Os bombardeamentos na Ucrânia causaram muitos estilhaços, muitos deles humanos: refugiados que deixaram a sua terra natal à procura de paz e segurança. Uma dessas pessoas é Dzhan Kononir, que em conjunto com outras nove pessoas, fugiram de carro da capital ucraniana, Kiev, até à Hungria. Daí apanharam um avião até Lisboa.
Foram recebidos no Entroncamento por pessoas amigas. Do grupo que veio já só resta Dzhan e a esposa. Dzhan, atualmente com 70 anos, é um veterano. Aposentado, serviu nos serviços de emergência durante 33 anos.

No Entroncamento conheceu Paulo Costa, presidente do Entroncamento Atlético Clube, e tornou-se seu amigo, bem como do clube.
“Como não estou acostumado a ficar em casa sem fazer nada, ajudo a equipa do Paulo e eles também me ajudam. Não vou dececioná-los, com a ajuda que me dão”, diz-nos o cidadão ucraniano através de uma troca de mensagens auxiliada pelo tradutor.
Na breve conversa, Dzhan explica-nos que os portugueses são muito semelhantes aos ucranianos na sua natureza, comportamento e pensamento.
“A sua natureza lembra-nos a nossa Transcarpácia – a parte ocidental da Ucrânia – onde as pessoas fornecem toda a assistência possível em todas as esferas da vida. Somos muito gratos a eles. Nós realmente acreditamos que o nosso país derrotará o inimigo fascista russo e a paz chegará à nossa terra. Muito obrigado por me ouvir, tudo isto é sincero”, escreve Dzhan.

Em conversa com Paulo Costa, o presidente do clube explica-nos que aquando da chegada dos refugiados ucranianos, o clube, pensando que tinha uma obrigação social também neste processo, decidiu ajudar.
“Decidimos na altura acolher as sete pessoas, e na altura, do ponto de vista financeiro – o que não foi muito – acabámos por doar duas receitas de jogo à família, e depois vários amigos e pessoas também decidiram ajudar com bens alimentares, roupas”, sendo que durante algum tempo a família ucraniana tratou da roupa na lavandaria do clube.
Entretanto, viam que Dzhan era uma pessoa interessada e dedicada, pelo que decidiram acolhê-lo no clube, e acabou por ficar responsável e técnico dos equipamentos.
“Está praticamente todos os dias connosco durante as semanas nos treinos, vai ao jogos também, e damos-lhe uma pequena contribuição monetária todos os meses por ele estar aqui connosco, dentro das funções que tem, e vai ajudando também”, explica Paulo Costa.

“Tentamo-lo inserir todos os dias no clube e na sociedade, porque essa também é uma das nossas obrigações, porque no fundo o clube existe da solidariedade de muita gente e nós temos esse dever para com outros quando eles precisam”, considera o presidente do Entroncamento Atlético Clube.
“Neste momento está completamente inserido no clube e na cidade, e é uma pessoa da família já neste momento”, conclui Paulo Costa.
Das dez pessoas que chegaram originalmente no grupo, o clube contribuiu também para duas crianças (9 e 11 anos) com material escolar, bem como no processo da sua inserção na escola e no futebol, mais propriamente, no CADE (Clube Amador de Desportos do Entroncamento).
Молодець,Джанчік! Так тримати! Він завжди був таким,не міг сидіти байдуже на місці,завжди комусь допомагав.Особисто мені теж допоміг колись,я вважаю його своїм наставником,коли я прийшла на роботу в надзвичайну службу,він знайомив мене з роботою,все показав на робочому місці,знайомив з колективом,він дуже хороша людина,чуйна і порядна, на нього завжди можна було положитись,ніколи не підведе.Завжди був хорошим другом і товаришем!Таким і залишається,ми пишаємось ним!