A Missa deste domingo na Igreja da Sagrada Família no Entroncamento tinha começado há pouco mais de 10 minutos quando um homem subiu ao altar e afastou quem cantava o salmo, tentando iniciar um discurso. “Vocês têm de sair de África”, começou por dizer, enquanto o padre Luciano Oliveira se aproximava dele. Assim que lhe tocou no braço, o homem “enxotou-o” com um “cala a boca” mais agressivo, e o padre foi de imediato procurar o seu telemóvel, para chamar a polícia.

“Vocês têm de sair de África! Não queremos cristianismo, nem islamismo… nada!”, continuou o homem, perante uma igreja petrificada, sem saber o que poderia acontecer a seguir.

Contactado pelo mediotejo.net, o padre Luciano Oliveira mostrou-se incomodado com o incidente, mas aliviado por não ter ocorrido nada de mais grave. “Imagine-se se ele tivesse uma arma? Estivemos ali mais de dez minutos a ouvi-lo dizer o que queria, a gritar e a chamar nomes a toda a gente…”, conta, explicando que o homem saiu por sua iniciativa para a rua, gritando palavrões, e que só depois a polícia chegou ao local. 

O sacerdote diz não conhecer o indivíduo em causa, tendo-o visto pela primeira vez nessa manhã, na rua, perguntando precisamente onde ficava a igreja. Depois viu-o entrar na igreja, e reparou que estava sem máscara, sentando-se ao lado de um outro homem, quando o uso é obrigatório entre quem assiste à homilia. 

Estaria com uma descompensação psiquiátrica, alcoolizado ou drogado? O padre Luciano não sabe, apenas reconhece que o homem “não estava bem” e que no local onde se sentou ficaram “vestígios de líquidos, possivelmente de urina ou de cerveja”. 

Todos os que assistiam à missa deste domingo não vão esquecer o susto tão depressa, admite o padre Luciano Oliveira.

A PSP do Entroncamento remeteu esclarecimentos para o Comando Distrital de Santarém, na segunda-feira.

Sou diretora do jornal mediotejo.net, diretora editorial da Médio Tejo Edições e da chancela de livros Perspectiva. Sou jornalista profissional desde 1995 e tenho a felicidade de ter corrido mundo a fazer o que mais gosto, testemunhando momentos cruciais da história mundial. Fui grande-repórter da revista Visão e algumas da reportagens que escrevi foram premiadas a nível nacional e internacional. Mas a maior recompensa desta profissão será sempre a promessa contida em cada texto: a possibilidade de questionar, inquietar, surpreender, emocionar e, quem sabe, fazer a diferença. Cresci no Tramagal, terra onde aprendi as primeiras letras e os valores da fraternidade e da liberdade. Mantenho-me apaixonada pelo processo de descoberta, investigação e escrita de uma boa história. Gosto de plantar árvores e flores, sou mãe a dobrar e escrevi quatro livros.

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