A Festa do Emigrante tem feito parte dos verões de Ferreira do Zêzere nos últimos anos. Os primórdios remontam a 2008 com o arranque do DePe.NiCar, mas a inauguração oficial foi feita em 2010. O município não ficou por aqui e a Mostra Industrial e Comercial fez a sua estreia no ano de 2013. Em 2017, o evento “três em um” regressa no dia 11 de agosto para receber de braços abertos quem regressa para matar saudades e quem quer descobrir o concelho.

O processo que tornou a Festa do Emigrante num conjunto de iniciativas dirigidas aos “filhos da terra” (emigrantes) sem esquecer os “amigos da família” (visitantes) é encarado pelo vereador Hélio Antunes, cujos pelouros abrangem a cultura e o turismo, como uma “evolução natural, face às alterações que introduzimos”. A tradicional feira de petiscos (DePe.NiCar) saltou do mês de julho para o de agosto e a Praça Dias Ferreira, no centro da vila, deu lugar ao Mercado Municipal, com melhores condições e maiores dimensões.

A Sociedade Filarmónica Ferreirense é um dos grupos locais que integram o programa. Foto: DR

Foi já com o evento a decorrer neste local que se conquistou o recorde do Guinness World Records com a maior omelete do mundo, feita com cerca de 145 mil ovos em 2012, e o concelho se afirmou como a “Capital do Ovo” Será aqui que o Palco Principal e o Palco Tradição recebem os artistas desta edição, entre 11 e 13 de agosto. Os cabeças-de-cartaz atuam às 23h00 de sexta-feira e domingo e às 23h30 de sábado. O músico angolano Matias Damásio é o primeiro a pisar o palco principal no dia 11, cedendo-o ao espetáculo “Canta Portugal” com José Figueiras, Nel Monteiro, As Latinas, Léo & Leandro e Aranhas Dj no dia 12 e ao Grupo Medley no dia 13.

O palco dedicado à tradição liga os holofotes para as atuações do grupo “Tirikeda” no dia 11, a banda “Império” no dia 12 e a banda Ferreirense RPS no dia 13, sempre às 21h30. Também por aqui passam as Bandas Filarmónicas Ferreirense e Frazoeirense às 20h00 de sábado e realiza-se o Encontro de Folclore com a participação dos ranchos folclóricos Etnográfico da Vila de Pias, do Bêco de Santo Aleixo e da Alegria de Alqueidão de Santo Amaro, às 18h00, e o Grupo de Cantares do Zêzere, às 20h00, no domingo.

No recinto atua a Escola de Concertinas da A.M.C.R. de Dornes, às 19h30 do primeiro dia, meia hora depois da abertura oficial do certame que partilha os sabores e os saberes locais nas zonas dedicadas às tasquinhas e ao artesanato, assim como na Mostra Industrial e Comercial. A cultura está presente, nomeadamente na Feira do Livro. Os diversos espaços abrem no primeiro dia com a inauguração da Festa do Emigrante e às 17h30 durante o fim-de-semana.

A edição deste ano destaca a aldeia de Dornes como finalista das 7 Maravilhas. Foto: mediotejo.net

As propostas musicais deste ano juntam dois continentes e, segundo Hélio Antunes, dão continuidade à aposta num programa “rico e variado, de forma a chegar e a agradar a diferentes e praticamente todos os públicos”, acrescentando que “procuramos sempre trazer alguns nomes do panorama nacional, aliando no entanto ao evento também grupos locais, ranchos folclóricos, filarmónicas e grupos de cantares do concelho que fazemos questão de também promover”.

Uma aposta entre as outras que têm contribuído para o sucesso das edições anteriores do evento que o vereador carateriza como tendo “algumas condições únicas” ao aliar “gastronomia com animação musical, primeiro ingrediente que esteve na génese do evento”. A esta acresce “o espaço atual” e a “data de realização”, sempre no fim-de-semana que antecede o dia 15 de agosto, que “consta já da agenda anual de praticamente todos os Ferreirenses, empresas do concelho e população em geral de toda a região”.

Hélio Antunes espera que a edição deste ano seja igualmente ou mais visitada em relação às restantes, salientando que se trata de um “momento que queremos e vamos aproveitar também para promover a região e em particular Dornes como aldeia finalista das 7 maravilhas”. Ao nível do concelho, é destacada a dinamização da economia local permitindo “que as nossas empresas façam novos clientes e negócios, que os hotéis e estabelecimentos de restauração fiquem cheios e que as nossas coletividades consigam angariar verbas para as suas atividades, fruto da dinamização das tasquinhas”.

Uma vez que o DePe.NiCar teve início em 2008 e em 2018 se assinala a primeira década de realização do evento, o vereador confirmou ao mediotejo.net que a câmara municipal já se encontra a “trabalhar numa nova configuração para o próximo ano que melhorará ainda mais o DePe.NiCar”. Quanto às novidades concretas, o melhor é aproveitar a edição deste ano e pensar no assunto mais tarde pois o vereador refere que “a seu tempo serão divulgadas”.

Partilhamos os cartazes desde que o evento assumiu o formato “Festa do Emigrante”

Nasceu em Vila Nova da Barquinha, fez os primeiros trabalhos jornalísticos antes de poder votar e nunca perdeu o gosto de escrever sobre a atualidade. Regressou ao Médio Tejo após uma década de vida em Lisboa. Gosta de ler, de conversas estimulantes (daquelas que duram noite dentro), de saborear paisagens e silêncios e do sorriso da filha quando acorda. Não gosta de palavras ocas, saltos altos e atestados de burrice.

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