O MiniMo reúne até domingo no Museu Nacional Ferroviário mais de 150 metros de módulos e composições, representando estações, apeadeiros, cidades, paisagens reais e outras fruto da imaginação.
Ao longo dos dois dias do evento, poderão ser observadas e efetuadas manobras de inversão, ultrapassagem ou cruzamento de comboios, bem como manobras de carga e descarga de mercadorias, num mundo que conta com muitos e dedicados amantes da modalidade de modelismo ferroviário.

Bruno Belém, modelista de Massamá, apresentou um modelismo da estação da Lardosa, freguesia de Castelo Branco. Esteve já presente na primeira edição, e conta que a paixão pelo modelismo é grande, apesar de dar “muito trabalho, são folgas, noites, dificuldade de conciliar com a vida familiar”.
A paixão pelo mundo ferroviário veio de infância e pela ligação ao Alentejo e aos avós, o que levava a que Bruno viajasse muitas vezes de comboio. O modelista contou ao mediotejo.net que o módulo apresentado foi comprado já composto, mas foi alterado – envelhecido, sujo, e realizadas mudanças de cenário, pelo mesmo, em 15 dias, dia e noite, não estando ainda finalizado e ao seu gosto.

Apesar de o modelismo ferroviário ser o seu foco principal, Bruno Belém afirmou que gosta de ir experimentando outras áreas tendo já realizado alguns módulos náuticos, aeronáuticos e tanques de guerra.
A Fermodel foi uma das associações de modelismo ferroviário presente, constituída principalmente por por um grupo de amigos e de entusiastas maioritariamente do sistema AC (Märklin). Esta celebrou um protocolo de colaboração com o MNF este sábado, dia 3 de junho, de forma a realizar uma parceria relativamente ao evento MiniMo, mas Manuel Pedrogão, um dos representantes da direção, diz que espera que o mesmo possa evoluir um dia para algo mais.

“O objetivo é dar azo à imaginação de cada modelista e criar uma paisagem que eles gostam. Aqui temos cenários tipicamente alemães, suíços, americanos, como por exemplo, no português há o elétrico representado. A nível do modelo dos comboios, todos são protótipos reais de várias composições europeias. Existe uma ou outra do Harry Potter para crianças, mas são poucas”, explicou Manuel Pedrogão.
Apesar de o modelismo dar trabalho, Manuel fala do mesmo como uma paixão “quem gosta dispõe de todo o tempo, e na prática até ajuda a espairecer. Claro que dá sempre trabalho, particularmente todos os pormenores do ambientes, luzes, relva, e coloca aqui, depois não gosta, tira daqui e põe dali, mas dá um grande gozo”.
“Diziam que os livros do Tim Tim eram para crianças dos 7 aos 77 anos, eu digo que o modelismo é igual, dos 7 aos 77 anos, ou mais à frente”, não existindo uma elite ou idade para os apaixonados pelo modelismo, neste caso ferroviário.
Todas as pessoas poderão visitar o MNF, conhecer o mundo dos comboios em miniatura, viajar a bordo do Minicomboio, experimentar conduzir uma locomotiva elétrica no Simulador de Condução Ferroviária e participar em passatempos e oficinas para famílias.
Há ainda uma praça de alimentação, com vários Food Truck, mas quem preferir poderá levar a sua comida e usar as Carruagens Restaurantes para fazer a sua refeição. A entrada é gratuita. No domingo, dia 4, o museu está aberto das 10h00 às 18h00.
Entrevistaram alguém do CIMH0?
E do N Club?
Se não o fizeram deviam de o ter feito.