Os profissionais das forças de segurança vão realizar esta segunda e terça-feira vigílias por todo o país com o propósito de reivindicar um subsídio de risco “digno e justo para os profissionais da PSP e GNR”. Ao mediotejo.net, o vogal do distrito de Santarém da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia admite que estes protestos querem “fazer pressão junto do Governo” perante um atual valor atribuído que consideram “irrisório, que não serve e não nos dignifica”.
“Estamos a fazer em todos os comandos vigílias, no sentido de pedir que seja atribuído um subsídio de risco que nos dignifique relativamente à atividade que exercemos”, expõe Ismael Duarte, vogal do distrito de Santarém da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), em declarações ao mediotejo.net.
As vigílias acontecem a nível nacional numa ação conjunta entre a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia e a Associação dos Profissionais da Guarda (APG-GNR) e o Entroncamento vai também ser palco de protestos nos dias 19 e 20 de julho. Entre as 16h30 e as 18h30, os polícias vão juntar-se na Praça da República, em frente à estação ferroviária, com a reivindicação única da atribuição de um suplemento de risco “digno e justo para os profissionais da PSP e GNR”.
Ismael Duarte recorda que, perante a aprovação em Assembleia da República no âmbito do Orçamento de Estado para 2021 da criação de um subsídio de risco para as forças de segurança durante o primeiro semestre do ano, o Governo “apresentou numa reunião no último dia do semestre uma proposta que a nós nos desagradou e que considerámos um bocado ofensiva, tendo em conta os valores apresentados”.
O Governo “entende que os polícias e os GNR não correm risco, uma vez que até aqui não tínhamos subsídios e agora que a Assembleia da República mandatou o Governo para o criar, eles atribuíram-nos um valor que achamos que é irrisório, que não serve e não nos dignifica”, acrescenta.
ÁUDIO | Ismael Duarte, vogal da ASPP/PSP Santarém
Entretanto, diz o vogal da ASPP/PSP de Santarém, foi marcada nova reunião, mas os polícias decidiram realizar as vigílias nos comandos a nível nacional para “fazer alguma pressão junto do Governo” e “mostrar a indignação” à população em geral.
“É um facto que se as forças de segurança não se sentirem dignificadas e se não tiverem condições para trabalhar, a população é que se vai ressentir, uma vez que o nosso trabalho incide diretamente sobre o bem-estar da população”, sublinha.