Dois dos quatro feridos no acidente desta manhã nas oficinas da EMEF, no Entroncamento, foram ventilados e transferidos do hospital de Abrantes para outras unidades hospitalares, disse fonte do CHMT. Um dos feridos graves foi transferido de helicóptero para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, ao passo que um outro foi transferido para a Unidade de Queimados de Coimbra. Um dos feridos menos graves seguiu também para Coimbra, segundo a mesma fonte, ao passo que um quarto elemento envolvido na explosão deverá ter alta ainda hoje do Hospital de Abrantes.
Uma explosão nas oficinas da EMEF (Empresa de Manutenção de Equipamentos Ferroviários) no Entroncamento provocou esta manhã quatro feridos, dois dos quais graves, um deles em estado crítico, com queimaduras em cerca de 60% do corpo. Ao mediotejo.net, o comandante dos Bombeiros Voluntários do Entroncamento, Rodrigo Bertelo, disse que a explosão de gases ocorreu durante a realização de trabalhos de recuperação de carruagens.
“Os trabalhadores estão a fazer trabalhos de colocação de chão numas composições que circulam na linha suburbana da Azambuja, estão a recuperar as carruagens, a fazer colagem de vinil no chão, e como é feita a quente, através de secador e cola, houve uma explosão de gases, provocada pelos gases da cola”, explanou o comandante dos Bombeiros Voluntários do Entroncamento, tendo dado conta que, da deflagração, resultaram quatro feridos: “um crítico, um grave e dois ligeiros”, disse Rodrigo Bertelo à Lusa.
De acordo com o comandante dos Bombeiros Voluntários do Entroncamento, os feridos crítico e grave têm “queimaduras de 2.º e 3.º grau em 60% a 70% do corpo, sendo que um deles, provavelmente, tem também queimaduras nas vias aéreas”.
Desta explosão há a registar ainda dois feridos ligeiros, que foram transportados por precaução ao hospital com “queimaduras nos braços de primeiro grau. Apenas por descargo de consciência foram para o Hospital de Abrantes, com acompanhamento da VMER e da SIV de Torres Novas”, disse ao final da manhã Rodrigo Bertelo.
A situação mais complexa diz respeito aos dois feridos graves, devido “à extensão da queimadura ao longo do corpo”. Com queimaduras de segundo e terceiro grau, existe a possibilidade de um dos trabalhadores ter “queimadura da via aérea e na casa dos 60 a 70% do corpo queimado”, afirmou o responsável. Também estes dois feridos graves foram transportados inicialmente ao Hospital de Abrantes, tendo sido depois encaminhados para outras unidades hospitalares.
As vítimas desta explosão (que não resultou em incêndio mas somente no consumo dos gases inflamáveis), têm idades compreendidas entre os 31 e os 52 anos.
Áudio | Comandante dos Bombeiros Voluntários do Entroncamento em declarações ao mediotejo.net
Neste momento, a situação nas oficinas está regularizada. Ao local, acorreram três ambulâncias do Entroncamento, uma de Vila Nova da Barquinha, um veículo de combate a incêndios, o SIV de Torres Novas, a VMER Médio Tejo, bem como a PSP.
O presidente da Câmara Municipal do Entroncamento, Jorge Faria, e o vereador com o pelouro da Proteção Civil, Carlos Amaro, estiveram também já no local.
Contactada pela Lusa, fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Santarém precisou que o alerta foi dado às 10:51 e que estiveram no local duas corporações de bombeiros (Entroncamento e Vila Nova da Barquinha), a PSP e o INEM, num total de 20 operacionais.
Os meios foram desmobilizados às 12:04, acrescentou a mesma fonte.
Em comunicado, a Comboios de Portugal (CP) fez saber que “foi já iniciado o processo de averiguação das causas que terão estado na origem deste lamentável acidente”.
A empresa indicou ainda que “está a acompanhar, a todo o momento, a evolução do estado de saúde destes trabalhadores” e disponibilizou “todo o apoio necessário”.
Neste âmbito, lamentou “profundamente” o sucedido e reforçou o seu compromisso com a segurança e bem estar dos seus colaboradores.
c/Lusa