A conferência de imprensa decorreu na estação ferroviária do Entroncamento (Foto: mediotejo.net)

O Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) do distrito de Santarém e a comissão de utentes do concelho do Entroncamento realizaram, no dia 30, na estação ferroviária do Entroncamento, uma conferência de imprensa na qual exigiram a melhoria das acessibilidades e mais segurança no distrito de Santarém, nomeadamente a construção de duas novas travessias sobre o Tejo, na zona de Constância e na Chamusca.

Manuel José Soares, do secretariado do MUSP, foi o porta-voz de um conjunto de reivindicações que vai ser enviado ao Governo, aos grupos parlamentares, às autarquias, à Infraestruturas de Portugal e forças de segurança.

Além da melhoria das acessibilidades, o MUSP propõe obras em várias estações ferroviárias e duas novas pontes sobre o Tejo, em Constância e Chamusca.

Os utentes denunciaram aquilo que consideram ser um conjunto de constrangimentos à mobilidade na região, sublinhando que “sem boas acessibilidades” não é possível melhorar a qualidade de vida das populações e “é travado o desenvolvimento económico”.

Num comunicado distribuído aos jornalistas, as comissões de utentes reclamam a calendarização de um programa de substituição das atuais estruturas de acesso às plataformas de embarque na estação ferroviária do Entroncamento por uma passagem subterrânea, “que ao mesmo tempo facilite as ligações norte sul na cidade”. São igualmente pedidas intervenções nas estações de Rossio ao Sul do Tejo (Abrantes) e de Riachos (Torres Novas), entre outras, de forma a permitir a circulação e o estacionamento nos parques e zonas adjacentes.

O documento preconiza “a elaboração de um plano a médio e longo prazo de construção de duas novas pontes” sobre o rio Tejo, para substituir as que existem em Constância e Chamusca. Enquanto isso, a curto prazo, é pedida a “aplicação de medidas transitórias, tecnicamente exequíveis, que melhorem a circulação e reforcem a segurança” nestas travessias. Outra medida apontada é, no âmbito da segurança rodoviária, “o reforço das campanhas contra a sinistralidade rodoviária, quer pela sensibilização quer pela redução dos ‘pontos negros’” nas estradas da região, acompanhada de um “esforço na sinalização e utilização das passadeiras de peões”.

O movimento retoma a exigência de abolição das portagens nas autoestradas “sem válidas alternativas”, concretamente na A23 (que liga o nó da A1, junto a Alcanena, à Guarda) e na A13 (que liga Tomar a Condeixa e Santarém à Marateca), denunciando ser esta última a autoestrada mais cara do país.

“Defendemos, nas Estradas Nacionais, Regionais e Municipais, a correção de situações estruturais como a passagem da EN118 e da EN3 por meios urbanos”, referem, apontando ainda a necessidade de “algumas rotundas e a manutenção e valorização de muitos dos troços das vias rodoviárias”, dando os exemplos do IC1, da EN2, da EN361 (entre Alcanena e Amiais), da EN3 (entre Torres Novas e Entroncamento) e da ligação entre Almeirim e Santarém (EN114), entre outras.

C/ Lusa

Manuel José Soares foi o porta-voz das Comissões de Utentes (Foto: mediotejo.net)

Ganhou o “bichinho” do jornalismo quando, no início dos anos 80, começou a trabalhar como compositor numa tipografia em Tomar. Caractere a caractere, manualmente ou na velha Linotype, alinhavava palavras que davam corpo a jornais e livros. Desde então e em vários projetos esteve sempre ligado ao jornalismo, paixão que lhe corre nas veias.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *