Uma mulher de 83 anos foi assaltada, violada e agredida na sua casa em Sardoal, tendo sido internada em Tomar, num dos hospitais do Médio Tejo, com costelas partidas e vários traumatismos, estando a receber acompanhamento psicológico. Nos últimos dias, várias habitações e viaturas foram assaltadas na vila, sendo que este caso está a gerar muita apreensão na população. No total, são já cinco as habitações assaltadas no espaço de uma semana, sendo que a última foi ao início da noite desta quinta-feira, enquanto decorria a reunião de executivo, também na zona da Igreja Matriz.

Em declarações ao mediotejo.net, um habitante da vila disse que a mulher de 83 anos foi assaltada e violada na sua casa na segunda-feira por um individuo que terá atuado de cara descoberta e que se identificou como sendo agente da autoridade.
“Disse que era GNR, entrou para dentro de casa, roubou, agrediu e violou a senhora. Alertados pelos seus gritos, os vizinhos chamaram as autoridades. À chegada da ambulância o assaltante fugiu por uma outra porta e a senhora foi para o hospital de Abrantes, tendo sido transferida para Tomar, onde se encontra a recuperar e a receber acompanhamento psicológico”, contou.

Este habitante em Sardoal disse ainda existirem “outros relatos de assaltos a casas e a viaturas nestes últimos dias”, e que “as pessoas andam apavoradas”.
Contactado pelo nosso jornal, o presidente da CM Sardoal, Miguel Borges, disse estar “preocupado” e a par de tudo isto”, tendo feito notar “faltarem cerca de 4 mil GNR nas regiões do interior do país. Como tal, todo o nosso interior está desprotegido”, afirmou, sem se alongar mais.
Também a GNR de Abrantes, através do seu comando, confirmou a ocorrência da violação e de registo de alguns assaltos, não confirmando uma “onda de assaltos”, tendo referido que, no caso da agressão e violação, a investigação transitou para a Polícia Judiciária.
Os conselhos que o capitão Flambó deixou foram no sentido das pessoas terem sempre cuidado e desconfiarem quando desconhecido lhes batem à porta, não deixar janelas abertas ou chaves na porta, entre outros conselhos que a GNR deixa habitualmente às comunidades que vivem mais isoladas ou são mais idosas.
Em Sardoal, com as últimas notícias dos assaltos, que até esta quinta-feira contabilizavam quatro, dois deles a habitações não habitadas, as pessoas com quem o mediotejo.net falou manifestam-se na sua maioria apreensivas. Maria Luísa, questionada sobre se temia o clima de insegurança na sua terceira idade, disse: “O que hei-de fazer? Não posso fazer nada!”.
Opinião diferente manifestaram duas pessoas que não quiseram ser identificadas. “Tenho medo claro! Em casa fecho todas as portas e janelas. Com criminosos à solta é sempre perigoso”, disse a sardoalense. Recusou ser identificada por isso mesmo. “Nunca se sabe se é gente de dentro ou de fora”, explicou.

A outra sardoalense trabalha num estabelecimento comercial e confessou o medo, “ainda mais tendo uma porta aberta. É um risco!”, confessou.