(E-D): Carlos Monteiro (deputado), Carla Sofia (deputada), Isabel Sousa (presidente da concelhia), Luis Forinho (vereador) e Fernando Farinha (deputado), na tomada de posse dos órgãos autárquicos do Entroncamento, em outubro de 2021. Imagem: Facebook Chega Entroncamento

Os eleitos pelo Chega na Câmara e na Assembleia Municipal do Entroncamento anunciaram esta segunda-feira a desvinculação ao seu partido por razões de “falta de democracia interna, respeito, reconhecimento e contratações descabidas”. Alegando terem sido “enganados por ideais e conceitos que nos foram apresentados como nobres”, o vereador e deputados municipais eleitos admitem continuar nos cargos, mas agora como independentes.

“Após reunião efetuada na última semana do mês de março do corrente ano, e com a presença dos eleitos pelo concelho do Entroncamento pelo Partido CHEGA, o Sr. vereador Luis Forinho e os Srs. deputados Carlos Monteiro, Fernando Farinha e Carla Sofia, decidimos em bloco pedir a nossa desvinculação do partido acima descrito, como militantes e como eleitos representantes legais do mesmo”, anuncia a até então presidente da concelhia do Chega no Entroncamento, Isabel Sousa, num comunicado emitido esta segunda-feira, 4 de abril.

Alegando para a desvinculação do partido razões como “a grande falta de democracia interna, respeito, reconhecimento e contratações descabidas que em nada engrandecem o partido, nem quem o representa”, a agora ex-presidente da concelhia do Chega no Entroncamento expõe ainda que a desvinculação foi imediata e “sem questionamentos, nem controvérsias, pois sabemos o incómodo que alguns questionamentos podem trazer à direção nacional”.

“Este desvinculo é o retrato fiel da frustração, pelo sentimento de termos sido enganados por ideais e conceitos que nos foram apresentados como nobres e como sendo o último caminho da esperança. Na realidade, somente encontrámos incompetência e prepotência dos líderes que, na busca feroz por um lugar ao sol, arrastam tudo e todas como se de semideuses se tratassem”, pode ainda ler-se na nota enviada à comunicação social.

Tendo já sido informados os órgãos autárquicos entroncamentenses desta situação, foi também mostrada a intenção de continuidade por parte dos eleitos nos cargos que atualmente ocupam mas agora como independentes e “seguindo a matriz de pensamento inicial que é e sempre será representar a população de forma democrática e justa sem olhar a cores políticas, religiosas ou sociais”.

Dando conta de que esta terça-feira, 5 de abril, dia em que a Câmara Municipal reúne na habitual sessão quinzenal, será “o start [o início] desta nova missão, agora mais justa e fiel aos nossos princípios, onde iremos como filhos deste concelho finalmente poder lutar livremente por cada um entroncamentense”, o comunicado termina com o lamento pelo “árduo trabalho efetuado por muitos no concelho do Entroncamento em busca de uma solução política que não passou de uma miragem” e com a garantia de que os agora independentes tudo farão “para honrar o mandato até ao fim”.

O mediotejo.net tentou contactar a até então presidente da concelhia do Chega no Entroncamento, não tendo até ao momento obtido resposta.

Abrantina com uma costela maçaense, rumou a Lisboa para se formar em Jornalismo. Foi aí que descobriu a rádio e a magia de contar histórias ao ouvido. Acredita que com mais compreensão, abraços e chocolate o mundo seria um lugar mais feliz.

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