No âmbito da Feira Mostra, este ano na sua 24ª edição, o mediotejo.net faz o retrato da sede do concelho.
Localização
Pertencente ao distrito de Santarém, com a reorganização da divisão do território feita em 2015, Mação é também parte integrante da Região Centro, pela classificação NUT* II, e do Médio Tejo pela NUT III. O município é limitado a Norte pelos concelhos de Vila de Rei, Sertã e Proença-a-Nova, a nascente pelos concelhos de Vila Velha de Ródão e Nisa, a Poente pelos concelhos de Sardoal e Vila de Rei, e a Sul pelos concelhos de Abrantes, Gavião e pelo Rio Tejo.
*NUT = Nomenclatura das Unidades Territoriais para fins estatísticos
História
A Rainha Santa Isabel concedeu-lhe o primeiro foral, que terá sido entre as datas do seu casamento com D.Dinis I de Portugal, em 1282, e a data do seu recolhimento ao Mosteiro de Santa-a-Clara-a-Velha na data aproximada de 1325. O segundo foral foi-lhe concedido a 15 de Novembro de 1355 por D. Pedro I, sendo já nesta altura sede de cinco vilas – Mação, Amêndoa, Carvoeiro, Envendos e Belver. Em 1834 foram extintos os concelhos de Belver, Envendos e Carvoeiro sendo incorporados em Mação. Em 1867, o concelho de Mação foi extinto, passando por um curto período de tempo para o concelho de Proença a Nova, readquirindo o estatuto de concelho a 10 de Janeiro de 1868.
A origem do nome “Mação” poderá estar relacionada com o termo francês “maçon”, por aí poder ter sido o povoado de um pedreiro-maçon. Uma variante levanta ainda a hipótese de o nome desse homem ser ‘Maçon’ (antiga forma do nome ‘Marçal’).
Toda a região remonta ao período do Paleolítico, na Pré-história. Foram encontrados vestígios desta época sobretudo junto à Ribeira das Boas Eiras e, mais recentemente, gravuras rupestres junto à Ribeira da Ocreza, entre elas a representação de um cavalo, o primeiro achado de arte paleolítica ao ar livre no sul de Portugal que, segundo os especialistas, terá mais de 20.000 anos.

Da Idade do Bronze é o mais célebre dos achados: o tesouro do porto do concelho, encontrado em 1943, composto por 42 peças (foices, lanças, machados, espadas, punhais, braceletes, etc.). Já da Idade do Ferro há, na Serra de S. Miguel, na freguesia de Amêndoa, o Castro de S. Miguel, que terá dado o nome à aldeia.
Da época romana, a que mais vestígios deixou no local, existe em Ortiga o balneário romano e a única anta do concelho que ainda se encontrará de pé – a Anta da Foz do Rio Frio.

Foto: DR
Retrato da sede de Concelho
Orago: Nª Srª da Conceição
Freguesias: Amêndoa; Cardigos; Carvoeiro; Envendos; Ortiga e União de Freguesias de Mação, Penhascoso e Aboboreira.
Área: 399,98 Km2
População: 7.338 habitantes
Densidade Populacional: 18,35%
Ordenação heráldica do brasão: 8 de outubro de 1931
Descrição do brasão: Escudo de vermelho com uma ovelha de ouro. Em chefe um cacho de uvas folhado e acompanhado por duas abelhas, tudo de ouro. Orla de prata cortada por seis faixas onduladas de azul. Coroa mural de quatro torres de prata. Listel branco com a legenda em negro : “VILA DE MAÇÃO”.