Três dos quatro trabalhadores feridos no acidente de sexta-feira nas oficinas da CP no Entroncamento continuam a merecer cuidados hospitalares, dois deles estáveis e livres de perigo e um outro continua em estado clínico reservado. Um quarto trabalhador ferido na explosão já teve alta médica, avançou hoje o presidente da autarquia.
Em declarações ao mediotejo.net, o presidente da Câmara do Entroncamento, Jorge Faria, disse hoje que um dos trabalhadores teve alta do hospital de Abrantes ainda na sexta-feira, dois homens continuam na Unidade de Queimados em Coimbra, “estáveis e livres de perigo”, e que um quarto trabalhador continua internado no hospital de Santa Maria, em Lisboa, numa “situação clínica reservada”. Este será o único trabalhador a estar ventilado neste momento e a merecer maiores cuidados médicos, tendo em conta as queimaduras sofridas no explosão de sexta-feira, e que terá afetado as vias aéreas.
Uma explosão nas oficinas da CP no Entroncamento provocou na manhã de sexta-feira quatro feridos, dois dos quais graves, um deles em estado crítico, com queimaduras em cerca de 60% do corpo. Ao mediotejo.net, o comandante dos Bombeiros Voluntários do Entroncamento, Rodrigo Bertelo, disse na ocasião que a explosão de gases ocorreu durante a realização de trabalhos de recuperação de carruagens.
Dois dos quatro trabalhadores foram ventilados e transferidos do hospital de Abrantes para outras unidades hospitalares, disse, por sua vez. fonte do CHMT. Um dos feridos graves foi transferido de helicóptero para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, ao passo que um outro foi transferido para a Unidade de Queimados de Coimbra. Um dos feridos menos graves seguiu também para Coimbra, segundo a mesma fonte, ao passo que um quarto elemento envolvido na explosão teve alta médica naquela dia do Hospital de Abrantes.
“Os trabalhadores estavam a fazer trabalhos de colocação de chão numas composições que circulam na linha suburbana da Azambuja, estão a recuperar as carruagens, a fazer colagem de vinil no chão, e como é feita a quente, através de secador e cola, houve uma explosão de gases, provocada pelos gases da cola”, explanou o comandante dos Bombeiros Voluntários do Entroncamento, tendo dado conta que, da deflagração, resultaram quatro feridos: “um crítico, um grave e dois ligeiros”, disse Rodrigo Bertelo.
De acordo com o comandante dos Bombeiros Voluntários do Entroncamento, os feridos crítico e grave têm “queimaduras de 2.º e 3.º grau em 60% a 70% do corpo, sendo que um deles, provavelmente, tem também queimaduras nas vias aéreas”.
As vítimas desta explosão (que não resultou em incêndio mas somente no consumo dos gases inflamáveis), têm idades compreendidas entre os 31 e os 52 anos.
Em comunicado, a Comboios de Portugal (CP) fez saber que “foi já iniciado o processo de averiguação das causas que terão estado na origem deste lamentável acidente”.
A empresa indicou ainda que “está a acompanhar, a todo o momento, a evolução do estado de saúde destes trabalhadores” e disponibilizou “todo o apoio necessário”.
Neste âmbito, lamentou “profundamente” o sucedido e reforçou o seu compromisso com a segurança e bem estar dos seus colaboradores.
A Comissão de Trabalhadores da CP Comboios de Portugal EPE também lamentou o acidente ocorrido nas oficinas do Entroncamento, “desejando que os colegas de trabalho recuperem de forma plena e rápida e endereçando uma palavra de especial conforto e esperança às suas famílias. Os trabalhadores envolvidos neste acidente estão estáveis e com esperança de plena recuperação”, afirmou.
c/Lusa