Escola Dr. Ruy d'Andrade, no Entroncamento. Foto: mediotejo.net

A PSP do Entroncamento remeteu para o Ministério Público o caso de agressão a uma professora por parte de um encarregado de educação no dia 29 de outubro, na Escola EB 2/3 Dr. Ruy de Andrade, no Entroncamento. A informação foi prestada pelo presidente da Câmara na reunião do dia 4 de novembro, onde o assunto foi levantado pelo vereador Henrique Leal (BE).

A professora estaria a separar dois alunos que estavam envolvidos numa zaragata durante uma aula de educação física. Ao separá-los terá deixado marcas no pescoço de uma das crianças que telefonou ao pai a contar o sucedido.

Este, acompanhado por familiares, dirigiu-se à escola para tomar satisfações da professora e, perante duas colegas, foi agredida com uma bofetada. Chamada ao local, a PSP tomou conta da ocorrência identificando os envolvidos.

No dia seguinte, ao fim da manhã as aulas foram suspensas para se realizar uma reunião entre a Direção do Agrupamento e os professores, facto que gerou boatos levando alguns pais a recolherem os seus filhos na escola devido a suspeitas infundadas de alunos armados. Nessa altura, já a professora em causa se encontrava de baixa médica, situação que se prolongou por mais de uma semana.

Na reunião camarária do dia 4, o Executivo aprovou por unanimidade “repudiar os acontecimentos” e “manifestar-se por uma sociedade humanizada e inclusiva onde os cidadãos partilham direitos e deveres em pé de igualdade sem ignorar diferenças e respeito pelas minorias, mas também sem a concessão de quaisquer especiais prerrogativas que conduzam a impunidades que nos prejudicam a todos”.

Para a Câmara “a segurança dos cidadãos, nomeadamente numa escola a segurança das nossas crianças e jovens, obrigam-nos a ser rigorosos e a exigir a aplicação das leis que têm de ser iguais para todos”. Por fim, manifesta-se apoio e solidariedade a toda a comunidade escolar do Agrupamento de Escolas.

A propósito do caso, o PS também emitiu um comunicado no qual “condena veemente toda e qualquer forma de violência, dentro e fora da escola, contra professores, alunos ou qualquer outro agente educativo” e “manifesta a sua solidariedade para com a professora agredida”.

O mediotejo.net tentou obter mais informações junto da Direção do Agrupamento, mas ninguém quis prestar declarações.

Marcas de agressão ao aluno. Foto: DR

José Gaio

Ganhou o “bichinho” do jornalismo quando, no início dos anos 80, começou a trabalhar como compositor numa tipografia em Tomar. Caractere a caractere, manualmente ou na velha Linotype, alinhavava palavras que davam corpo a jornais e livros. Desde então e em vários projetos esteve sempre ligado ao jornalismo, paixão que lhe corre nas veias.

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