Jorge Faria, presidente CM Entroncamento. Foto: mediotejo.net

O vereador social-democrata José Baptista questionou o executivo socialista sobre se a autarquia pondera aderir ao programa “Vacinação SNS Local”, que permite a vacinação contra a gripe sazonal nas farmácias comunitárias. O vereador destacou a “resposta deficitária” a nível nacional e da qual o concelho do Entroncamento não é exceção. Em resposta, o presidente de Câmara, Jorge Faria (PS), defende que o concelho tem “serviços de qualidade” e “capacidade de dar a vacinação a todos quantos delas necessitam”, pelo que “não tinha qualquer sentido” fazer o referido acordo.

Esta não foi a primeira vez que o assunto da vacinação veio a reunião do executivo municipal pela voz dos vereadores do PSD. Desta vez, na última reunião de Câmara, o vereador José Baptista (PSD), interveio para destacar a “resposta deficitária” que existe a nível nacional e que “não acontece só nos outros sítios, acontece cá também”.
Referindo que tal falta de vacinas pode ser argumentada pela “procura extrema que está a existir” em tempos de pandemia, José Baptista realça que “os nossos também não estão a conseguir essa vacinação e o SNS não está a conseguir prover as vacinas necessárias”.

Nesse sentido, o vereador social-democrata colocou em cima da mesa a questão do protocolo celebrado entre os Municípios e a Associação Dignitude em que uma percentagem das vacinas é entregue às farmácias comunitárias no sentido de “descongestionar de alguma forma os cuidados primários, os centros de saúde”.

José Baptista questionou o presidente da autarquia entroncamentense sobre se “face à situação da vacinação que está a ocorrer, o Município pondera aderir ao protocolo para permitir que mais algumas pessoas possam ser vacinadas no concelho, visto que o custo para o Município é relativamente baixo”.

Reunião de Câmara Municipal do Entroncamento, por videoconferência, 16 de novembro de 2020. DR

Em resposta, o autarca Jorge Faria (PS) afirmou que “se fosse uma decisão populista, nós faríamos um acordo porque dava umas linhas nas notícias, só que em termos de facto esse acordo não tinha qualquer consequência prática”. “Embora não fosse um esforço financeiro elevado – 200 vacinas vezes 2,5€ de cada vacina, estamos a falar de 500 vacinas”, acrescentou.

Sublinhando tratar-se de “uma questão de princípio”, Jorge Faria (PS) destacou os “serviços públicos adequados” do concelho, que “têm qualidade, têm condições para aplicar a vacina e por isso não necessitamos de outra solução”.

“Os serviços públicos, nomeadamente a USF e a unidade do antigo Centro de Saúde, asseguraram que tinham todas as condições humanas e técnicas para vacinar a população toda que tivesse condições para vacinar. Disseram que se fosse necessário, teriam condições para fazer horas extraordinárias”, reiterou.

O autarca deu também conta de que no início do mês de novembro havia já 40% das pessoas vacinadas no grupo de idosos com mais de 65 anos, profissionais de saúde, das ERPIs, utentes e pessoas de risco, de acordo com a informação dos serviços de saúde.

Ana Rita Cristóvão

Abrantina com uma costela maçaense, rumou a Lisboa para se formar em Jornalismo. Foi aí que descobriu a rádio e a magia de contar histórias ao ouvido. Acredita que com mais compreensão, abraços e chocolate o mundo seria um lugar mais feliz.

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