O Programa de Valorização de Áreas Empresariais foi apresentado esta terça-feira, dia 7, no terminal do Entroncamento da MSC – Mediterranean Shipping Company pelo ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, e o primeiro-ministro, António Costa. Um investimento nacional de 180 milhões de euros na competitividade empresarial que engloba os 8,35 milhões previstos para a ligação rodoviária das zonas empresariais e industriais do Entroncamento e Riachos à A23.
O terminal do Entroncamento da MSC – Mediterranean Shipping Company, o segundo maior operador mundial de contentores por via marítima recebeu, esta terça-feira, o primeiro-ministro, António Costa, e o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, para a apresentação do Programa de Valorização de Áreas Empresariais.
Um investimento de 180 milhões de euros na competitividade empresarial anunciado no porto seco localizado no Casal Marcos Ferreira, do qual o primeiro-ministro destacou o esforço financeiro conjugado entre autarquias, fundos comunitários e orçamento de estado, através das Infraestruturas de Portugal, para potenciar “mais crescimento, melhor emprego e menor desigualdade”.

Os números avançados perante centenas de representantes de entidades públicas e privadas de todo o país – entre eles o presidente da MSC, Carlos Vasconcelos, e o presidente da Infraestruturas de Portugal, António Laranjo – dividem-se em 78 milhões de euros para a criação e expansão de áreas de acolhimento empresarial e 102 milhões de euros para as acessibilidades rodoviárias de 12 áreas empresariais já consolidadas.
A zona centro receberá 35 milhões no primeiro caso e 15 milhões no segundo, incluindo-se no último a ligação rodoviária das zonas empresariais e industriais do Entroncamento e Riachos (Torres Novas) à A23. A infraestrutura abrange uma extensão de 7,3 quilómetros e representa um investimento de 8,35 milhões de euros, distribuído pelo período temporal 2017-2020 (0,15M€ em 2017, 0,4M€ em 2018, 4,8 M€ em 2019 e 3M€ em 2020).

O anúncio foi saudado pelos presidentes dos dois municípios abrangidos, que aproveitaram o momento para destacar o potencial estratégico da região e destas zonas empresariais e industriais. Jorge Faria, do Entroncamento, deu como exemplo os contentores transportados pela MSC em 2016 (37 mil exportados e 14 mil importados) e Pedro Ferreira, de Torres Novas, referiu o fluxo rodoviário de cerca de 100 mil camiões por ano potenciado pelos terminais da MSC e do TVT – Terminal Multimodal do Vale do Tejo.
O investimento em acessibilidades não é elegível pelo PT2020 e será suportado em 85% pelas Infraestruturas de Portugal e os restantes 15% pelos municípios – divididos de forma proporcional à área territorial envolvida em cada – assim como as expropriações necessárias para a construção da variante e os custos associados à iluminação pública. Divisão que Jorge Faria e Pedro Ferreira, em declarações ao mediotejo.net, consideraram ser “justa” por se traduzir na criação de “riqueza” e “empregos” com a consequente melhoria da “qualidade de vida” das populações.

A escolha do concelho para a apresentação do programa nacional foi encarada por Jorge Faria como “uma honra”, tendo este desvalorizado a opção do Governo pela proposta apresentada pelo município de Torres Novas que implica a melhoria da ligação já existente ao nó da A23 em Torres Novas, passando pelo Nicho dos Riachos (EN243), e inclui uma ligação à zona empresarial e industrial do Entroncamento.
Os três percursos sugeridos pelo seu município envolviam o nó da A23 localizado na zona norte do concelho (junto ao hipermercado E.Leclerc), pela Meia Via. O autarca salientou que “o importante é a construção de uma infraestrutura que vai permitir desbloquear esta área empresarial”, facilitando “o acesso à A23 e a movimentação de mercadorias e pessoas” através de uma solução que “até tem vantagem do ponto de vista ambiental para o Entroncamento”.
Pedro Ferreira, por sua vez, encarou a possibilidade de investimento nas infraestruturas da zona industrial como uma “excelente notícia” e caraterizou o investimento previsto para a região como “a economia no seu auge”. O presidente do município torrejano destacou ainda que “o eixo estratégico de Torres Novas e Entroncamento é único no país em termos de acessibilidades. Somos a porta norte de Lisboa e somos o quilómetro zero para a Europa porque passa tudo por aqui e há que tirar partido disso”.