Os primeiros relatórios dos arqueólogos que estão a realizar trabalhos de prospeção na Torre Pentagonal de Dornes, erguida pelos Templários durante a Reconquista cristã, são “surpreendentes”, revelou esta semana Bruno Gomes, presidente da Câmara Municipal de Ferreira do Zêzere. A informação já recolhida será de “enorme importância para a história de Dornes e do território envolvente”, avançou o autarca.
As escavações arqueológicas estão a decorrer no interior e exterior da Torre, edificação com funções militares e de defesa construída em xisto e calcário no início do séc. XIII sobre a base de uma antiga torre romana, para defesa da linha do Tejo.
Os trabalhos vão prosseguir nos próximos meses, no âmbito da empreitada “Restauro, conservação e requalificação da Torre Pentagonal de Dornes e sua envolvente”, do município de Ferreira do Zêzere com a empresa In Situ, Conservação de Bens Culturais, e em cumprimento das medidas de minimização impostas pela Direção Geral do Património Cultural.
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“Foram já intervencionadas algumas sepulturas e exumados os respetivos esqueletos ou ossários, em relativo bom estado de preservação”, o que permite “determinar a diagnose sexual, altura à data da morte, doenças dos indivíduos, entre outros”, lê-se em informação enviada ao nosso jornal.
No interior da Torre existem lápides funerárias de cavaleiros da Ordem do Templo e o estudo destas sepulturas poderá revelar mais detalhes sobre a história dos templários nesta região.
No local foram também recuperados numismas (moedas) que permitirão datar com “maior rigor a cronologia daqueles enterramentos”.

No interior, a cerca de um metro de profundidade, foi detetado ainda um pavimento (lajeado em xisto) que foi já escavado parcialmente para aferir cronologias e avaliar a existência de outros contextos arqueológicos preservados que contribuam para um maior conhecimento da história deste monumento singular, com uma planta pentagonal, e um raro exemplar da arquitectura militar da época da Reconquista Cristã.
Paralelamente, está a ser efetuado um inventário de todo o espólio existente na Torre, entre o qual se contam um conjunto significativo de estelas de sepultura, algumas também de cronologia medieval.
Não estraguem Dornes
Exemplos destes deveriam ser seguidos em vários pontos do nosso país.
Excelente reportagem de grande relevância para a historiografia templários. Dormes certamente está a contribuir para a memória e preservação de sua própria história.
Adoro Dorvned. Deve haver muitas coisas enterradas na península e até no rio. A península foi sempre habitads por outros povos. Os romanos devem ter deixados muitos achados que só estão a espera de serem encontrados. Já fui como turista 2 vexes a Dornes
é Preciso saber quem é a empresa Novarqueologia para podermos confiar nas narrativas que constrói. Pela minha parte, espero para que historiadores de gabarito aceitem e validem este frenesim de informar. Esperando que, desta vez, não roubem material a outros.
É importantíssimo o descobrimento e divulgação da história e permanência dos templários e suas raízes em Portugal, principalmente na zona circundante do trajeto do rio Tejo . De facto existe zonas de permanência dos templários que ainda não foram divulgadas,na zona de Alcochete segundo a história dos antigos, debaixo da igreja Matriz tem provas dos templários debaixo da mesma. Mas é claro que isso envolve um processo difícil e moroso na questão de autorização para tal escavações.
Mas é de importância a revelação a história dos templários,mas vivemos num país onde as tradições e costumes e a história perde as suas características infelizmente.
Os que o povo Português acolheu e as gerações seguintes que já nasceram Lusitanos, com a bravura do povo Português levaram a nação ao topo, ao ponto de dividir o mundo ao meio com outra Nação. Glória ao povo Lusitano.