Naquela que foi considerada a “melhor sessão de sempre” do EmpreEscola, a Escola Profissional de Torres Novas venceu na terça-feira, 7 de junho, o grande prémio de “Melhor Ideia Empresarial” com o seu Big Bag. Um saco térmico de tecido, lavável, dobrável, que se desdobra em quatro e pretende fazer face aos sacos de plástico vendidos nas grandes superfícies. Já a Sky line, da Escola Secundária de Mação, venceu a “Ideia mais Inovadora”, com uma aplicação que ajuda a escolher combinações de roupa. O “Melhor Trabalho de Equipa” foi para a Escola Secundária Sá da Bandeira, de Santarém, com o Wets Sac.
De chocolatarias a secadores de ténis, passando pela criação de um doce ligado ao Convento de Cristo ou a aplicações de telemóvel para ajudar a escolher o que vestir, cerca de 108 alunos do ensino secundário e profissional do distrito de Santarém apresentaram 24 ideias de negócio. A iniciativa, promovida pela NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém, reduziu os projetos a 14 finalistas, que os apresentaram na manhã de 7 de junho, no CNEMA, em Santarém. Boa parte das ideias inserem-se nos Projetos de Aptidão Profissional (PAP), que os alunos do ensino profissional apresentam como trabalhos de fim de curso, mas também resultam do trabalho desenvolvido em aula com a colaboração dos professores.

Da concepção da ideia, passando por análises de mercado e perspetivas de investimento, cada um dos 14 grupos procurou defender o seu negócio. Projetos práticos e consistentes marcaram esta edição do EmpreEscola, com ideias voltadas para o dia a dia e o mercado local, mas também algum internacional. O projeto de uma carrinha itinerante de gastronomia portuguesa arrecadou elogios, pela sua perspetiva internacional de negócio. O pastel com a Cruz de Cristo fez sensação, pela inexistência de qualquer oferta semelhante no mercado de Tomar.
“Não foi fácil” o caminho do Empre, constatou António Campos, da Comissão Executiva da NERSANT, avaliando a evolução do projeto. “Havia entendimentos diferentes”, mas “acho que hoje é mais ou menos unânime a necessidade da escola interagir com o exterior”. “Diria que terá sido a melhor sessão de sempre”, porque se procuraram soluções diferentes e inovadoras.
Partiu de António Campos a crítica a projetos demasiado localizados. “Temos que deixar de pensar só no mercado interno”, frisou, referindo que em próximas edições a escolas devem pensar mais noutras abordagens, viradas para o exterior, porque essas é que vão permitir “alavancar a economia”.

“Hoje mais que nunca temos que estar cientes que só com desenvolvimento empresarial vamos ter um país melhor”, sublinhou. “Isso depende de todos nós”. “É cada vez mais fundamental a ligação das empresas às escolas”.
Na avaliação dos projetos a concurso contaram critérios como a inovação, potencial de mercado ou a viabilidade económica. Foram atribuídas três menções honrosas e três grandes prémios de “Melhor Trabalho de Equipa” (200 euros), “Ideia mais Inovadora” (400 euros) e “Melhor Ideia Empresarial” (600). O Médio Tejo arrecadou os dois melhores lugares.