âmbito do Dia Internacional da Mulher, o Município de Torres Novas, através do Museu Municipal Carlos Reis, tem patente ao público até dia 20 de março, no átrio do Torreshopping, a exposição ‘Mulheres, Paz, Liberdade // Maria Lamas’, que evidencia as lutas, as causas e a ação cívica e política de Maria Lamas, dos anos 20 ao 25 de Abril de 1974, numa homenagem a esta figura ímpar da cultura portuguesa.

Inquieta e insubmissa, a torrejana Maria Lamas foi uma das mulheres marcantes do séc. XX português. Os seus princípios éticos e os valores humanistas que a nortearam são universais e constantes nas geografias do mundo. Jornalista, escritora, tradutora, editora, Maria Lamas não esperava.

Exposição ‘Mulheres, Paz, Liberdade// Maria Lamas’ no Torreshopping. Créditos: CMTN

Entrava em ação e punha os projetos em andamento: organizou exposições, colaborou e tomou a direção de periódicos, participou em muitas organizações, movimentos políticos e associativos. Foi presa três vezes pela PIDE, esteve exilada no Funchal e em Paris, onde assistiu, entusiasticamente, às manifestações do maio de 68.

Exposição ‘Mulheres, Paz, Liberdade// Maria Lamas’ no Torreshopping. Créditos: CMTN

No final da década de 40 do séc. XX, Maria Lamas publicava ‘As Mulheres do Meu País’, um retrato da condição feminina em Portugal, imagem despudorada de um Portugal esquecido, momento político de afirmação das mulheres como pilares não só da família, mas também da economia do país.

Paula Mourato

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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