A demolição da antiga Escola das Tílias motivou o início das negociações. Foto: mediotejo.net

A aprovação da minuta de acordo estabelecida entre o município e os herdeiros de João Henriques e a assunção do compromisso plurianual para a Escola das Tílias pela Assembleia Municipal do Entroncamento Na sexta-feira, dia 17, terminou o (longo) processo associado à construção da Escola Básica do Bonito. Manter a antiga Escola Técnica e Industrial de Tomar vai custar meio milhão de euros aos cofres municipais depois das partes envolvidas terem chegado a acordo.

A história começou em 2012 com a assinatura do Contrato Promessa de Permuta e a adenda que envolviam cinco lotes para a construção de 47 apartamentos e quatro espaços comerciais no terreno da Escola das Tílias/EB 1 n.º 3, assinados a 7 de março e 13 de novembro de 2012, respetivamente. Os documentos previam a demolição da escola inicialmente projetada para o Ensino Primário, mas a decisão camarária de manter o edifício com mais de meio século acabou por gerar desacordo.

As reuniões realizadas entre a autarquia e os herdeiros do terreno particular revelaram-se infrutíferas e motivaram diversos episódios, sendo os mais recentes a consulta pública realizada pelo município a 19 de novembro de 2016 e a intervenção de Maria da Conceição Henriques Bento, herdeira do terreno particular, na sessão da Assembleia Municipal no dia 30 desse mês.

A Assembleia Municipal aprovou a minuta de acordo entre o município e os herdeiros de João Henriques e a assunção do compromisso plurianual. Foto: mediotejo.net

O processo de permuta dos terrenos onde a Escola Básica do Bonito funciona desde 2014 e o da antiga Escola das Tílias/EB 1 n.º 3, foi gerando trocas de acusações e a apresentação de propostas e contra-propostas até se gerar consenso na redução da cláusula de indemnização de 800 mil euros para 500 mil euros e a redução da área de construção de 7.000m2 para 2.400m2.

A minuta do acordo foi aprovada por unanimidade na reunião de câmara de 13 de setembro e esta sexta-feira, praticamente cinco anos depois da assinatura da adenda de 2012, recebeu a maioria dos votos dos deputados municipais, confirmando que a autarquia irá indemnizar a herdeira Maria da Conceição Bento. O pagamento será feito em oito prestações entre os anos de 2017 e 2020.

Nasceu em Vila Nova da Barquinha, fez os primeiros trabalhos jornalísticos antes de poder votar e nunca perdeu o gosto de escrever sobre a atualidade. Regressou ao Médio Tejo após uma década de vida em Lisboa. Gosta de ler, de conversas estimulantes (daquelas que duram noite dentro), de saborear paisagens e silêncios e do sorriso da filha quando acorda. Não gosta de palavras ocas, saltos altos e atestados de burrice.

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