Após ficar deserto o concurso público para a empreitada de reabilitação do Bairro do Boneco, a Câmara do Entroncamento aprovou o lançamento de novo procedimento, com um aumento do valor base da empreitada na ordem dos 15%. A intenção da autarquia é a de instalar ali um centro de documentação ferroviária, criar uma área museológica subordinada ao tema “os militares e o comboio” e desenvolver um Centro de Ciência Viva na área da ferrovia.
A nova proposta de contratação veio para deliberação ao executivo camarário a 2 de março e mereceu aprovação unânime dos eleitos. Em causa está a aprovação de novo início do processo para lançar o concurso público para a obra de requalificação do Bairro do Boneco.
Após um primeiro concurso em que não houve propostas recebidas dentro dos limites definidos, a autarquia decidiu aumentar em 15% o valor base do concurso público, admitindo ser um ajuste “razoável”.
Num investimento inicialmente previsto de 1,7 milhões de euros, a Assembleia Municipal do Entroncamento aprovou já uma proposta da Câmara Municipal a requerer financiamento bancário para esta empreitada, não obstante o presidente da autarquia afirmar as expectativas de que a obra venha a ser financiada através do novo quadro comunitário.
ÁUDIO | Jorge Faria, presidente da Câmara do Entroncamento, sobre Bairro do Boneco
Com um prazo de execução da obra estipulado em 15 meses, a requalificação do Bairro do Boneco – localizado junto à Estação Ferroviária do Entroncamento – pretende exaltar a identidade ferroviária entroncamentense através da instalação em definitivo do centro de documentação ferroviária (para a qual já há a garantia por parte da tutela) em parceria com a Fundação do Museu Nacional Ferroviário, a criação de uma área museológica subordinada ao tema “os militares e o comboio” (refira-se que no Entroncamento esteve sediado o regimento de Sapadores dos Caminhos de Ferro), e ainda o desenvolvimento de um Centro de Ciência Viva na área da ferrovia.
Um projeto “ambicioso”, nas palavras do presidente do Município, Jorge Faria (PS), e que pretende ainda transformar a área adjacente ao Museu Nacional Ferroviário num bairro cultural e de ciência, uma vez que não tem condições para habitação.
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