Empreitada de requalificação do Serviço de Urgências em Abrantes adjudicada por 3.6 ME.. Foto: mediotejo.net

“A obra foi adjudicada ontem [quinta-feira] à empresa Wikibuild S.A. numa adjudicação que configura um momento importante porquanto já éramos para ter iniciado a obra há muito tempo mas que, por questões burocráticas, atrasou”, disse à Lusa Casimiro Ramos, presidente do CA do CHMT, tendo apontando a um aumento do valor previsto inicialmente em cerca de 600 mil euros.  

Segundo lembrou o gestor, a empreitada “já havia sido adjudicada há um ano mas”, para avançar, “carecia que de uma extensão de portaria, que nunca foi publicada”, e “só com o plano de atividades do CHMT aprovado, em maio último, foi possível avançar para a consignação da obra”, não sem antes abrir novo procedimento concursal.

“Contactámos as duas empresas que haviam concorrido anteriormente, a que venceu e a que ficou em segundo lugar, mas ambas disseram que, pela verba do concurso de 2021, que era de 2.9 ME, já não era possível realizar a obra, devido ao aumento dos preços no mercado, pelo que tivemos de abrir novo procedimento, agora com um valor de 3.6 ME”, tendo a empresa Wikibuild S.A, que já havia vencido o concurso anterior, com procedimento adjudicado em outubro de 2021 mas nunca iniciado, sido a única a concorrer.

ÁUDIO | CASIMIRO RAMOS, PRESIDENTE DO CA DO CHMT:

Para Casimiro Ramos, agora é “aguardar pelo visto do Tribunal de Contas” tendo manifestado a expectativa que a obra, de “vital importância para o fluxo dos doentes do Serviço de Urgência (SU), para as condições de trabalho dos profissionais e para os próprios utentes”, possa “iniciar antes do final do ano” [2023], tendo um prazo de execução de 18 meses.

“É uma obra de urgências que urge, mais do que muitas outras que também temos em plano e em curso”, vincou, relativamente a uma necessidade identificada desde 2017 e reivindicada pela Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT), autarcas e deputados da região.

O valor da adjudicação foi de 2 987 993,30€, a que acresce IVA, ou seja, o investimento total será de 3.675 231,76 € (IVA incluído).

A área de intervenção incide no atual Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica (UMC) do CHMT, instalada em Abrantes, pretendendo “ampliar a sua capacidade de resposta e acolhimento do doente”, ocupando o anterior espaço dedicado às Consultas Externas, e onde serão “melhorados os circuitos internos, reorganizados os espaços de receção e acolhimento, e ampliadas as áreas de permanência e assistência ao utente”.

O projeto, que prevê uma nova localização do secretariado junto à entrada principal, antes das salas de triagem, reorganiza as salas de sub-espera de doentes azuis e verdes, e amarelos e laranjas, localizadas após triagem do doente, e é prevista uma nova entrada no Serviço de Urgência reservada aos doentes emergentes com acesso quase imediato à sala de emergência.

O anterior espaço ocupado pelas Consultas Externas será ocupado pelo Serviço de Urgência Cirúrgico e é previsto nesta zona um open space dedicado à Unidade de Observação Cirúrgica e uma sala de observação, sendo também a sala de pequena cirurgia e serviço de ortopedia deslocadas para este setor.

Está também previsto um setor reservado à Urgência Médica constituído por uma sala aberta com possibilidade de ser subdividida e de reservar uma área adaptada a cenários de surtos de doenças diferenciadas, com uma entrada independente e com fácil acesso aos quartos de isolamento.

Constituído pelas unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, separadas geograficamente entre si por cerca de 30 quilómetros, o CHMT funciona em regime de complementaridade de valências, abrangendo uma população na ordem dos 260 mil habitantes de 11 concelhos do Médio Tejo, no distrito de Santarém, Vila de Rei e Castelo Branco, do distrito de Castelo Branco, e ainda dos municípios de Gavião e Ponte de Sor, ambos de Portalegre.

A experiência de trabalho nas rádios locais despertaram-no para a importância do exercício de um jornalismo de proximidade, qual espírito irrequieto que se apazigua ao dar voz às histórias das gentes, a dar conta dos seus receios e derrotas, mas também das suas alegrias e vitórias. A vida tem outro sentido a ver e a perguntar, a querer saber, ouvir e informar, levando o microfone até ao último habitante da aldeia que resiste.

Agência de Notícias de Portugal

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